Ele é conhecido como “O Super-Herói da notícia”, tem mais de 20 mil gibis, é escritor, jornalista, advogado, foi modelo e técnico de musculação esportiva, já faz 10 anos que colabora para a revista Mundo do Super-Heróis, a única revista especializada do tema no Brasil… falta-me palavras para descrever essa enciclopédia ambulante, o que posso dizer é: aprecie essa maravilhosa entrevista…
1 – Ricardo, são tantas coisas que nem sei por onde começar, que tal falarmos um pouco sobre a revista “Mundo dos Super-Heróis”? Revista essa que você já escreve há 10 anos. Fale um pouco como é o seu trabalho dentro dela e como surgiu a oportunidade para trabalhar nesse meio.
Olá, Henry e galera do HQ’s com Café! Em primeiro lugar eu gostaria de agradecer a vocês por me darem essa oportunidade para a entrevista! Bom, vamos lá!
Antes de falar sobre meu trabalho só um pequeno histórico de quem eu sou e de onde vim (risos).
Nasci em 8/8/1964 na cidade de São Paulo. Aos sete anos mudei-me para Santos onde morei um ano e depois me mudei para Ribeirão Preto aonde vivo até hoje. Mas mesmo morando em Ribeirão, passei parte de minha infância e adolescência em São Paulo porque pelo menos uns três ou quatro meses por ano eu passava lá, até meus 18 anos. Sou advogado, jornalista, escritor, fui modelo por mais de 10 anos e também monitor técnico de musculação esportiva pela Federação Brasileira de Culturismo, tendo trabalhado um tempo como personal trainer e dado aulas em academias. Trabalhei cinco anos com suplementação esportiva, fiz teatro, desenho por hobby e também já fiz escola de arte. Sou casado e defensor de um estilo de vida saudável aliado à busca pela cultura e mente positiva.
Eu comecei a escrever para a revista Mundo dos Super-Heróis no ano de 2008 na edição #10, meio que por acaso. A Mundo dos Super-Heróis é a única no Brasil especializada em quadrinhos e cultura nerd/geek. Ganhadora por dois anos consecutivos do Troféu HQ MIX (a maior premiação do gênero no país) como maior publicação sobre quadrinhos vencendo inclusive a internacional Wizard que estava no Brasil. E em 2012 ganhou pela terceira vez, como a maior mídia sobre quadrinhos. Além de ser referência no gênero tem fama internacional. Quando saiu o número 1 da Mundo, todo mundo comentou muito nas redes sociais pelo fato de pela primeira vez termos no Brasil uma revista com matérias realmente aprofundadas sobre quadrinhos e com qualidade gráfica equivalente as internacionais. Naqueles tempos haviam publicações só em formatinho com poucas páginas e com texto muito pobre. Eram mais pequenas notas e não matérias. Além do mais a maior parte dessas revistas era mais sobre animes, algo que estava muito na moda no início dos anos 2000. E a Wizard já havia tido uma tentativa fracassada de entrar no nosso mercado editorial.
Isso ainda nos tempos do Orkut, ainda não havia o Facebook. Então um conhecido meu criou uma comunidade (nome que se dava aos grupos do Orkut) da Mundo dos Super-Heróis. Quase que imediatamente toda a equipe da Mundo entrou para essa comunidade, o que nos fez sentirmos honrados! Um mês depois esse meu conhecido teve de sair do Orkut por problemas pessoais e me passou a comunidade. Acabei fazendo amizade com toda a equipe e o Manoel de Souza, editor da Mundo, gostou muito do meu trabalho de moderador da comunidade. Desta feita, a partir da edição #2 da revista, que naquela época não tinha uma periodicidade mensal, se não me engano era trimestral. O Manoel me dava uma edição de presente para continuar meu bom trabalho como moderador. Até que eu sugeri fazer uma entrevista com o brasileiro Rodolfo Damaggio, quadrinhista e profissional de Hollywood que havia também trabalhado em filmes de super-heróis com story board, design e desenhos de produção. Fiz essa sugestão porque o Damaggio é meu amigo de infância e crescemos juntos aqui em Ribeirão, sendo como irmãos. E como ele estava vindo ao Brasil passar o final de ano com a família (ele mora faz mais de 20 anos nos Estados Unidos), tive a ideia dessa entrevista. Foi aí que o Manu me disse “Porque você mesmo não faz a entrevista com ele? Aí você passa também a ser um colaborador da revista”. E foi assim que tudo começou! (risos)
Desde então tenho escrito os mais diversos tipos de matérias para a Mundo. Sobre Conan, Tarzan, Tintim, Universo Bonelli etc. Além de notas curtas, notícias dentre outras coisas. Minha matéria sobre o Tintim inclusive foi a mais completa que já saiu em uma mídia escrita, falando tudo sobre o personagem como animações, filmes live action, comerciais de TV, o filme do Spilberg que estava estreando naquele ano além é claro de todos os álbuns dele. E a matéria sobre a Bonelli, que fiz com meu amigo Alexandre Callari (do Pipoca & Nanquim) foi considerada por um site europeu a mais completa matéria sobre a editora italiana em língua portuguesa.
