Sempre digo que assistir um seriado é como começar um família. Você se apega ao universo ali exposto, com o tempo se sente parte da família. Talvez seja por isso que os finais sejam tão dolorosos.
E hoje resolvi separar 6 momentos das séries que partiram meu coração.
Spoilers de How I Met Your Mother, Sons of Anarchy, Friends, Dexter, Anos Incríveis e Breaking Bad.
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Vou começar com uma série que deveria me fazer rir: Friends.
A série teve alguns momentos meio deprê. Lógico que foram poucos. Mas existiram. Só que existe uma cena que me impactou muito. Não por ser o final do seriado em si, mas por ser o fim do ciclo da convivência entre os 6 amigos.
No momento em que aquelas chaves são postas ali naquele balcão, 10 anos ou mais de companheirismo estava indo embora.
O simbolismo gira no ato dos seis personagens terem as chaves e dos seis as deixarem ali. Até escrevi um post falando sobre como Friends lidava com o final de um ciclo (clique aqui para ler).
Um momento simples, mas que me deixou muito mal.
Ah, detalhe, quando assisti o seriado pela segunda vez, fiquei pior ainda.
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How I Met Your Mother, teoricamente, deveria ser uma história engraçada. Ela é, mas existe muito da vida real ali. E se tem vida real, tem desastre. E no meio dos desastres a morte do pai do Marshall me tocou.
Pouco antes da notícia, Marshall estava no bar, comemorando por seu esperma ser bom. Segundos se passam, Lily adentra com a fatídica notícia.
Nada mais do que vida real em formato de seriado. Basta um segundo para irmos do céu ao inferno.
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Sons of Anarchy me impactou muito. Ela é uma das séries que eu mais gosto. E apesar de várias mortes pesadas, existe uma que, pelo contexto, me deixou mal.
A morte da Tara por si já foi pesada. Mas ver Jax entrando em sua casa e se deparando com a cena, foi impactante. E não só isso, todo o desenrolar, com as vinganças guiadas por uma mentira. Todo sofrimento do Juice e o descobrimento de que Gemma era causadora da desgraça.
Com certeza esse é um dos combos mais pesados dos seriados.
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A morte da Rita entra na lista por ser a primeira que me pegou desprevenido.
Quando o Dexter matou o Trinity, achei que estava tudo bem. Jamais imaginei que antes de tudo, ele havia ido até Rita.
Uma cena impactante para um garoto que estava acompanhando fielmente sua primeira série. Infelizmente ali não foi só o fim da Rita, como o do seriado também.
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Breaking Bad também teve vários momentos impactantes. Mas existe um em específico que me deixou muito mal.
Sim, a morte da Andrea foi algo extremamente cruel.
A moça que se envolveu com o Jesse sem saber de toda sua história, acabou sendo morta cruelmente em frente de sua casa. O combo aqui também é pesado. Ela deixou uma criança pequena e fez com que Jesse, que estava sendo feito refém, acabasse por concordar com tudo que lhe era imposto.
Se coloque naquele carro, imagine que você é o Jesse. Impossível ficar indiferente.
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E para fechar vou deixar o monólogo final do Kevin Arnold em Anos Incríveis.
“O filho de Karen nasceu em setembro, preciso contar que ele se parece comigo, pobrezinho! Mamãe se saiu bem, mulher de negócios, presidente do conselho, avó, grande cozinheira. Wayne continuou na fábrica, ele se deu bem com os móveis, na verdade, assumiu a fábrica dois anos depois, quando meu pai morreu. Winnie partiu no verão seguinte para estudar história da arte em Paris, mas não nos esquecemos da nossa promessa, nós nos escrevemos uma vez por semana durante oito anos, fui espera-lá quando voltou para casa, com a minha mulher e meu primeiro filho, de 8 meses… como eu disse, as coisas nunca saem exatamente como planejamos“.
Kevin deixou nesse monólogo final tudo que é a vida. A mãe saiu para conquistar o mundo. Seu irmão conseguiu tocar a empresa do pai. Seu pai faleceu, seu primeiro amor não deu certo.
Toda vez que leio ou escuto esse trecho, me sinto mal. Sei que é o caminho natural, mas ao parar para pensar sobre, para pensar sobre as partidas e sobre o dia que partiremos, uma angustia me domina.
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E ai? Qual seriado teve aquele momento que te deixou pra baixo? Comente!
Não deixe de conferir.
Quadrinho não é coisa “só” de criança