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Outra visão sobre o mesmo filme, sobre a mesma vida…

Já dizia Arnaldo Antunes: “A coisa mais moderna que existe nessa vida é envelhecer”.

Concordo, envelhecer é magnífico. Nossa visão muda. Nosso paladar muda. Tudo muda.

Existem mudanças boas e ruins. Mas elas são inevitáveis.

Hoje me peguei assistindo Piratas do Caribe 5. Eu já tinha assistido o filme quando lançou. Fui até o cinema para assistir, sai decepcionado. Mas hoje resolvi revê-lo.

O filme acabou e a sensação foi diferente daquela decepção que tive pela primeira vez.

Não. Não achei o filme bom. Minha impressão foi igualzinha. Ver o Salazar brigando com o Jack Sparrow não me entusiasmou. Os momentos impossíveis do qual Jack escapava, me causava aquela poker face.

Lendo o texto você diz que sim, o filme me causou nova decepção. Só que dessa vez eu “vi com outros olhos”.

Quando assisti o primeiro Piratas do Caribe, eu tinha por volta de 10 anos. Achei todo aquele contexto incrível. Jamais ousaria chamar o Capitão de “apenas” Jack. Era Capitão Jack Sparrow, ponto final.

Eu revi o filme várias vezes. Comprei o DVD e assisti, assisti, assisti… fantasiei momentos do filme, “vivi” dentro daquele mundo durante algum tempo.

Todos os outros filmes da franquia foram vindo, eu, sem referências grandes, fui idolatrando o Capitão e seu universo.

Mas o tempo passou, eu envelheci (você também), minhas percepções mudaram.

Quando esse último filme estreou, fui ao cinema achando que minha vivência não influenciaria no resultado final. Fui esperando ter aquela experiência que tive aos 10 anos. Ledo engando. Não sou mais aquela criança que engolia tudo, que achava tudo lindo.

Não, não tem nada de errado nisso. Se eu ainda tivesse meus 10 anos, “A Vingança de Salazar” seria o filme. O Jack escapando de várias situações impossíveis. Efeitos especiais incríveis. Muita ação… Mas eu não tenho mais 10. Toda aquela emoção se foi. Isso acontece. Existem obras que eu achava incrível e hoje não acho mais. Existem obras que eu não gostava e hoje gosto.

Por isso, meu amigo, não existe certo ou errado. Existe aquele momento. Pode ser que naquele momento algo lhe satisfaça, pode ser que não.

Eu achava Batman e Robin (1997) demais.

Tinha medo dos episódios de Chapolin.

Odiava café.

Não curtia queijo.

Odiava ganhar roupas de presente.

Ficava acordado até tarde.

Gostava de barulho.

Inverta toda essa lista. Sou eu no momento. Daqui 10 anos? Não sei! Você sabe?

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