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Donkey Kong, um Clássico Atemporal

Você que jogou os jogos nos Arcades, NES ou até mesmo no Polystation, se deparou com o jogo do marinheiro, onde ele desviava de alguns objetos, animais e do Brutus, tudo para salvar sua amada Olívia.

É certeza que você lembrou. Mas qual o motivo de iniciarmos o post com esse game e não com o Donkey Kong Country?

Simples.

A história de Donkey Kong começa muito antes de 1994, data de lançamento do primeiro DKC, sua história começa lá em 1981, quando a Nintendo, com problemas de licenciamento com o personagem Popeye decidiu colocar um Gorila, inspirado no King Kong, como vilão de um jogo que aparecia um bigodudo como personagem principal.

 Donkey Kong, 1981, imagem promocional (Reprodução: Divulgação)

Ele havia raptado Pauline, namorada daquele encanador, fazendo com que o baixinho fosse obrigado desviar de todos aqueles barris e ir subindo aquelas escadas.

Esse encanador, que na época recebeu o nome de Jumpman, e só depois de um tempinho, veio adquirir o nome de Mario, se tornou um dos personagens mais conhecido dos vídeo-games.

Cranky Kong, por sua vez, não ficou como vilão por muito tempo. Ele até apareceu em alguns games sequentes, mas sem muito sucesso, já que toda vez era derrotado pelo Mario.

O que sabemos é que a idade chegou para ele, não é mais vilão, apenas é um velhinho rabugento que aparece nas franquias de 1994 para frente…

Aliás, o motivo do post é para falar dos games de 1994, 1995 e 1996. Eles, feitos em 16 bits, pareciam ser feitos com outra tecnologia.

Os cenários eram, ou melhor, são lindíssimos. Existem fases secretas. Locais para pegar bônus. No primeiro, onde sua jogabilidade não é tão avançada, você não consegue carregar seu parceiro por cima dos ombros. Nos dois seguintes, conseguimos carregar e jogar para locais altos.

Aliás. O jogo, que em sua primeira versão nos apresentava como personagens Donkey Kong e Diddy Kong, os dois, com uma certa dificuldade de locomoção, logo nos traria um acerto gigantesco, a inserção de Dixie Kong.

Dixie, que ajuda no 2 e protagoniza o game na versão 3, se torna a personagem que melhor se adapta aos mundos enfrentados, pois, com sua habilidade de girar o cabelo, que fazia com que ela “voasse” por alguns segundos, nos traz mil e uma facilidades.

É óbvio que após o acréscimo de tais recursos, a Rare, desenvolvedora do game, traria novos níveis de dificuldades.

Nos DKC2 e DKC3, só é possível “zerar” a história, fazendo uso dos dois personagens jogáveis, tudo porque existiam locais que só a Dixie conseguia passar, e existiam locais que só o Diddy (2) e só o Kiddy Kong (3) passavam.

Com o tempo e com a evolução dos gráficos, novos jogos da série foram sendo lançados, todos com aqueles cenários grandiosos e fases complexas. Mas nada se igualou ao período do SNES.

Tive o prazer de, quando pequeno, ganhar uma fita da minha amada vó, essa fita era o DKC3, pirata, que fique claro, afinal, a original era um absurdo.

No auge dos meus 10 anos, eu tinha que jogar por horas e horas para tentar bater final, torcendo para que a energia não acabasse e nem que minha mãe tropeçasse em algum fio ou ligasse o liquidificador.

O mundo secreto era impossível de ser completado e, por sorte, os dois primeiros mundos me forneciam atalhos para que eu completasse as fases rapidamente.

Hoje, já adulto, jogo sempre jogos de SNES nos emuladores da vida, recentemente bati final no DKC e no DKC2, e no meio de toda jogatina, fases complexas e trilha sonora apaixonante, fui percebendo que nada pode superar essa trilogia.

Existem jogos maravilhosos. Nunca me adaptei aos novos games e, dentre os antigos, com todas aquelas milhares de opções, a franquia DKC sempre entrará em qualquer TOP 5.

Enfrentar aqueles mundos onde a neve se faz presente é lindo. As fases aquáticas são do cão, também existem aquelas fases dos carrinhos, no navio pirata, naqueles encanamentos que te deixam lento e, ainda, há aquelas fases que o criador havia brigado com sua esposa e quis descontar o ódio na gente.

Sim. Fique preso naquela fase intitulada Screech’s Sprint, onde você tem que apostar corrida com aquele pássaro preto, desviando dos espinhos e das abelhas, que você verá que o desenvolvedor havia brigado com sua esposa.

Eu poderia citar diversas fases, dos três jogos. As da colmeia do DKC2 são insuportáveis também. No 3, temos aquelas fases intermináveis da cachoeira e não podemos esquecer daquela fase onde você tem que ir por uma corda e se desviar de corvos e abelhas no DKC (Forest Frenzy)

No meio de tudo, barris giram descontroladamente. Alguns surgem do nada. Outros mostram um tempo para que você arremesse seu personagem. Também existem aqueles animaizinhos que você pega para te auxiliar. Mas, vamos ser sinceros, que criança consegue controlar a Squitter the Spider e todas suas teias? E o que falar da Rattly?

Não sabe qual é?

Controlar essa cobra era igual controlar o diabo da tasmânia.

O ódio, o choro, a vontade de quebrar o vídeo-game, o desespero ao ficar preso em uma fase e o incontrolável rancor ao jogar essa franquia nos causava uma sensação única.

Uma sensação de alegria.

Talvez seja por misturar todos os maus sentimentos em um só, que eram liberados após chegar no final da fase, ou ao derrotar aquele chefão impossível, onde, reuníamos todas as forças de nossos pulmões e gritávamos: “CHUPAFILHADAPUTADOCARALHOEUSOUFODA”

Talvez seja por tudo que mesmo após mais de 20 anos o game continue sendo incrível. Pelo menos para nós, crianças dos anos 90, forjados através das dificuldades de se achar os bônus ou as moedas de DK’s.

Como disse no título do post, a franquia é atemporal e foi lá em 1981 que um gorila foi inspirado em um personagem de um filme famoso.

Foi lá em 1981 que, ainda vilão, ele tentava derrotar um baixinho bigodudo, que nem nome tinha ainda.

Foi lá em 1981 que aquele gorila começou cair no gosto popular.

Foi lá em 1981…

Foi lá…

O resto é história.

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