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Frases do Livro As Dores do Mundo | Arthur Schopenhauer

Uma das obras clássicas da filosofia, amor, morte, arte, moral, religião, política, homem e a sociedade são planos de fundo para os pensamentos de Schopenhauer, e sabe como é, se tem reflexão, tem frases, então fique com as frases do livro As Dores do Mundo.

Sem mais delongas…


Semelhantes aos carneiros que saltam no prado, enquanto, com o olhar, o carniceiro faz a sua escolha no meio do rebanho, não sabemos, nos nossos dias felizes, que desastre o destino nos prepara precisamente a esta hora – doença, perseguição, ruína, mutilação, cegueira, loucura etc.


Enquanto a primeira metade da vida é apenas uma infatigável aspiração de felicidade, a segunda metade, pelo contrário, é dominada por um sentimento doloroso de receio, porque se acaba então por perceber, mais ou menos claramente, que toda felicidade não passa de quimera, que só o sofrimento é real.


– Nos meus anos de mocidade, uma campainhada à porta causava-me alegria, porque pensava: “Bom! É qualquer coisa que sucede”. Mais tarde, experimentado pela vida, esse mesmo ruído despertava-me um sentimento vizinho do medo; dizia de mim para mim: “Que sucederá?”.


Frases do Livro As Dores do Mundo
É raro que um homem no fim da vida, sendo ao mesmo tempo sincero e ponderado, deseje recomeçar o caminho, e não prefira infinitamente o nada absoluto.

A vida do homem oscila, como um pêndulo, entre a dor e o tédio, tais são na realidade os seus dois últimos elementos. Os homens tiveram de exprimir essa ideia de um modo singular; depois de terem feito do inferno o lugar de todos os tormentos e de todos os sofrimentos, que ficou para o céu? Justamente o aborrecimento.


Enquanto possuímos os três maiores bens da vida – saúde, mocidade e liberdade – não temos consciência deles, e só os apreciamos depois de os termos perdido, porque esses também são bens negativos.


Só notamos os dias felizes da nossa vida passada depois de darem lugar aos dias de tristeza…


A vida de cada homem, vista de longe e do alto, no seu conjunto e nas fases mais salientes, apresenta-nos sempre um espetáculo trágico; mas se a analisarmos nas suas minúcias, tem o caráter de uma comédia


O casamento é uma união de corações, e não de cabeças.


Para todo ser vivo, o sofrimento e a morte são tão certos como a existência.


O que distingue o homem do animal é a razão; chegando ao presente, lembra-se do passado e pensa no
futuro: daí a sua prudência, os seus cuidados, as suas frequentes apreensões.


A vantagem que a monogamia e as leis que daí resultam concedem à mulher, proclamando-a igual ao homem, o que ela não é de nenhum ponto de vista, produz esta consequência que os homens sensatos e prudentes hesitam muitas vezes em se deixar arrastar a um tão grande sacrifício, a um pacto tão desigual.


O casamento é uma armadilha que a natureza nos prepara.


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A morte é o gênio inspirador, a musa da filosofia… Sem ela, dificilmente ter-se-ia filosofado.


Individualidade da maioria dos homens é tão miserável e tão insignificante que nada perde com a morte: o que neles pode ter ainda algum valor, isto é, os traços gerais da humanidade, subsiste nos outros homens. É à humanidade, e não ao indivíduo, que se pode assegurar a duração.


Se fosse concedida ao homem uma vida eterna, a rígida mutabilidade do seu caráter e os acanhados limites da sua inteligência parecer-lhe-iam com o tempo tão monótonos e inspirar-lhe-iam um tão grande aborrecimento que, para se livrar deles, acabaria por preferir o nada.


Exigir a imortalidade do indivíduo é querer perpetuar um erro. Porque toda individualidade é um erro especial, um engano, qualquer coisa que não deveria existir; e o verdadeiro fim da vida é nos livrarmos dela.


Parece que o fim de toda atividade vital é um maravilhoso alívio para a força que a mantém: é o que explica, talvez, essa expressão de doce serenidade espalhada sobre o rosto da maioria dos mortos.


Todo desejo nasce de uma necessidade, de uma privação, de um sofrimento. Satisfazendo-o, acalma-se; mas embora se satisfaça um, quantos permanecem insaciados!


A vida nunca é bela, só os quadros da vida são belos, quando o espelho da poesia os ilumina e os reflete, principalmente na mocidade, quando ignoramos ainda o que é viver.


Na realidade, qualquer religião positiva é usurpadora do trono que pertence à filosofia. Por isso os filósofos hão de estar sempre em hostilidade com ela, embora tenham de considerá-la como um mal necessário, um amparo para a fraqueza mórbida do espírito da maior parte dos homens.


O Estado não é mais do que uma mordaça cujo fim é tornar inofensivo esse animal carnívoro que é o homem, e dar-lhe o aspecto de um herbívoro.


O médico vê o homem em toda a sua fraqueza; o jurista o vê em toda a sua maldade; o teólogo, em toda a sua imbecilidade.


O que me torna tão agradável a companhia do meu cão é a transparência do seu ser. – O meu cão é transparente como o vidro. – Se não existissem cães, não gostaria de viver.


Os amigos dizem-se sinceros; mas os inimigos é que o são: portanto dever-se-ia tomar-lhes a crítica como um remédio amargo, e aprender com eles a conhecermo-nos melhor


Pode suceder sentirmos a morte dos nossos inimigos e dos nossos adversários, mesmo passado grande número de anos, quase tanto como a dos nossos amigos – é quando vemos que nos fazem falta para serem testemunhas dos nossos brilhantes sucessos.


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