Atualmente tenho feito mais notas para a revista e ajudado na revisão da enciclopédia da Mundo que está saindo em volumes caprichados, cada tomo sobre um herói Marvel e um da DC.
Mas durante anos eu tive uma coluna chamada Garimpo na Net que no início revelava novos quadrinhistas que publicavam apenas on line e as pessoas não conheciam! Inclusive fui eu quem revelou o hoje renomado Vitor Cafaggi para a mídia. Fui a primeira pessoa a fazer uma matéria com ele. Isso ainda na época em que ele fazia o Puny Parker. Ele nunca tinha publicado profissionalmente. Fiquei durante meses atormentando o Manoel para fazer essa matéria com ele. Como o Vitor não era conhecido na época, o Manoel não me dava atenção e nem olhava o trabalho dele. Eu dizia “Manu, o cara é muito bom! Ele faz tirinhas do Peter Parker quando criança no mesmo estilo de Calvin e Haroldo ou Peanuts! E o argumento é tão sensacional quanto o traço dele! “Mas o Manoel ficava dizendo “Agora estou no fechamento da revista Natureza e não posso ver. Me lembre no mês que vem para me mostrar isso.” Aí eu esperava mais um mês e o procurava de novo, “Manu! Lembra daquele cara que te falei? O Vitor Cafaggi! Então… você já olhou o trabalho dele?” E o Manoel dizia, “Não estou com tempo para isso agora! Estou enrolado com as pautas da Mundo dos Super-Heróis aqui. Me mostre isso no início do mês!” E foi assim por seis longos meses. Até que saiu uma nota bem pequena no blog do Terra de umas três linhas. Aí eu procurei o Manoel e mostrei a ele dizendo que já estavam começando a falar do Vitor na internet. Seria bom se fossemos os primeiros a entrevista-lo e fazer uma matéria com ele. Seguiu-se alguns minutos de silêncio e ele retornou todo eufórico, “Entra em contato com ele e já faz a entrevista! Vamos estrear uma coluna nova na Mundo, a Garimpo na Net que será sua também! ” Depois disso o Manoel ficou tão maravilhado pela arte do Vitor, que me pediu para colocar em contato com ele e logo em seguida o Vitor me procurou todo alegre dizendo que iria fazer a capa da Mundo com o Dossiê do Maurício de Sousa. Quando a Mundo saiu o Sidão (Sidney Gusman, diretor do planejamento editorial da MSP) viu a capa e chamou o Vitor para participar do novo projeto Maurício Novos 50, desenhando a história do Chico Bento. Ao ver essa HQ o Maurício ficou impressionado com o talento do rapaz e disse para o Sidão chama-lo para outro novo projeto, que eram as Graphics MSP. Então ele fez o número 2, Turma da Mônica – Laços. Devido a isso o jornal O Globo chamou o Vitor para ele criar tirinhas de um personagem novo que não poderia ser o Pequeno Parker. Sendo assim, ele criou o Valente, que acabou se tornando um enorme sucesso! O resto é história.
Após a Mundo dos Super-Heróis, comecei a ficar conhecido e me chamaram para escrever para o saudoso blog Chamando Superamigos do parceiro Clayton Godinho. E atualmente escrevo para o site do Laboratório Espacial, do renomado J. J. Marreiro que se tornou parceiro também do DROPS fazendo todas as artes do canal, exceto a aque eu estou na mesa com os personagens em volta que é de outro fera, o Luciano Felix do Mistiras e um dos colaboradores da revista Mad.
Muitos outros sites e blogs me chamaram para escrever, mas não dou conta de tudo isso não, tive de declinar em vários (risos). O último que aceitei foi para o Jornal Empoderado que era uma publicação impressa em São Paulo distribuída no metrô e acabou se tornando virtual com um site e uma página no Facebook, editado pelo Anderson Moraes. No Facebook também escrevo para a página O Frango. Tem mais alguns para os quais escrevi, mas não me recordo de tudo de cabeça (risos).
E tem o DROPS Ricardo Quartim, que é meu canal e que várias personalidades são fãs, como Marco Moretti, que foi editor das linhas Marvel/DC nos anos 80 na época da Abril Jovem, é jornalista e escritor também e foi um dos finalista do Prêmio Jabuti com um de seus livros, o prêmio máximo da literatura brasileira. Outro fã famoso é o mestre Rubens Francisco Lucchetti um dos maiores escritores vivos do pais, autor de mais de 1.500 livros, mais de 300 roteiros para HQs, mais de 30 roteiros para o cinema, além de radionovelas etc, e o roteirista preferido do Zé do Caixão e do cineasta Ivan Cardoso. O mestre Lucchetti que me elogiou dizendo que sou um dos melhores apresentadores que ele já conheceu e que o conteúdo do DROPS é fantástico.
2 – Nosso site já falou com muita gente, mas é inacreditável o quanto de informação que você carrega. Por exemplo: seus cenários para gravações de vídeos no DROPS Ricardo Quartim são com seus quadrinhos ao fundo, você tem ideia de quantos possuiu?
