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Uma Cilada para Roger Rabbit é nostalgia e diversão

Alguns momentos da nossa vida necessitamos sentar e assistir algo que não traga infortúnios ou que faça que pensemos muito.

Uma Cilada para Roger Rabbit é exatamente esse filme.

O longa é de 1988 e traz na direção Robert Zemeckis (De Volta Para o Futuro, Forrest Gump, Náufrago…) e em sua produção o gigantesco Steven Spielberg (Tubarão, Indiana Jones, Jurassic Park…).

Na história que mistura animação com live-action, vamos para 1947, onde os desenhos interagem livremente com os humanos. Assim mesmo. Sem explicação alguma.

É só um filme. Esqueça teorias.

Lógico que nem toda interação é boa, como por exemplo a Eddi Valiante, muito bem interpretado por Bob Hoskins, um detetive dos mais ranzinzas do mundo. Ele teve seu irmão morto por um desenho, então, quando recebe o convite para trabalhar em um caso envolvendo desenhos, fica relutante.

Porém, logo aceita e parte para descobrir se Jessica, uma atraente personagem dos desenhos, está traindo a estrela dos curta-metragens, Roger Rabbit.

Não demora muito e Eddie descobre que Jessica “traiu” Roger brincando de “pirulito que bate-bate” com Marvin Acme, o dono da Corporação ACME e da Desenholândia.

Eddie faz seu serviço e mostra as provas para Roger Rabbit, que entra em depressão.

O detalhe é que Marvin Acme é encontrado morto no dia seguinte e Roger torna-se suspeito do assassinato.

Mas essa morte é só um pretexto, ela é uma conspiração do Juiz Doom (Christopher Lloyd) para acabar com a Desenholândia.

A trama, muito bem construída, segue de maneira natural. Temos um bom plot, atuações seguras e diversos personagens conhecidos aparecendo: Patolino, Pica-PauPernalongaMickey MouseDumbo, Frajola, Minnie, Pluto

A nostalgia é certa. Um filme antigo. Desenhos interagindo com humanos. E o mais importante, tudo feito de forma grandiosa, afinal, qual filme dessa temática seria capaz de ganhar o Oscar de melhor efeito visuais, melhor som, melhores efeitos sonoros e melhor edição, tendo, ainda, sido indicado para melhor direção de arte e fotografia.

O desenhista e animador Richard Williams, responsável pela animação do longa.

Mas nem tudo foram flores com Roger Rabbit. Logo que acabara de ser escrito o livro Who Censored Roger Rabbit?, de Gary K. Wolf, a Walt Disney comprou os direitos cinematográficos, Robert Zemeckis ofereceu seus trabalhos como diretor, que a Disney recusou, por achar seus filmes anteriores (Febre de Juventude e Carros Usados) fracassos comerciais. Os testes para o longa começaram ser feitos e, durante 1981 e 1983 o estúdio ficou produzindo imagens para o filme.

Nada deu muito certo e em 1985, quando a equipe de produção composta por Steven Spielberg, Frank Marshall e Kathleen Kennedy ficou incumbida do longa, as coisas começaram caminhar, mas não sem antes esbarrar no orçamento, estimado em 50 milhões de dólares, que a Disney logo barrou e só autorizou quando o mesmo foi reduzido para 30 milhões, o que, mesmo assim, para época, era o orçamento de maior valor para um filme de animação.

E sabe como é, um orçamento nunca bate, né? O longa custou aproximadamente 70 milhões, mas como faturou 329,8 milhões, tá tudo certo.

E lembra que citei vários personagens, de vários estúdios? Então, essa reunião foi possível graças ao Spielberg, que convenceu a Warner Bros., Paramount Pictures/Fleischer Studios, King Features Syndicate, Felix the Cat Productions, Turner Entertainment e a Universal Studios/Walter Lantz Productions a “emprestar” seus personagens para aparecerem no filme.

Lógico que tais participações foram pequenas, mas ver todos eles em cena é lindo.

E o que aconteceu que Robert Zemeckis assumiu a direção?

Simples. De Volta Para o Futuro (1985) havia sido um sucesso, então seu ingresso para direção havia sido garantido.

No final, tudo deu certo. Tanto é que o filme mantêm 97% de aprovação da crítica no Rotten Tomatoes.

Uma Cilada para Roger Rabbit é um filme tranquilo para se assistir. É bem produzido, engraçado e com uma boa história. Não fará você ficar pensando em teorias ou questionando eventos, pois em um mundo onde desenhos e humanos interagem, tudo pode acontecer.

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