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Os ensinamentos que aprendemos ao ver (ou rever) Avatar: A Lenda de Aang

Água, Terra, Ar e Fogo, esses são os quatro elementos no qual o universo de Avatar foi construído. Mas, se a animação já tem tantos anos, porque falar disso agora?

Pergunta justa!

Nossas leituras sobre “as coisas” vão mudando com o tempo, logo, voltar a ter contato com algo que você apreciou no passado, pode trazer uma série de outras sensações. Avatar é um daqueles raros desenhos animados que possuem uma escrita poética, ou seja, o roteirista inseriu muito de si na história. É curioso compreender como a narrativa gira em torno de uma questão filosófica: O domínio dos elementos, e nesse sentido, Avatar seria o único a conseguir dominar os quatro. Dominar tais elementos é uma representação da ideia de domínio próprio, quase uma dica: “Seria interessante se você conseguisse dominar a si mesmo”. E no desenho em questão, para dominar cada elemento é preciso ter uma postura, uma técnica, uma série de movimentos que se conectam, e se relacionam com seu estado de espírito.

A água, por exemplo, fluida, exige de seu dominador, posições harmônicas, cautela, precisão. A ausência de domínio faz ela jorrar, escapando entre os dedos… E uma das práticas da “Tribo da Água”, é estar sempre com um cantil, ou uma dose de água, ao viajarem para lugares mais secos, inóspitos.

Os dominadores de terra, costumam apresentar uma postura rígida, movimentos fechados, inclinação a agressividade, um certo peso, talvez seja o preço dessa habilidade em questão, que no entanto, se orienta com base em religiões milenares, enfatizando o contato com a natureza, a experiência de simplesmente exalar poder ao pisar no chão.

O vento, a leveza de se compreender o mundo, movimentos que apresentam sincronia, no entanto com ritmos suaves, a eficácia de chegar sem ser visto, a elegância de sentir o movimento. O sentimento que emana da cotidiana brisa.

E o fogo, talvez o elemento mais complexo da série, já que na história, “O fogo é um elemento vivo”, domar o fogo, é compreender a forma que você respira, pois, a fagulha surge do “eu”, ao encontrar a si mesmo, e nesse sentido, a manipulação errada desse elemento, pode “queimar vidas”, deixando marcas, cicatrizes.

Apresentar novas formas de ver o mundo e inclusive aquele desenho que assistíamos quando éramos crianças, é uma das coisas que se aprende com o universo. No entanto, existe apenas uma questão: Será que existe em você o desejo de aprender? Alguns ainda não compreenderam o ditado ancestral que propõe: “Domina-te a ti mesmo”, caso você esteja nessa difícil situação, que tal assistir Avatar?

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