Eu calculo que em torno de uns 20 ou 30 mil. Não tem como contar! (risos) Mas tenho gibis ali que ganhei quando tinha 3, 4 anos e guardo-os até hoje. Ou seja, como vou completar 54 anos em agosto, tenho gibis de 50 anos (risos). Mas fora esses ainda tenho alguns que herdei de meu pai que datam do ano de 1945. Uma grande parte deles você pode ver no meu álbum do Facebook que é público e qualquer um pode acessar. Só tem que ter paciência de procurar entre os tantos álbum meus. (risos)
3 – Já que falamos do seu canal, fiquei impressionado com um vídeo do qual você fala sobre “Artistas que copiam outros”, um vídeo muito bem elaborado, com muito conteúdo. Quanto tempo em média você leva para produzir um vídeo assim?
Bem, um vídeo DROPS Ricardo Quartim de uns 30 ou 40 minutos, entre começar a pesquisa do tema, gravar e editar eu levo em torno de uns 3 meses. Isso porque faço tudo sozinho. Após a escolha do tema, a primeira coisa que tenho de fazer é pesquisar tudo sobre aquilo envolvendo todas as mídias e gêneros como foi no caso deste que você cita. Costumo citar a parte histórica de onde aquilo veio como por exemplo as obras clássicas de Édouard Manet e Claude Monet que as pessoas costumam confundir achando que Manet e Monet são o mesmo artista. Mas entre os que conhecem, poucos sabem que Manet copiava Monet e outros pintores. Então vou na raiz de onde tudo começou e cito os desenhistas de tiras nos anos 20, 30 até os atuais dizendo o motivo de um artista copiar o outro e mostrando que vai muito além do que picaretagem como aparenta ser. E como assunto são cópias, não me detenho a desenhos e pinturas, mostro animações, cinema, música etc. Procuro fazer um dossiê sobre o assunto que você não encontra em nenhum lugar na mídia. Todos os DROPS são assim, procuro fazer sobre temas interessantes que você não encontra por aí ao invés de falar o que todo mundo já sabe. Por isso tem o DROPS sobre Capas Ridículas, mostrando o motivo de a ver tantas capas ridículas nos anos 40 até 70. Outro com curiosidades sobre o primeiro crossover Marvel/DC que é Superman vs Homem-Aranha. Tem um sobre Mensagens Subliminares e Teorias da Conspiração nas HQs e por aí vai. A diferença entre o Conan dos filmes e dos livros comparando tudo que foi feito de Conan até hoje! Um similar que também mostra o Tarzan de Edgard Rice Burroughs vs o dos filmes, comparando as diferenças entre a obra original dos livros e os do cinema, etc.
Bom, só expliquei tudo isso para mostrar a complexidade de se escrever um programa com um texto tão complexo e minucioso assim. Mas voltando a falar da produção do DROPS, após pesquisar tudo sobre aquele tema, vem outra parte demorada que são as gravações. E a cada vez que gravo o que mais dá preguiça e rearranjar todo o cenário, já que a forma como está a biblioteca não dá para gravar. Então a cada cena mudo um monte de coisas do cenário quando mudo o ângulo de câmera, pois só tenho uma e na hora da edição parece que me movimento com várias câmeras. E também a cada cena tenho de mudar a iluminação que eu mesmo faço com várias luzes. E como o texto não pode ter falhas, muitas vezes uma cena de apenas 6 min. levo uma hora para gravar. E quando gravo uns 15 ou 30 min de cena, leva mais de duas horas!
Depois na hora da edição, tenho que escolher as trilhas que vou utilizar de fundo, as que vou fazer vinhetas. Selecionar os vídeos que vou utilizar de acordo com o tema. E também as imagens para montar as vinhetas quando cito alguma coisa. Muitas vezes estou com um tipo de música na cabeça para determinada vinheta ou cena, mas não consigo encontrar e fico dias procurando no Youtube. Já cheguei a cochilar fazendo isso (risos).
Após toda essa busca, chega a hora de editar que é o que dá mais trabalho. Por isso a demora para produzir um vídeo do DROPS Ricardo Quartim. Ao contrário desses youtubers que tem uma equipe por trás e fazem muitos vídeos apenas falando e fazendo piadas, não consigo postar um por semana como eles justamente por isso. Pelo capricho maior que tenho com cada um. Comparo isso a confecção dos gibis, quando uma edição mensal do Batman por exemplo leva um mês para ser feita, um álbum do Asterix leva em torno de 5 anos, justamente por causa da qualidade e requinte com que é produzido. Isso não significa que os gibis do Batman sejam ruins, apenas são outro tipo de produção.
Voltando a falar na temática do DROPS, ela é variada, sobre todos os gêneros de quadrinhos, de todas as épocas como um sobre Calr Barks o criador da família pato da Disney, sobre HQs nacionais, de terror, ficção científica, Julia Kendall que é quadrinho italiano, Lucky Luke, Asterix e todo tipo de HQ que você puder imaginar, não apenas Marvel e DC.
