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Clube dos Cinco, um filme sobre diferenças, mas nem tanto

O longa do diretor John Hughes é de 1985. Um pouco datado, mas extremamente cultuado no meio do público nerd, confesso que não passa nem perto de fazer parte da minha preferência.

Talvez ele não entre em nenhuma lista minha. Mas, isso não importa. Analisando friamente, sem emoção, vemos que o universo criado pelo diretor em torno daqueles cinco jovens, tem muito para oferecer.

Na trama, 5 adolescentes, totalmente diferentes fizeram algumas besteiras, por isso são obrigados a passar o sábado de castigo na escola, com uma árdua tarefa, escrever uma redação de mil palavras sobre suas vidas.

Mas afinal, quem são eles?

Mas o que descobrimos é que cada um de nós é, um cérebro, um atleta, um caso perdido, uma princesa e um criminoso. Isso responde a sua pergunta?”

Note que pela descrição e pelo título do post, em nada eles se parecem. Correto?

Errado.

Ali, todos são adolescentes. Cada qual com sua vidinha, seu mundinho. E ao começarem debater sobre como era a existência de cada um, vemos que, apesar de toda essa “diferença”, eles são iguais.

Claire, que é aquela patricinha que toda escola tem, que trata todos com desprezo, na realidade sofre com o infeliz casamento de seus pais, é carente de amigos e, também, de amor paternal.

Jonh Bender é o rebelde da sala. Muitos diriam que é um rebelde sem causa. Só que ao vermos sua vida, notamos que ele sofre violência doméstica.

Brian é o nerd, um exemplo de aluno, mas o problema dele é que não aguenta mais ser pressionado por sua família por causa de boas notas, todos querem que ele seja um sucesso, mas ninguém lhe dá amor.

Allison é aquela estranha da turma. Por vezes, excluída. Só que ela não é excluída “apenas” da escola, sua família também não nota sua presença.

Andrew é o atleta, com uma carreira promissora. Porém, o rapaz não deseja ser um atleta, foi seu pai que impôs isso para ele. O que deixa Andrew extremamente infeliz com tal pressão.

Notou? Todos eles tem problemas. Todos.

Eles são apenas adolescentes, querendo descobrir o mundo, mas com uma pressão gigantesca e uma falta de amor e atenção no meio familiar que dá dó.

Sim, é só um filme, só que trazendo para o lado real, sabemos que existem diversos casos assim.

Faça 17, entre em uma faculdade, faça estágio, arrume emprego.

Faça 11, seja pobre, não tenha auxílio, saia da escola e vá trabalhar para ajudar nas despesas.

Faça 18, seja herdeiro de uma grande herança, sofra aquela pressão gigantesca para manter o patrimônio, se a bolsa oscilar, tenha uma infarto.

Não tem jogo fácil.

É óbvio que ter grana, boa alimentação e educação, facilita e muito o processo. Quem tem tudo isso, pode agradecer. Mas, mesmo assim, o jogo não é fácil.

Só que a grande realidade é que não importa se dizem que você é um crânio, atleta ou princesa, não importa se dizem que você é um caso perdido ou um delinquente. Não importa nada.

O que importa é o que você faz, a realidade que você sabe que vive. Isso importa. Então, meu amigo, o único jeito é arregaçar as mangas, saber que todos tem problemas, uns mais e outros menos, e correr atrás.

Do que?

Não sei.

Alguns querem faculdade. Outros querem um emprego. Alguns querem casar e outros abrirem uma empresa. Eu não sei o que você quer. Nem quero saber.

Aliás, quero saber uma coisa só. Você sabe o que quer?

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Então, corra.