21:01, 11 de maio de 2020, acabo de assistir “O Vendedor de Sonhos”, já havia lido o livro, fico um pouco extasiado com tal história, pois havia lido há muito tempo, então não me recordava completamente.
Uma certa angustia/crise existencial me invade, resolvo abrir o Facebook, começo rodar a TL, me deparo com um clipe do Charlie Brown Jr.
“Então vamos viver, um dia a gente se encontra”.
Prontamente lembro de meu avô, ele partiu dia 01 de março de 2020.
Lembro de tudo que foi vivenciado, das risadas, choros, tristezas e alegrias. Até aquelas partes amargas se adocicam.
Em momento algum lembro de receita, controle de caixa, reuniões ou aquisições. Os momentos lembrados são os dos churrascos aos domingos ou das conversas jogadas fora no sábado.
O peito se fecha, a angustia invade, não por remorso, ou algo do tipo, mas por saber que em seus 76 anos muito ele construiu, nada levou, apenas deixou.
Não. Não quero saber de casas ou carros. É óbvio que conforto é bom. Não sou hipócrita. É necessário trabalhar. Você precisa comer, se vestir e ter como dar uma vida digna aos seus familiares. Mas não pode deixar isso ser sua única e exclusiva opção de vida.
O que vale. O que fica, são aqueles momentos do qual deixei de fazer algo para estar junto. Nada de dinheiro. Nada.
O Mestre, interpretado por César Troncoso, está certo. Eu sei que ele perdeu muito para aprender. Agradeço por ter aprendido antes de perder. Sinto pena de quem não aprendeu e não quer aprender.
Vai lá com sua mansão e seu carro 0. Vai lá, irmão. Se mata. Adquira. Morra. Divida sua família na divisão de bens.
Nunca irei compreender qual o real valor do dinheiro. Nunca.
Fico revoltado com tanta desigualdade. Com o pobre que é lesado pelo sistema e ainda se acha culpado por isso.
O Capitão Nascimento (Tropa de Elite – 2) falou que o sistema é foda. Concordo com ele. Mas ele não é só foda não, ele é filho da puta, desgraçado e tudo de mais podre que há.
O sistema deixa toda renda concentrada em pouquíssima gente. Todo o restante que se vire. E não, amiguinho classe média, você não é o sistema cara, você, assim como eu, somos as marionetes.
Fique dois meses sem trabalhar que você vai ver se você está mais perto dos ricos ou da miséria.
Não precisa muito. São só dois meses.
Vai lá, bichão. Defende os caras. Quebra sua família. Viva em torno do que não importa e esqueça que o essencial é invisível aos olhos.
Esqueça tudo. Você é o cara mesmo.
Só que o foda é que uma hora você vai lembrar. E sabe quando será essa hora?
Lá, deitado, com seus batimentos fraquejado e seu cérebro lhe condenando por ter dado preferência ao inútil.
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