São três anos e sete meses de DROPS e nesse tempo muitas personalidades também tiveram participação exclusiva no programa! O quadrinhista Vitor Cafaggi, o ator e roteirista Felipe Folgosi, o mestre Rubens Francisco Lucchetti, o jornalista e escritor Marco Moretti, os quadrinhistas Caio Cacau, Débora Caritá, Carlos Reno, Rodrigo Mazer, Sam Hart, J. J. Marreiro e Luciano Felix. E até quadrinhistas internacionais: o desenhista Rodolfo Damaggio (Arqueiro Verde, Batman, Superman) e o consagrado roteirista da Marvel e DC Steve Englehart! Além de Bill Sienkiewicz! Todos gravaram vinhetas exclusivas para o programa! Vários Jornalistas também passaram pelo programa no quadro Amigos do DROPS dando indicações bacanas de leituras e até colecionáveis. São eles os colegas Jota Silvestre, Eder Pegoraro, Eduardo Marchiori todos da revista Mundo dos Super-Heróis e o talentoso ilustrador Adriano Batista!
4 – Ainda sobre seu canal. Você tem todo um ritual para gravar seus vídeos, seu andar é diferente, são várias câmeras e você realmente incorpora um personagem. Você sofre com muitas críticas ou a galera gosta do seu jeito?
Na realidade eu sou mais ou menos desse jeito. A única coisa eu faço é impostar um pouco a voz de maneira pausada e com a pronúncia correta para que dicção fique clara. Mas em certos momentos quando estou narrando algo que vivi ou dando minha opinião acabo falando do meu jeito mesmo. E a camiseta é a roupa que sempre uso. Na maioria desses vídeos sempre tem um nerd usando uma camiseta de super-herói bem larga. E o cara é ou gordão, ou magrelo etc. Já eu, uso camiseta cavada bem justa e nada com temas de personagens desenhados, senão ficaria igual a todo mundo, não é mesmo. Quero passar a ideia de que o próprio super-herói está apresentando o vídeo. E creio que entenderam a mensagem. Pois todos gostam desse meu jeito e o próprio Marreiro me apelidou de Ricardo Quartim o Super-Herói da Notícia. E tanto pegou, que um fã do Japão me procurou dizendo que brasileiros que moram e trabalham no Japão são meus fãs e ele queria autorização para fazer um personagem com esse nome. É claro que autorizei (risos). E acabei virando um personagem de quadrinhos também.
Depois disso recebo sempre desenhos de fãs me retratando como um super-herói. E entre esses fãs, muitos são profissionais da área de quadrinhos que me desenham e enviam de presente. Um orgulho para mim, pois me sinto muito honrado com esse tipo de homenagem, tanto do fã comum quanto do profissional do meio dos quadrinhos. Um desses fãs é um amigo artista plástico aqui em Ribeirão. Ele se chama Willy Peres e fez um quadro gigantesco que dá o dobro de mim, me retratando como o Superman. Ele disse que fui uma inspiração para sua carreira tanto profissionalmente quanto na personalidade que ele considera heroica. Porque o que faz um super-herói não são os poderes, mas a personalidade e o caráter.
Outro fã que vale à pena mencionar e que eu também não conhecia, me procurou dizendo que adorava meu canal e me considerava um exemplo para todos. Pois tento passar não apenas a imagem heroica como os conceitos de moral, ética, justiça e demais que todo o super-herói defende além de determinação, coragem, força de vontade e resiliência. Esse fã é o Fernando Nery, o Filósofo dos Livros. Ele disse o seguinte sobre mim em uma matéria que fez sobre meu canal:
“Ricardo com sua imagem nos leva a enxergar aquele herói que não é apenas dotado de superpoderes, mas tem uma moral ilibada.
Se eu pudesse apresentar um modelo de herói para todos os jovens desse mundo, minha escolha seria Ricardo Quartim.” (Fernando Nery)
É também comum as pessoas me procurarem dizendo que começaram a malhar e ter uma alimentação saudável inspiradas por mim, pois também posto vídeos dos meus treinos e fotos da minha dieta nas redes sociais.
5 – Ricardo Quartim, o Super-Herói da Notícia, é assim que você se apresenta. Como surgiu essa ideia de criar um personagem que traz notícias? E aproveitando, nos conte tudo sobre ele.
Sim, como eu estava dizendo acima, foi um apelido dado pelo meu parceiro J. J. Marreiro e que pegou. Quando vi todo mundo estava me chamando assim. Quando o fã do Japão me procurou e propôs fazer um gibi em que eu fosse um super-herói, ele já havia criado uma imagem comigo vestido de Superman só que ao invés do “S” no peito ele colocou um “RQ”. O nome dele é Odilon José Choba que utiliza o pseudônimo de Dilan Fox. Ele criou essa imagem porque as pessoas sempre me associaram com o Superman, desde a época do Orkut. Aliás, desde o colegial no Colégio Auxiliadora quando eu era ainda um pré-adolescente (risos). Todos diziam que eu parecia o Superman e até hoje onde vou de vez em quando alguém diz isso (risos).
A capa do gibi até foi feita com essa imagem. E algumas das artes internas ainda em preto e branco também. Só que havia um grande problema nisso tudo, ou melhor, vários problemas. O primeiro é os direitos autorais, que mesmo mudando o símbolo, o resto é o próprio Superman em pessoa, até meu rosto já que me pareço com ele (risos). Outro problema é a falta de originalidade e eu não teria uma identidade própria, sempre sendo apenas uma cópia do Homem de Aço. Então sugeri mudar de uniforme e fazer um bem distinto tanto no design quanto nas cores. Como o Odilon não tinha uma origem, apenas a trama básica, ele me pediu para cria-la e a sinopse ficou assim:
“O apresentador do programa DROPS Ricardo Quartim adquire poderes cósmicos em meio a uma guerra galáctica quando um artefato alienígena cai na Terra.”
