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Réquiem para um Sonho e a solidão

O termo “réquiem” se originou a partir do latim requiem, que deriva de requies, que significa “descanso” ou “repouso”. Fonte: Significados.

Réquiem para um Sonho foi lançado em 2000, são quase 20 anos, mas, de lá pra cá, o que realmente mudou?

NADA.

Na história temos 4 pessoas, 3 são viciadas em heroína, mas vamos nos ater ao quarto personagem.

Esse personagem não é viciado em heroína, mas também tem seus vícios. O primeiro deles é a TV. Esse vício, em conjunto com sua solidão, fazem com que o vício em pílulas para emagrecer surja.

É nesse ponto que vemos o quão nocivo é o uso das drogas, e o quão nociva nossa sociedade é.

Sim, meu amigo. Os três primeiros sendo guiados pela heroína. A última por um desejo: sair da solidão.

Sara Goldfarb (Ellen Burstyn) aparentemente tem condições financeiras, não falta o que comer, tem uma residência bacana e uma boa aparência.

Mas seu marido é falecido e seu filho é viciado.

Ela deseja ter alguém para conversar, ser aceita pelas amigas, se sentir especial. Mas, seu único passatempo é ficar assistindo televisão.

Um dia ela recebe um convite para aparecer em um de seus programas favoritos, ela começa delirar com tal possibilidade. Já imaginou? Aparecer na televisão? Ser reconhecida, amada…

É isso que ela quer, ser amada.

– É tão importante aparecer na TV? Estas pílulas vão matá-la antes, pelo amor de Deus! – Harry Goldfarb.
– Importante? Você chegou de táxi. Viu quem estava sentada no melhor lugar? Sou alguém agora, Harry. Todo mundo gosta de mim. Breve, milhões de pessoas vão me ver, e gostar de mim. Contarei a elas sobre você e seu pai. Sobre como ele foi bom para nós. Lembra? É uma boa razão para eu me levantar de manhã. É um motivo para perder peso, para caber no vestido vermelho. É uma razão para sorrir. Me faz acreditar no futuro. O que é que eu tenho, Harry? Para que devo fazer a cama ou lavar os pratos? Eu faço, mas para quê? Estou sozinha. Seu pai foi embora. Você foi embora. Não tenho de quem cuidar. O que é que eu tenho, Harry? Me sinto sozinha. Estou velha. (…) Gosto de pensar no vestido vermelho, na televisão, em você e no seu pai. Agora, quando vejo o sol, sorrio. – Sra. Goldfarb.

Então vamos viver o sonho. Vamos tentar entrar naquele vestido que se usou quando era jovem. Vamos tentar recuperar aquele corpinho.

Tinja o cabelo, faça dieta, note que precisa de mais dieta, tome pílulas, se vicie, ache que precisa de mais dieta, tome mais pílulas, mais, mais, mais, MAAAAIS… enlouqueça atrás do objetivo de ser aceita, de ser alguém no meio de um círculo social.

Abandonada pelo filho viciado, excluída pelas vizinhas e com um marido já falecido. Familiares não se tinha notícias. Uma vida reduzida ao sonho de entrar em um vestido para aparecer na televisão e, assim, “ser aceita, amada”.

Meu Deus, será esse o final da vida?

20 anos de um filme. O que mudou de lá pra cá? Me explique, por favor.

Não deixe de conferir.

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