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Velta, a musa das HQ’s brasileiras

Velta foi criada no começo da década de 70, por Emir Ribeiro, seu começo foi em um jornal da escola, só em 1975 que conseguiu publicar profissionalmente.

Em entrevista exclusiva Emir nos disse que:

Quando a criei, a ideia era de completa rebeldia contra o estabelecido na época. Ou seja, o que o mercado e a censura impunham e tinham como recorrente, eu fiz questão de ir de encontro e fazer exatamente o oposto. A maior parte das edições daquela época, a década de 1970, as personagens femininas eram sempre coadjuvantes, passivas, trapalhonas e de personalidade fraca. Sem falar que eram excessivamente recatadas e cheia de pudores. E ainda havia uma censura ferrenha, na qual, qualquer ousadia ligada a sensualidade era severamente reprimida. Tinha censores por toda a parte, ou pessoas que tinham medo de chamarem a atenção dos militares, e por isso tratavam de promover a censura antes que qualquer arte tida como “proibida” acabasse sendo levada a público e causasse alguma confusão. A Velta se opunha a tudo isso. Talvez o único item que se manteve, vinda da influência dos quadrinhos estrangeiros “da moda”, foi o fato dela ser uma loura.

Como o próprio Emir diz, Velta era bela, mas não era recata e muito menos era do lar. Mas suas histórias nunca foram para crianças, e seu público entende isso, tanto é que:

(…) muitos leitores – inclusive gente realmente entendida em quadrinhos – já me pediram para mostrar cenas de nudez ou de sexo sem máscaras ou censura alguma. Citando argumentação usada por um desses leitores: “Suas edições não são destinadas a adultos? Não está escrito bem claro nas capas das revistas “para adultos”? Então, não há porque esconder genitálias ou cenas mais picantes.”

Pois bem, agora que você sabe como o autor teve a ideia para criar a personagem, fique com um pouco de sua história.

Velta é uma detetive, faz de Belo Horizonte seu habitat natural. Tem mais de dois metros de altura e cabelos bem compridos. A detetive é uma exímia lutadora, também consegue soltar descargas elétricas por todo seu corpo.

Mas como ela solta descargas elétricas?

Bem, a heroína, que ainda não era heroína, e “apenas” levava o nome de Katia Maria Lins, tentou ajudar alguns extraterrestres que por aqui pousaram, nessa ajuda ela recebeu uma dose de um amplificador de ondas cerebrais dos ET’s, desde então ela começou se transformar em Welta, posteriormente, Velta

Seu personagem não é dos mais filantropos, muitas vezes atua por dinheiro, ou para se exibir mesmo. Mas é lógico que exitem casos que ela realmente ajuda o próximo. Ela também já se aventurou pelo mundo da moda e tentou ser atriz.

Não importa, seja por dinheiro ou seja por “amor ao próximo”, uma coisa é certa. Velta não é igual nenhuma outra heroína.

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