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Frases do livro “Minha vida com Pablo Escobar”

Na capa do livro lemos: “Jhon Jairo Velásquez, o Popeye. Um dos maiores assassinos da história e braço direito de Escobar.”

O livro logo chama atenção, e ao adentrar naquelas páginas, nos deparamos com uma vida ao lado de Pablo Escobar e outra vida na prisão.

No meio de tantos atos ilícitos é possível tirar algumas frases e trechos para reflexão.

Então, sem delongas…


Aqui estou. Estou sou eu: Jhon Jairo Velásquez Vásquez, vulgo Popeye. Pablo Escobar, a quem chamávamos de Patrón, foi nosso grande líder. Ele era o meu chefe. Um homem frio, que não conhecia o medo, com uma personalidade única. Nunca chegava à euforia por um grande triunfo nem se entristecia demais uma por uma derrota.


Todas as prisões têm uma porta grande que recebe os réus; é a entrada para o grande monstro. A revista da guarda inicial é pesada, com nudez completa, em busca de punhais e droga. Depois vem a designação de pátio, de acordo com o delito pelo qual o detento chegou e com o grupo delitivo a que pertença. A entrada ao pátio é traumática, mas não se pode demonstrar medo. Uma das coisas básicas que se aprende nesses lugares é que o maior opressor do preso é o próprio preso. Cada prisão tem um cheiro característico, mas as celas sempre são nauseabundas. É como se a pestilência da morte e do crime rondasse pelo ar e viesse de seu próprio espírito.


Não nos mataram em La Danta e quase nos mata essa pedra. Por isso eu lhes digo que não se preocupem com nada, porque a morte chega a qualquer momento e de onde menos se espera. – Pablo Escobar.


Policial pequenos, juiz pequeno ou mafioso pequeno, tenha medo. – Pablo Escobar.


Sempre tive a convicção de que não importa a escolha e vida que se tenha feito, mesmo para um assassino profissional, a educação e os bons modos são vitais no meio em que se encontre.


Guerra é guerra e, naquele tempo, ela não tinha compaixão com ninguém.


Patrón vivia com toda intensidade, era uma máquina do mal, sendo, ao mesmo tempo, um bom amigo e um bom inimigo.


Foto de 18 de janeiro de 2013, “Popeye” joga jadrez em prisão de Combita, na Colômbia: Divulgação: Carlos Ortega/El Tiempo/AFP

Ter permanecido fora da população carcerária e na solitária permitiu-me ter um outro olhar em relação ao cárcere e a meus companheiros, e, o mais importante, em relação a mim mesmo. Compreendi que podia sonhar, que a minha fé seria o primeiro passo para chegar ao alto e que, se quisesse um futuro, eu mesmo tinha de criá-lo.


Compreendi que a língua é o que mete as pessoas em problemas. (…) Entendi também que uma palavra ofensiva podia ser mais danosa que um golpe, por mais forte que fosse; soube que a palavra tem poder e que, para cultivar meu espírito, eu devia aprender a arte do silêncio.


Pablo Escobar não recebe esmolas de ninguém, nem se estiver morrendo de fome. – Pablo Escobar.


Andando por esse mundo, tinha compreendido que a vida não segue em linha reta, e que saber viver é uma arte.


Por pura e mera casualidade, li essas palavras em alguma parte: “A tribulação produz paciência, a paciência produz virtude firme, a virtude firme produz esperança e a esperança não desfalece”.


A rotina tende a desestabilizar qualquer ser humano, por mais forte que seja, mas naquela época, depois de ter vivido tanta dor, eu não me deixava afetar pelo dia a dia carcerário.


(…) deitar com o passado sexual de uma pessoa desconhecida era o equivalente a uma roleta russa.


Entendi que, definitivamente, o perdão edifica, enquanto a vingança sempre destrói e aniquila.


Entendi, em tantos anos de presídio, que as coisas pequenas e a luta do dia a dia eram a verdadeira e duradoura felicidade.


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