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Você já assistiu Conversando com um serial killer: Ted Bundy?

“Eu não sou um vilão de quadrinhos”Adrian Veidt é quem diz isso. Mas tal frase se encaixaria muito bem para Ted Bundy.

Bundy foi uma das piores pessoas que por essa terra passou. Manipulador, egocêntrico e violento, ele matou dezenas de mulheres na década de 70. Segundo ele foram por volta de 30. Mas acredita-se que o número de vítimas possa ultrapassar uma centena.

Ted Bundy sentia prazer na brutalidade. Ele torturava, esquartejava e praticava necrofilia.

Mas, então, qual o motivo de Bundy ser tão fascinante para algumas pessoas? Como que um ser humano desprezível pode chamar tanta atenção? É correto fazer uma série sobre ele?

Para essa última questão a resposta é ambígua.

Conversando com um serial killer: Ted Bundy foi lançado pela Netflix no dia 24 de janeiro de 2019, exatamente 30 anos após sua morte. Isso, para Bundy, foi um prêmio. O serial killer sempre adorou os holofotes. Seu ego insaciável fez com que ele mesmo conduzisse seu julgamento.

O fato é que somos absorvidos pelo contexto grotesco. Não tem explicação. O que existem são especulações, sejam por psiquiatras ou professores de criminologia.

O documentário lançado pelo serviço de Streaming já vem arrebatando milhares de telespectadores, alguns, dos quais, se encantaram com o manipulador maníaco, fazendo com que a Netflix fosse obrigada dar uma bronca nos admiradores de Bundy. Fonte: Estadão.

Então, nesse momento você fala que foi um acerto da plataforma. Correto?

Mas coloque-se no lugar da vítima, coloque-se no lugar dos familiares. Seria correto?

Não sabe responder? Então vou facilitar um pouquinho.

O filme Extremely wicked, shockingly evil and vile, traz Zac Efron no papel de Ted Bundy, estreou durante o Festival Sundance e foi duramente criticado por uma sobrevivente de Bundy. Fonte: Jornal Correio Brasiliense.

O fato é que ao lançar algo assim, uma ferida é aberta. Para alguns, não há problemas. Para os que tiveram o desprazer de estarem por perto naquela época é um pesadelo.

O documentário expõe trechos de conversas de Bundy, mostra seu julgamento e detalhes sobre as mortes.

O documentário, por algumas vezes, chega de certa forma exaltar o serial killer, dizendo repetidamente o quão inteligente e único era Ted.

O documentário expõe o horror que Ted causou.

Para quem gosta do tema. Ótima pedida. Para quem acha que o mundo é um lugar maravilhoso e doce. Ótima opção para ver o lado podre de tudo.

Estou na posição invejada de não ter que sentir culpa nenhuma. Só isso. – Ted Bundy.

Ted em certo momento é descrito como um resfriado que vai e volta nas pessoas que o conheceram. O cara que destruiu dezenas de famílias e sempre desejou os holofotes, conseguiu sua fama. Aliás, podemos dizer que perpetuou sua história.

E mesmo com toda sua inteligência, com todo seu charme e perspicácia ele não fugiu da cadeira elétrica.

Foi lá naquele longínquo 24 de janeiro de 1989 que ele foi eletrocutado.

Também foi nesse dia que várias pessoas fizeram festa na porta do presídio com sua morte. Afirmando que o serial killer tinha que partir mesmo. Que a pena de morte foi feita para esses casos… mas, se pararmos para pensar friamente, as vibrações pela morte do monstro só mostra que por mais evoluídos que nos mostremos, sempre desejaremos olho por olho.

A grande verdade é que lá no fundo temos o desejo de saber sempre mais dessas grandes tragédias. Alguns até querem ser o motivo da tragédia, como o caso dele. Outros preferem ir ao presídio comemorar. Também tem aqueles que preferem assistir um documentário… e existem os casos em que assistir não é o bastante, é preciso escrever.

Não deixe de conferir.

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