O hábito da leitura é desenvolvido com o tempo, ele é tão trabalhoso quanto ir para uma academia ou fazer uma dieta. Se você que, assim como eu, não foi estimulado quando criança, tem o desejo de começar ler, comece! Só comece.
Você tem que começar. Isso lhe fará um bem inexplicável.
Mas por onde começar?
A resposta é óbvia.
Quais são seus gostos?
Romance? Ficção? Biografias?
No meu caso, eu não sabia, comecei por um tal de Bukowski. Um tal de “escritor maldito”. Mas quem diabos é Charles Bukowski?
Ah, meu amigo. Ele foi a leitura mais fácil e profunda que encontrei.
“Não deixe as pessoas serem seu alicerce, elas são uma aposta ruim, a pior aposta que você pode fazer”. – Bukowski.
Um amigo me disse dele. Comecei lendo essas frases que jogam pela internet. Até que comecei adquirir algumas obras e minha namorada começou me dar seus livros.
Durante dois anos eu consumi tudo que podia do velho safado. O tempo passou, até hoje me pego lendo algumas frases. Talvez seja sua verdade, sem floreios, que me fascine.
Por isso venho até aqui dizer que se você deseja começar ler, ou começar ler Bukowski, você tem que começar por Misto-Quente.
É nessa obra que vamos saber se continuamos ou não conhecendo o velho safado. Tudo que acontece ali, serve de base para obras futuras, então, meu amigo, se não gostar de Misto-Quente, procure outro autor.
É em Misto-Quente que conhecemos seu alter-ego, Henry Chinaski. Ali, com Chinaski, conhecemos como foi a infância e início de sua vida adulta.
“Ele (pai de Bukowski) pegou o amolador da navalha que estava pendurado em um gancho. Seria a primeira de uma série de surras que viram a ocorrer com mais frequência.”
Ali, naquelas dezenas de páginas, conhecemos o garoto pobre, feio e com tendências misantrópicas. É ali que vemos uma rapaz que contava os dias, que não sabia o que fazer com eles, que precisava viver, mas não sabia como.
O livro não é belo, longe disso.
O livro não é daqueles best-sellers.
Mas é o livro para você começar.
Misto-Quente percorre todos os pontos positivos e negativos de sua infância. Sem invenções ou subestimar o leitor.
“Nunca me sentira tão bem. Era melhor do que masturbação.
Fui de barril em barril. Era mágico. Por que ninguém havia me falado a respeito disso? Com a bebida, a vida era maravilhosa, um homem era perfeito, nada mais poderia feri-lo.” – Bukowski.
É simples, é belo, por muitas vezes, cruel. Mas é vida real.
Foi por ali que tudo começou comigo. Graças a esse tal de Henry Charles Bukowski que peguei gosto por leitura.
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