E em minha origem, quando entro em contato com esse artefato, ele era capaz de materializar o maior desejo da pessoa. Como meu desejo era ser o Superman, eu adquiro os poderes e aparência do herói. Mas segundo o que eu tinha criado, no decorrer da história um outro personagem dizia “Ei! Você não acha que está muito parecido com um certo Homem de Aço?” E eu responderia “Puxa! É mesmo! Foi meu subconsciente!” E imediatamente com minha mente eu mudaria para o novo uniforme personalizado.
No entanto, recentemente quando o Odilon desenhou duas páginas a toque de caixa contando a origem do personagem, para ser usada como extra no lançamento da saga Força Extrema, da qual eu também participo, ele acabou mudando tudo isso! O Odilon inventou que eu estava em uma convenção de cosplays e vestido de Superman (vem daí a nova explicação para a roupa). E ao invés do artefato cair na Terra durante uma disputa com os alienígenas, ele era uma pedra viva que ao pressentir o perigo de cair em mãos erradas fugiu da nave que o transportava e procurou a pessoa mais digna vindo até a mim. Na realidade não gostei dessa mudança da pedra viva. Pois era para ser o acaso e não algo que lembre o Lanterna Verde (risos). Na origem que eu criei eu escutaria o estrondo e o encontraria em uma cratera. Ao tocar nele ganhava os poderes. Portanto estamos revendo isso já que o gibi de origem ainda não saiu apesar de eu já estar participando da saga Força Extrema.
Quanto ao novo uniforme, como foi o Marreiro que criou esse nome, Ricardo Quartim o Super-Herói da Notícia, então nada mais lógico do que ele criar o novo design. Na realidade ele criou dois e escolhi um com o uniforme cinza escuro ou negro com a capa dourada, que inicialmente todos confundiam com amarelo até que os coloristas aprenderam a fazer a cor dourada nela (risos). O símbolo no peito é um “Q” enorme e a perna do “Q” forma um “R” dentro do ”Q” de maneira muito sutil. Tanto que a maioria dos desenhistas não nota e coloca apenas o “Q” (risos). Depois que criei esse novo traje, os fãs passaram a me desenhar com ele e não mais como o Superman (risos). Mas ficou muito da hora! (risos)
Quanto aos poderes, como eles são materializados de acordo com sua vontade, eles podem ser permanentes como superforça, invulnerabilidade, superesistência, voo, supervelocidade, supervisão e superaudição. Ou que se manifestam de acordo com a necessidade do herói, necessidade como atravessar paredes, se tornar invisível ou se teleportar para qualquer lugar em uma distância máxima ainda não conhecida.
Outro fato importante é que durante a saga Força Extrema, o herói passará a se chamar Quartzo Dourado. Quartzo vem de um apelido carinhoso que alguns me chamam por ser Quartim e também o nome da pedra preciosa. Dourado para todos saberem que a capa é dourada e não amarela (risos).
O gibi solo ainda em produção tem a arte do Dilan Fox (Odilon José Choba). As cores da capa são de Dijjo Lima (Marvel) e letras de Jorge Vieira (Estúdio Ed Benes). Uma equipe da pesada! (risos)
6 – Seu personagem vai estar na saga “Força Extrema”. O nosso amigo André Carim já falou um pouco sobre esse projeto em nosso site, mas toda informação é útil. Como você enxerga essa união de personagens?
Antes de mais nada cabe explicar que Força Extrema é um crossover com mais de 20 quadrinhistas, cada qual com seu personagem. A grande sensação é a volta do super-herói Fantastic Man, criado pelo quadrinhista e editor Tony Fernandes no ano de 1976 e que já fazia um bom tempo que não aparecia nos quadrinhos.
Outros heróis conhecidos também dão as caras em Força Extrema, como é o caso do Lagarto Negro, criação do advogado Gabriel Rocha, que em 2018 completa 20 anos e do Catalogador, alter-ego de seu criador Lancelott Martins. Então estarei no meio de grandes lendas!
Eu acho interessante essa união de personagens que visa apresentar ao grande público vários super-heróis brasileiros e demonstrar que além de um universo rico e empolgante, os quadrinhos nacionais podem ter excelente qualidade. Esta seria uma forma de atrair novos leitores para este fascinante mundo. Outro dos objetivos é criar um universo coeso e interligado onde todos os personagens coexistam entre si. Por isso André Carim, o criador e coordenador da saga, não descarta de após a conclusão da primeira fase de Força Extrema, continuar acrescentando mais heróis.
7 – Outro dia li um comentário que dizia que um projeto dessa magnitude era ruim, já que o leitor iria ficar com muitos personagens em cena e não saberia a história de nenhum deles. No exterior encontramos vários quadrinhos com esses crossovers gigantescos, muitas vezes com um roteiro bem aquém do esperado, e quando surgem artistas nacionais e fazem o mesmo eles são fortemente criticados. Você não acha que existe um grande preconceito quando tratamos de assuntos nacionais?
