Não. Você não leu errado. Ele vendeu a Torre Eiffel
Victor Lustig nasceu em 4 de janeiro de 1890 em Hostinné, Áustria-Hungria. Ganhou notoriedade por ser um estelionatário dos piores.
Ele dedicou boa parte de sua vida em cometer golpes. Muito inteligente, fluente em vários idiomas e comunicativo, ele deu seu golpe mais criativo em 1925 quando leu uma reportagem que dizia que a Torre Eiffel custava muito para o estado, que sua estrutura não estava boa e que sua construção já estava com uma década além da expectativa de vida.
Foi então que ele elaborou seu plano.
Victor falsificou cartas do Ministério da França, alugou um dos hotéis mais luxuosos da cidade e convidou 5 empresários para uma reunião que prometia ser muito lucrativa. Mas, é óbvio, ele pediu absoluta descrição.
Ele disse que iriam desmontar e vender a torre. O custo dela era muito elevado para o governo e não estava compensando ficar com tanto ferro exposto. Pegou um limousine e deu uma volta com os possíveis compradores pelo local.
Com o decorrer da conversa notou que André Poisson estava interessado, então ele chamou o empresário de canto e disse que não estava sendo bem remunerado para sua posição dentro do governo, e que se ele lhe oferecesse US$ 70 mil daria prioridade na compra da torre para ele.
André, o empresário, que era novo na cidade e queria ser reconhecido, assim o fez. Victor pegou o dinheiro e sumiu para Áustria.
O detalhe é que André Poisson não denunciou o golpe, ele ficou muito envergonhado. Então Victor tentou repetir o golpe com outro empresário. Só que dessa vez ele desconfiou que havia sido denunciado. Então acabou fugindo antes de qualquer problema.
Victor era muito bom no que fazia, começou aplicando golpes em transatlânticos com viajantes ricos. Sempre muito solicito, ele falava que conseguiu sua riqueza graças a uma caixa de dinheiro. Todos ficavam curiosos, nesse momento ele apresentava uma máquina, ele inseria cem dólares dentro dela e depois de 6 horas, duas notas de cem saiam de dentro. Todo mundo ficava interessado na máquina. Ele então comercializava ela por valores absurdos, chegando a vender por mais de trinta mil dólares. Dentro da máquina ele deixava algumas notas de cem, assim, como o processo era demorado, ele teria alguns dias para fugir.
O mesmo golpe da máquina de dinheiro ele voltou aplicar depois da venda da Torre Eiffel, mas dessa vez nos Estados Unidos.
Victor era tão abusado que até em Al Capone deu golpe. Tudo aconteceu quando ele pediu US$ 50 mil emprestado para o mafioso. Ele disse que precisava da grana para um negócio que envolvia ações e que o poderoso mafioso seria recompensado. Passaram-se dois meses e ele devolveu o dinheiro, falando que o negócio não havia dado certo.
Al Capone ficou abismado com a honestidade do rapaz e feliz por não ter perdido o dinheiro, apesar do negócio ter dado errado, por isso deu 5 mil dólares de recompensa para ele.
Detalhe: Victor não tinha negócios com ações, ele deixou o dinheiro dentro de um cofre e depois devolveu, na intenção que houvesse uma recompensa por sua boa ação.
Mas foi em 1930, com um químico de Nebraska, que eles começaram fazer cerca de cem mil por mês em falsificações, eles usavam chapas, papel e tinta que imitavam os mínimos detalhes das notas. Após vários anos aplicando golpes e mudando de nome, ele foi pego pelo FBI. Isso foi em 1935.
Quando foi pego ficou extremamente calmo, com ele foram encontrados roupas caras e uma chave, que ele se recusou em dizer de onde era. Algum tempo depois descobriram que era de um armário de um metrô na Times Square, onde havia 51 mil dólares em notas falsas. Isso foi tudo que precisavam para confirmação de que “ele era ele”.
Após um período ele se declarou culpado das acusações originais. Acabou sendo condenado a 20 anos de prisão na cadeia de Alcatraz.
Sua história acabou em 1947, aos 57 anos, quando faleceu vítima de pneumonia.
Em tempo: foi sua namorada que o denunciou, ela ficou sabendo que ele estava traindo ela, então, enfurecida, ligou para polícia e contou seu paradeiro.
Checagem de fatos.
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Fontes: Biography, O Aprendiz Verde, e Smithsonian
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