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5 amizades incomuns do cinema

Amizades. Ah, as amizades. Na “Canção da América“, Milton Nascimento já nos dizia que amigo é coisa pra se guardar debaixo de sete chaves, dentro do coração.

Pois bem, amizade é uma forma de amor, e como você não manda em seu coração, acaba se envolvendo com os mais variados tipos de amigos: temos os que só reclamam, os pessimistas, os vaidosos, os bondosos, os engraçados, os gentis, os bonitos, os feios… ao longo da vida fazemos amizades com todos os tipos de pessoas.

Isso é ótimo, conhecer gente nova é sensacional, são infinitas possibilidades de conhecimento que lhe abre. Mas também é bom conservar os velhos amigos. Hoje vou mostrar 5 amizades incomuns do cinema.

Vou começar com duas que praticamente todo mundo lembra.

Intocáveis (2011), com a direção de Eric Toledano e Olivier Nakache mostra Philippe (François Cluzet), um ricaço paraplégico, só que, cansado de tudo, resolve contratar Driss (Omar Sy), um rapaz problemático que não tem a miníma ideia de como tratá-lo.

Philippe cansou das pessoas que o cercavam, por isso contratou Driss, ele precisava de contato humano. Driss, por sua vez, via Philippe como uma pessoa comum, e não ficava mimando ele. Com o tempo a relação foi sendo mais íntima, e um ricaço esportista que ficou paraplégico, se tornou melhor amigo de um jovem desleixado, bocudo e mulherengo.

Ah, sabe o que é mais incrível? O longa é baseado em fatos reais…

Philippe e Driss da vida real.

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O Náufrago é aquele filme que você viu um milhão de vezes na Rede Globo. A história é mais do que conhecida.

Chuck Noland (Tom Hanks) sofre um acidente e acaba ficando preso em uma ilha deserta. Como sobreviver? No começo se adaptar ao cenário foi o único jeito de sobreviver. Mas com o passar do tempo e o domínio sobre a natureza, manter sua sanidade mental era o problema.

Não adianta, somos seres sociáveis, precisamos conversar. Chuck não tinha ninguém, mas tinha Wilson, uma bola de vôlei. Tudo bem, Wilson não é uma pessoa, ela não interage com ele. Mas ali, naquele cenário caótico, era tudo que ele tinha. Se não fosse por ele, Chuck teria enlouquecido.

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Conduzindo Miss Daisy é uma obra-prima.

Na história temos uma senhora judia, ela é muito rica, mas no auge dos seus 72 anos ela começa ter dificuldades para dirigir. Seu filho, com medo de que algo ruim acontecesse, contrata Hoke (Morgan Freeman), um senhor negro, para ser seu motorista.

Pois bem, ele fica encarregado de levar Daisy para todos os lugares, o grande problema é que a rica judia é preconceituosa e extremamente cabeça dura.

O longa é belíssimo, temos a questão do ódio racial escancarado na tela.

São, por muitas vezes, repugnante as atitudes de Daisy. Mas Hoke, precisando do emprego, começa tentar conquistar sua patroa, e ele consegue. Quando lembro dos dois brota um riso em minha face, é lindo de se ver.

Um negro, uma judia, dois seres humanos separados por questões raciais, ela não nasceu racista, aprendeu a ser pelo meio que conviveu, mas tudo que aprendemos, conseguimos desaprender. Daisy, felizmente desaprendeu e fez um amigo de décadas.

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Sempre Amigos mostra Maxwell (Elden Henson), um garoto de 14 anos, ele viu sua mãe ser assassinada, depois disso foi morar com os avós. Elden é traumatizado, ele não consegue aprender. Mas é forte fisicamente.

Kevin (Kieran Culkin) é inteligente, um verdadeiro nerd, só tem um problema, ele não consegue se locomover. Então nada melhor do que juntar um cérebro e duas pernas.

Esse é um daqueles filmes que a tão famosa “Sessão da Tarde” nos apresentou. Um longa simples, até um pouco infantil, mas com uma mensagem poderosíssima.

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Aviso: Temos spoilers do final do livro e do filme nesse trecho. 

Digamos que deixei para o final o mais polêmico de todos: Hannibal.

Será que existe amizade entre Hannibal e a agente Clarice?

Vamos aos fatos. Os dois são apresentados em “O Silêncio dos Inocentes“, ela investiga um caso, e para “compreender” a mente do assassino vai até o médico serial killer.

Doutor Lecter, como é conhecido, logo começa jogar com a agente do FBI. Ele pede algumas informações pessoais em troca de um perfil do assassino. Mas ele não usa essas informações para algo ruim, como imaginávamos, ele usa para chegar ao íntimo de Clarice.

Essa relação, que pode parecer bizarra, começa se desenvolver e quando Lecter foge, liga pra ela.
Não, não foi para ameaçá-la, mas sim para dizer que estava tudo bem.

Quando o último livro é lançado, Hannibal vira caça, Clarice faz de tudo para pegá-lo, mesmo negando que pudesse existir algum sentimento ali. Pois bem, existe, e é amor.

Não, não estou ficando louco.

No final do livro Hannibal e Clarice ficam juntos. Não te disse que era amor?

Ah, mas a lista só conta filmes. Tudo bem, no final de Hannibal, o filme, os dois estão presos com uma algema, os policiais estão chegando, ele tem uma faca na mão. O que ele faz? Amputa seu braço para escapar.

Sendo que ele poderia muito bem sacrificar Clarice. Um verdadeiro gentleman.

Não deixe de conferir.

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