A obra de Henry D. Thoreau foi publicada em 1854, mas é atemporal. Thoreau sai da civilização e vai viver às margens do lago Walden, em uma pequena cabana ele testa suas habilidades e por meio de sua vida simples faz diversas reflexões. Uma obra gigantesca, apesar de antiga, traz diversas reflexões e hoje eu trago as frases do Livro Walden ou a Vida nos Bosques.
Sem mais delongas…
Vejo homens jovens, cidadãos de minha cidade, cujo infortúnio é ter herdado fazendas, casas, celeiros, gado e ferramentas da agricultura – pois é mais fácil adquirir essas coisas que se livrar delas.
Como se fosse possível matar o tempo sem ferir a eternidade.
Mas uma característica da sabedoria é não fazer coisas desesperadas.
A maior parte do que meus vizinhos chamam de bom acredito de alma que seja ruim, e, se me arrependo de algo, é bem provável que seja de meu bom comportamento.
Cuidado com todas as empreitadas que exigem roupas novas, não um novo usuário delas. Se não há um novo homem, como as novas roupas podem servir?
O homem civilizado é um selvagem mais experiente e sábio.
Muitos se preocupam com os monumentos do Ocidente e do Oriente – em saber quem os construiu. De minha parte, gostaria de saber quem, naqueles dias, não os construiu – quem estava acima de tal ninharia.
Os homens chegaram a um ponto em que frequentemente sentem fome não pela falta de coisas necessárias, mas de luxos; e eu conheço uma boa mulher que pensa que o filho perdeu a vida porque começou a beber apenas água.
Estou convencido, tanto por fé quanto por experiência, de que se manter nesta terra não é uma dificuldade, e sim um passatempo, se vivermos com simplicidade e sabedoria.
Há mil podando os galhos do mal para cada um que golpeia a raiz.
Deveríamos partilhar nossa coragem, não nosso desespero, nossa saúde e nosso conforto, não nossa doença, e cuidar para que esta não se espalhe por contágio.
A riqueza de um homem é proporcional às coisas que ele pode se dar ao luxo de deixar em paz.
Fui para a floresta porque desejava viver deliberadamente, enfrentar apenas os fatos essenciais da vida e ver se poderia aprender o que tinham a ensinar, e não descobrir, quando estivesse à beira da morte, que não tinha vivido.
Cada caminho a não ser o seu é o caminho do destino. Mantenha seu próprio caminho, então.
Por vezes percebi que a companhia mais doce e terna, a mais inocente e encorajadora, pode ser encontrada em qualquer objeto natural, mesmo para o homem mais misantropo e melancólico.
Nenhum esforço das pernas pode trazer duas mentes mais perto uma da outra.
O ponto é que, se um homem está vivo, há sempre o risco de ele morrer, embora o perigo deva ser proporcionalmente menor se ele for um morto-vivo.
Só quando estamos perdidos, ou, em outras palavras, quando perdemos o mundo, começamos a nos encontrar e percebemos onde estamos e a extensão infinita de nossas relações.
A Natureza não faz perguntas e não responde àquelas feitas pelos mortais. Há muito tempo tomou sua resolução.
Devemos ser abençoados se vivemos sempre no presente e tiramos vantagem de cada acidente que nos ocorre.
O universo é maior que nossas visões dele.
Isso, ao menos, aprendi com meu experimento: se alguém avança com confiança na direção de seus sonhos e se esforça para ter a vida que imaginou, encontrará um sucesso inesperado em horas comuns.
Qualquer verdade é melhor que faz de conta.
A riqueza supérflua só pode comprar coisas supérfluas. O dinheiro não é exigido para adquirir as necessidades da alma.
Há pouca virtude na ação de massas. Quando a maioria votar pela abolição dá escravatura, será porque eles são indiferentes à escravidão ou porque sobrou pouca escravidão a ser abolida por seu voto.
Vim a este mundo não para, principalmente, torná-lo um bom lugar para se viver, mas para viver nele, seja bom, seja mau.
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