É possível assistir algo e achar melhor do que quando viu pela primeira vez?
Lhe respondo que sim, comigo acontece com algumas obras específicas.
Poderia citar Anos Incríveis, Seinfeld, Friends, Watchmen… mas a bola da vez é a “Sociedade dos Poetas Mortos”.
Foi no ano de 2016 que conheci tal obra, de lá pra cá eu venho revendo alguns trechos, até que semana passada resolvi rever o filme todo. É aquela velha história, existem centenas de filmes e séries na lista para serem assistidos, mas vamos ver algo que já sabemos tudo.
Pois bem, o filme começa, logo aparece o professor Keating e seus ensinamentos e, como eu já sabia de todos os fatos, consegui absorver tudo que ali foi passado.
Keating não dá aula, ensina viver. As falas de como encarar os fatos, sempre com coragem, sempre de cabeça erguida, mas recuando quando necessário, são incríveis.
Aos poucos ele vai conquistando os alunos e fazendo eu me apaixonar ainda mais pelo longa… por incrível que pareça, duas horas pareceram ser bem menores do que na primeira vez que assisti.
E lá em sua cena derradeira me peguei sorrindo mais do que na primeira vez.
Todd ao bradar “Capitão, meu Capitão”, fez com que meus olhos brilhassem junto com os do professor Keating.
Keating tinha os olhos brilhando de orgulho de saber que tinha feito algo de útil naquele colégio, já os meus brilhavam por ter me encantado novamente com essa obra.
Quando fazemos algo pela primeira vez ficamos com aquela sensação de ansiedade, não sabemos o que está por vir. Quando vamos fazer algo já feito, não temos o gosto do ineditismo. Mas esse filme me mostrou que, por algumas vezes, o inédito não é essencial, por muitas vezes o conhecido é o caminho mais seguro, ainda mais quando esse conhecido se chama “Sociedade dos Poetas Mortos”, um filme antigo, assistido algumas vezes, mas encantador em todas elas.
Não importa o que aconteça, se vou assistir mais uma ou um milhão de vezes antes de partir, o que importa é que sempre estarei do outro lado da tela gritando: Capitão, meu Capitão!!
Não deixe de conferir.
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