A internet é excelente, para quem sabe usar. Quem não sabe, transforma ela em um campo de batalha. Qualquer coisa é motivo para briga. Bright é a nova “bola da vez” nesse campo da intolerância.
Para quem não sabe, Bright é o novo filme original Netflix. A trama mostra um munto onde existem diversos tipos de seres: orcs, elfos e humanos se misturam. Nesse contexto encontramos o policial Ward (Will Smith), ele faz dupla com um orc (Joel Edgerton).
Aqui entra uma das coisas boas do longa, a abordagem do racismo.
Os elfos se acham superiores, os humanos odeiam os orcs, os orcs tem problemas com os demais, no final ninguém se mistura. Apenas Jacoby que entra para trabalhar na polícia é quem “tráfega entre os dois mundos”.
Mas por fazer parte dos “dois mundos” Jacoby sofre preconceito por parte de ambos. E o primeiro ato do longa é totalmente focado nesse quesito.
Excelente. O filme traz uma reflexão bacana, sua ambientação em Los Angeles é legal. Tudo vai bem.
O segundo e terceiro ato envolve mais fantasia que preconceito, a questão mitologia é mais evidente, vários clichês são inseridos na trama e, por fim, o clichê maior ocorre em seu final.
Tudo bem, junte em um longa: ação, fantasia, preconceito entre classes sociais, e o já tão contestado diretor David Ayer (Esquadrão Suicida), qual é o resultado?
Um enxurrada de críticas.
Sua nota no Rotten, por parte da “crítica especializada” é de…
Sim, o trabalho dos caras é analisar o longa. Mas o que realmente importa é aquele pipocômetro ali ao lado. Acompanhe comigo a sinopse disponibilizada pela Neflix: Em um mundo habitado por diferentes espécies, um policial humano e seu parceiro orc encontram um artefato que os coloca no centro de uma profética guerra por território.
Notou? Orcs, humanos, elfos, guerra profética… e tem crítico que está pedindo “mais realismo”.
Lógico que o filme não é perfeito. Ele tem alguns erros, como a grande maioria dos longas por ai. Mas se eu bem me lembro, a principal função de um longa é entreter.
E eu acredito que um mundo que mostre toda essa diversidade de seres, que acrescente algumas piadas, tiroteios e uma dose de suspense, tenha conseguido entreter grande parte público.
Só que, infelizmente, existe uma parcela do público que se baseia pela crítica, e não forma sua própria opinião. Nesse quesito o Rotten influência demais a aceitação que um longa tem.
Novamente, Bright não é a oitava maravilha do mundo. Ele tem erros sim, mas em nenhum momento se vendeu como um possível candidato ao Oscar. E quem lhe fala é um cara que não curte muito esse lance de mitologia, mas que foi assistir o longa para ver se ele era tão ruim assim.
Bem, a conclusão que cheguei foi que ele é só mais um filme, e cada vez mais fica claro que o grande problema não é ele, mas sim esse pessoal que está ficando muito chato.
Não deixe de conferir.
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