Os crossovers gigantescos com muitos personagens nacionais em cena realmente podem ser confusos para o leitor, afinal, a grande maioria é desconhecida para o público e é como se estivéssemos apresentando uma enorme quantidade de personagens de uma só vez. Isso não ocorre com a Marvel e DC porque todos os personagens já são conhecidos e não tem necessidade de apresenta-los um por um. Quando surge o Lanterna Verde em uma história por exemplo, mesmo que seja apenas em uma ponta, todo mundo já sabe a origem dele, o que ele faz, quais são seus poderes, sua personalidade e porque ele está ali. Por isso não é confuso. Então achar que um projeto dessa magnitude fica confuso não é um preconceito com a HQ nacional, mas uma realidade. Contudo isso é uma questão de estrutura do projeto. Se você apresentar um crossover desses, com um número gigantesco de heróis em apenas uma única edição querendo enfiar todos eles em umas 20 ou 30 páginas, não tem como não ficar confuso. Alguns heróis desconhecidos do grande público apenas aparecem ali em uma ou duas páginas e depois somem. As pessoas não entendem porque eles estão ali ou sua função na história já que não sabem os poderes deles e do que são capazes. Agora, se em uma HQ que requer ajuda mística surgir o Doutor Estranho, mesmo que seja em apenas um quadrinho para combater alguma magia, todo mundo vai entender o motivo dele estar ali. Justamente por isso é que Força Extrema será dividida em 8 TOMOS, mais o Prólogo, com um grupo pequeno de heróis a cada edição. Para que dê tempo das pessoas se familiarizarem com eles e entenderem quem é quem.
8 – São muitos anos adquirindo e lendo quadrinhos. Você consegue listar 5 histórias que você leu e criou um apreço especial?
Puxa! Acho que vou ficar te devendo essa Henry! Tenho 53 anos e leio todos os tipos de quadrinhos desde que me conheço por gente quando meus pais ainda liam para mim. Então nessas mais de cinco décadas, muita coisa me marcou e não só de super-heróis. Teria que fazer uma lista maior do que essa entrevista só para responder (risos)
O que posso fazer não é indicar histórias, mas dizer quais coleções são as mais importantes para mim. Aí vai apenas as que me lembro no momento:
Os Álbuns gigantes da Ebal;
Batman e Superman da Ebal em cores e em preto e branco, formato americano e formatinho além de alguns especiais da editora
Capitão América e Homem-Aranha em cores, da Ebal, Capitão América da Bloch e Homem-Aranha da Bloch e RGE;
A coleção completa de Heróis da TV e Superaventuras Marvel da Abril:
Os primeiros números da revista Mad;
Os álbuns de luxo do Flash Gordon com as pranchetas dominicais de Alex Raymond mais os formatinhos de Flash Gordon da RGE;
A coleção do Gibi Semanal da década de 70 (completa e encadernada);
Os álbuns de luxo do Fantasma, com a primeira história do personagem além dos formatinhos, gibis em formato americano e especiais do herói;
As coleções de álbuns europeus de Asterix, Tintim (completas) e Lucky Luke e Mortadelo e Salaminho (faltando alguns números);
Livros com tiras do Garfield;
O encadernado Toda Mafalda;
A Espada Selvagem de Conan (Abril),
Conan o Bárbaro, da Mythos e todos os livros do Cimério e encadernados lançados no Brasil;
Álbuns e especiais da Disney em formato de livro e alguns encadernados que comprei recentemente, todos com capa dura;
Do Tarzan tem várias coleções: Tiras de Russ Maning encadernadas, principalmente o número 6 que é uma edição limitada e exclusiva produzida pelo fã José Lirio de Lima, que me deu de presente; 2 álbuns de Russ Maning; Tarzan de Burn Hogart; 2 álbuns de Joe Kubert; minissérie em 3 edições por Roy Thomas e John Buscema; e a PRIMEIRA HQ de Tarzan, por Hal Foster;
As primeiras revistas da Mônica e Cebolinha lançadas no Brasil no final dos anos 60 e as Graphics MSP (faltando alguns números que ainda não consegui comprar);
Dois álbuns do Drácula, do Rubens Francisco Luchetti e Nico Rosso, autografados pelo próprio Luchetti e os livros e gibis também do mestre Lucchetti todos autografados por ele com dedicatória exclusiva para mim;
Os álbuns eróticos de Druuna e Giovanna Cassoto;
Álbum de luxo do Mandrake em cores, mais as revistas em formatinho do mágico;
Os 300 de Esparta, de Frank Miller em encadernação de luxo;
Voltando a Disney, as Obras completas de Carl Barks (nem tão completas assim, já que só tenho até o volume 19 (risos)
E tenho uma edição rara que é a número 0 do Capitão América, da Ebal, que é a primeira revista Marvel lançada no Brasil distribuída nos postos de gasolina. E algumas raras mas nem tanto que são: O Planeta dos Macacos (Bloch), Príncipe Valente (Saber) formato livro, Monstro do Pântano #01 (Ebal), com sua origem pré-Alan Moore, Os Trapalhões da Bloch e as primeiras adaptações em quadrinhos do Sítio do Pica-pau Amarelo que eram da RGE, além dos primeiros Tio Patinhas , Mickey e Almnaque Disney da Abril, também dos anos 60.
