Recentemente fizemos um post falando sobre filmes que abordam o racismo americano, mas não são só os filmes que tocam na ferida, os seriados também. Alguns vem ganhando um grande destaque por apresentar uma forma crua e fria da real situação norte americana.
Hoje venho mostrar e relembrar de algumas maravilhosas obras…
The Get Down
Plataforma: Netflix
IMDb: 8,3
A série com duas partes (11 episódios) disponíveis na Netflix, mostra jovens afro-americanos que batalham em busca de aperfeiçoar a música.
Vemos o nascimento de vários estilos musicais, pois o cenário é Nova York no ano de 1977.
Mas a série mostra de forma clara a difícil jornada de talentos que nascem em condições desfavoráveis.
O elenco conta com Jaden Smith, Justice Smith, Shameik Moore, Giancarlo Esposito, Skylan Brooks, Tremaine Brown Jr., Yahya Abdul-Mateen e Mamoudou Athie e, infelizmente, acabou sendo cancelada, mas fica aqui o registro.
Olhos que Condenam
Plataforma: Netflix
IMDb: 8,9
Certamente essa é uma das que mais causa impacto nessa lista.
Olhos que condenam retrata o caso de cinco jovens que foram acusados injustamente de um estupro.
A série não nos dá um soco no estômago, mas sim uma sequência! Os diálogos fortes e impactantes são presentes sempre da maneira mais crua e fria possível.
Nota Pessoal: Tenho amigos psicólogos. E a série representa situações tão reais, que alguns amigos não tiveram coragem de assistir, por presenciarem no dia a dia casos semelhantes de pacientes.
American Gods
Plataforma: Amazon Prime
IMDb: 7,8
A série homônima e derivada do Livro de Neil Gaiman é um verdadeiro contraste das ideologias do mundo atual, seja étnica, religiosa ou social.
Shadow Moon (Ricky Whittle) tem sua vida transformada da noite para o dia, ele conhece pessoas que são antigos deuses vivendo em solo americano, provenientes da fé que os primeiros europeus trouxeram.
Esses deuses buscam unir forças para uma guerra contra as novas entidades, e em meio a essa busca, vemos diversas faces do preconceito e racismo que predomina na cultura.
A icônica cena de apresentação de Mr.Nancy (Orlando Jones) é, com certeza, um dos melhores discursos já exibidos em séries.
Meus adoradores sabem que a liberdade não é grátis. Eles sabem que o melhor controle de armas para o opressor é a mente do oprimido. Eles sabem que a escravidão não é uma condição. Escravidão é culto. (…) Escravidão foi rebatizada como Direita Alternativa. Apanhado, outro se foi. A cada 30 segundos, outro chocolate, caramelo, amarelo, alto amarelo, multirracial, uma refugiada cuja a melanina seja mais forte, é pega. A cada trinta segundos. E, para piorar as coisas, esses novos donos de plantação fizeram um canal para levar nossas crianças da escola para a prisão mais rápido que o sangramento de um corte. E os sortudos vão da escola para a NFL, onde nem sequer deixam eles se ajoelhar. São programados desde o nascimento, com comidas de merda, água potável contaminada, violência armada, brutalidade policial, e trauma após trauma, após trauma. Estresse pós-traumático? Sem terapia. Desaparecimento? Sem alerta às autoridades. Sozinho? Vulnerável. Apanhado. Outro se foi.
Todo Mundo Odeia o Chris
Plataforma: Globo Play
IMDb: 7,4
Brooklyn 1986.
Chris Rock é um dos maiores humoristas americano, sua vida não foi nada fácil, e sua adolescência é mostrada no seriado Todo Mundo Odeia o Chris.
A série mostra de maneira cômica esse período da sua vida, mas em certos pontos ela ainda mostra como é a vida de um adolescente afro-americano, da periferia nos EUA.
Apesar do seriado consagrado nas telas da Record retratar o final da década 80, infelizmente vemos muitas situações se repetindo nos dias atuais.
Um Maluco no Pedaço
Plataforma: Netflix
IMDb: 7,4
Com certeza uma dos melhores sitcoms, apesar de encerrado em meados dos anos 90, ela é extremamente atual.
A trama gira em torno de Will, protagonizado por Will Smith, um jovem recém chegado da Philadelphia para morar na casa dos tios ricos em Bel-hair.
A série consagrou Will Smith na carreira de ator, nos dando grandes momentos engraçados e emocionantes, afinal, quem não se lembra do diálogo entre ele e seu pai, que representa um passado cruel e real do ator.
Mas além desse ser um dos grandes pontos fortes, em vários momentos vemos o retrato do preconceito disfarçado, em vários momentos vemos Will e até mesmo seu primo Carlton (Alfonso Ribeiro) se deparando com situações de não aceitação por parte de alguns grupos, principalmente no colégio.
Em um dos episódios, Will e Carlton passam por provas para serem aceito em uma fraternidade, o líder da fraternidade não quer aceitar Carlton, por achar que ele não se encaixa no padrão seguido pelo grupo.
Outro episódio marcante, ainda nas primeiras temporadas, foi quando a Tia Vivian, na época interpretada por Janet Hubert-Whitten, resolve ser a professora substituta de história. Em meio as situações que isso causa, o espectador passa realmente a ter aulas de história afro-americana com suas explicações.
E, apesar de todas situações terem aquele toque de humor, é impossível não comparar com os dias atuais, essa cena não precisa nem ser explicada, apenas sentida…
Não deixe de conferir.
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