9 – Saindo um pouco dos quadrinhos, mas continuando nesse mundo da leitura, nos conte um pouco sobre o livro “Os Senhores de Ur”, que irá ser lançado ainda esse ano.
Ah, sim! Meu projeto mais importante! Posso considera-lo um projeto de vida! Pois Os Senhores de Ur: O início será uma saga, por isso o subtítulo “O início”. O próximo que ainda nem comecei a escrever se chamará Os Senhores de Ur: Colonização.
O livro será publicado ainda este ano de 2018 pela Red Dragon Books, uma divisão da Red Dragon Publisher. E já estará disponível para pré-venda ainda nesse primeiro semestre no máximo até junho.
Os Senhores de Ur: O início é um romance de aventura e ficção científica entremeado de fatos históricos, que se inicia no interior do Brasil, vai até os confins do universo e volta 14 mil anos no tempo.
Há uma frase que define tudo:
“Como sobreviver e salvar um mundo onde você é o herói, mas não se lembra de nada?”
E a sinopse da história é a seguinte:
Um homem misterioso deixa uma mulher grávida em um hospital e desaparece. A jovem morre após dar à luz. Um monstro alienígena surge e tenta matar o bebê. Uma das enfermeiras salva o pequeno Urano. Quando cresce, Urano torna-se um renomado escritor de ficção científica. Mas ninguém sabe que suas histórias vêm de sonhos que tem desde criança. Ao deparar-se com o monstro que retorna para tentar mata-lo novamente, Urano descobre parte de sua origem, que os sonhos que tem na realidade eram reais e faziam parte de um treinamento. Com a ajuda de seu novo mentor, o velho Ral Q, Urano, fica sabendo ser o salvador profetizado 14 mil anos atrás pelo Profeta Hiran e deve retornar a Ur com a missão de libertar o planeta de Khaos. Lá encontra a sensual guerreira Gaia, filha do tirano Khaos. Seu amor e ao mesmo tempo “inimiga”. Com o poder de nocautear ou até mesmo matar o adversário com um orgasmo apenas manipulando um ponto em seu cérebro, Gaia é sexy e mortal. Mas Urano não se lembra de nada e não sabe quem é amigo ou inimigo. Durante essa jornada veremos o amadurecimento do herói, a busca pessoal por sua identidade, por seu amor e sua felicidade e de como essa busca pode interferir no destino de toda uma civilização. Quem era o homem que deixou a mulher grávida no Hospital? Quem era a mulher? Quem são seus verdadeiros amigos e inimigos? De onde ele realmente veio? Por que é o escolhido? Quem foi o Profeta Hiran? Leiam o livro e surpreendam com as respostas!
Urano reúne os mais nobres valores de um ser humano. Além de sua luta por justiça e pela liberdade, o herói ainda é dotado de altruísmo, humildade, gratidão e ética. Fora isso possui determinação férrea, coragem, força de vontade, resiliência, fé e esperança.
Já Gaia é a maior guerreira de Ur! Perita tanto em manejo das armas brancas, como nas de fogo, além de também ser imbatível no corpo a corpo. Ainda é uma exímia estrategista, depois do pai, ela é o cérebro de Ur. Nenhum homem ou mulher é páreo para a princesa, exceto Urano, o único capaz de vence-la.
Como se não bastasse ela tem um poder de manipular as ondas do cérebro do oponente e faze-lo atingir um orgasmo podendo leva-lo até a morte de acordo com a intensidade.
Ela também é a mulher que surgia nos sonhos de Urano, sem saber que ela realmente existia em outro planeta. Ela e Urano viveram um grande amor no passado, mas por circunstâncias que ele desconhece, quando a reencontra, sua amada parece ser uma grande inimiga.
Para escrever Os Senhores de Ur: O início, procurei estudar A Jornada do Herói de Joseph Campbell, a mesma fonte que George Lucas utilizou para criar a mitologia de Star Wars. Também analisei mitos e fábulas de diversas regiões do mundo. Ainda pesquisei a história da humanidade, as formas que os governantes de todas as épocas utilizavam como estratégia para governar e ludibriar o povo: Estratégias de guerra, utilização da fé do povo na religião para dominação etc. E utilizei um pouco de psicologia para humanizar e dar mais realismo às reações dos personagens.
As inúmeras citações no livro sobre ufologia, civilizações intra-terrenas, seres elementais, stargates, seres mitológicos etc, também são através de muita pesquisa com base em fatos que apesar de contestáveis, muitos consideram verídicos. Quando surge o mundo interior por exemplo, cito o livro A Terra é Oca do Dr. Raymond Bernard que defende esta teoria de um mundo no centro da Terra. Também menciono grandes autores de ficção científica que escreveram livros sobre o mesmo tema, tais como Julio Verne, Edgard Rice Burrougs, Lee Falk, dentre outros. Então procuro fazer uma ligação entre tudo isso. Já a segunda metade do livro que se passa em Ur, foi exclusivamente criação de minha imaginação. Eu quis dar um clima de Flash Gordon, John Carter de Marte e Star Wars no que tange as civilizações e locais, porém com uma geografia e mitologia próprias. Viagens no tempo também fazem parte da estrutura básica da narrativa e na trama você vai encontrar paralelos temporais como na trilogia De Volta Para o Futuro e Exterminador do Futuro. Na parte primitiva de Ur o clima é das histórias de Espada e Magia como as de Conan de Robert E. Howard, um dos meus escritores preferidos e uma das minhas maiores inspirações.
A capa do livro é do Caio Cacau, um dos melhores capistas do país que também faz as capas dos livros do universo de Star Trek.
O Prefácio é do Marco Moretti, já lendário por ter sido o editor das revistas Marvel/DC na Abril Jovem. Ele também é escritor e uma de suas obras foi indicada ao Prêmio Jabuti, o prêmio máximo da literatura brasileira. Moretti me compara aos maiores escritores de ficção Científica e Fantástico de todos os tempos.
E dentro tem várias ilustrações cada uma de um artista. Alguns renomados outros iniciantes, mas todos de extraordinário talento. Entre os renomados temos do Gabriel Andrade Jr. Que fez uma minissérie junto com Alan Moore e recebeu um elogio dele como um dos maiores artistas com o qual ele já trabalhou. E foi uma honra ter uma ilustração exclusiva dele em minha obra.
Outro foi o Benito Gallego Sanchez, que atualmente desenha as tiras do Tarzan nos Estados Unidos com roteiros de Roy Thomas. E de vários quadrinhistas que trabalham para o mercado internacional como Carlos Reno, Rom Freire, Rodrigo Mazer, Rudimar Patrocínio e Belardino Brabo. Além do iniciante, mas com um excelente trabalho, Osvaldo Ruiz e mais alguns outros que estão ainda enviando suas ilustrações. Acesse a página do livro no Facebook para ver todos.
Bom, espero que quando ele estiver na pré-venda no Catarse todos os que estiverem lendo essa entrevista se interessem e possam colaborar. (risos)
10 – Jogo Rápido.
Personagens preferidos?
Sem ordem de preferência: Batman, Superman, Capitão América, Homem-Aranha, Conan e Tarzan. Depois em segundo lugar vem Fantasma e Flash Gordon, mas gosto de muitos outros heróis e grupos da Marvel, DC e outras editoras.
Filmes preferidos?
A trilogia de Indiana Jones. Só Os Caçadores da Arca Perdida assisti 25 vezes depois perdi a conta (risos).
Superman I e II por serem dois marcos em filmes de super-heróis que redefiniu seu estilo tanto na trama adulta quanto nos efeitos especiais.
Capitão América: O Soldado Invernal, pela trama complexa e madura que envolve, espionagem, teorias da conspiração, aventura e muita ação em um ritmo frenético. E por ser o verdadeiro Capitão que cresci lendo gibis.
A trilogia clássica de Star Wars.
A trilogia de De Volta Para o Futuro.
Mulher-Maravilha.
O Homem de Aço.
E muitos vão achar polêmico, mas incluo Liga da Justiça entre eles. Quem quiser saber porque leiam minhas impressões no site do Laboratório Espacial.
Espero poder incluir em breve Vingadores: Guerra Infinita nesta lista (risos).
Melhor livro?
Tirando Os Senhores de Ur: O início, (risos) todos os de Robert E. Howard, pela sua prosa incrível e vocabulário riquíssimo!
Melhor herói nacional?
Ricardo Quartim, o Super-Herói na Notícia, que passará a se chamar Quartzo Dourado! Com certeza! (risos)
11 – O que o Ricardo Quartim com toda experiência que adquiriu ao longo dos anos diria para o Ricardo Quartim do passado?
Diria para continuar em frente sempre e jamais desistir. Para acreditar em todos os meus sonhos e que o poder da mente pode conseguir qualquer coisa. Que nada é impossível. Não deixe os outros imporem seus limites. Imponha seu próprio limite que você irá muito mais longe! Você é o que acredita ser. Sua vida é o eco de suas de suas ações! E importante: nós somos fruto da constante evolução, física, mental e espiritual. Você nunca é velho demais para mudar nem se achar bom o bastante para acomodar. NÃO ACREDITE NO IMPOSSÍVEL, ACREDITE EM VOCÊ!
12 – Para finalizar. Quem é você?
(imitando a voz de Robert Downey Jr.) Eu sou o Quartzo Dourado! (risos)
Ricardo, o HQ’s com Café agradece o tempo concedido. Desejamos sucesso nessa sua caminhada. E agora o espaço é todo seu, deixe todos os seus contatos e se quiser falar alguma coisa, essa é sua hora.
Opa, claro!
Mas antes quero tornar a agradecer a oportunidade de falar sobre minha vida e carreira. Essa é a entrevista mais completa que já dei na mídia sobre todos os meus trabalhos!
Agradeço a todos aqueles que ainda não conhecem meu trabalho, que após lerem essa entrevista procurem conhecer. E se gostarem compartilhem e divulguem para as outras pessoas que já estarão me ajudando muito!
E aí vão não só meus contatos como os links de tudo o que falei.
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