Descrição: Os zumbis voltaram a vida e estão no topo da cadeia alimentar, são inteligentes, numerosos e alimentam-se dos cérebros dos seres humanos que lhes regenera a vida.
Opinião com Café.
O cenário nacional de quadrinhos vem se expandindo rapidamente, vários assuntos estão sendo abordados e Bill, o autor dessa história, resolveu falar sobre um tema saturado no mundo da cultura pop, os famosos zumbis.
Mas como falar sobre um tema que todo mundo já falou?
– Inovando.
E foi exatamente isso que Bill Scarpitti e Nelson Zorzetto (colorista) fizeram, na história *conhecemos Scar, um rapaz imune ao vírus zumbi, que devido às circunstâncias da vida passou a odiar essas criaturas.
O grande problema disso tudo é que os zumbis são maioria, eles falam, se apaixonam, fazem sexo e se alimentam dos cérebros humanos, agora Scar irá tentar combater esses terríveis “errantes” com a ajuda de alguns sobreviventes.
Poderíamos resumir a HQ em: referências, rock’n’roll, referências, bons desenhos, referências, história bem escrita e referências.
Nunca em minha vida peguei algo que tivesse tantas referências quanto essa HQ: Harry Potter, Rick Grimes, Bill Murray, Deadpool, Coringa, Robert Kirkman, Lucille, Negan, George Romero… e mais dezenas de outras referências são encontradas, por uma parte é muito bacana, pois você passa horas tentando encontrar todas elas, mas por outra parte a história perde um pouco de sua identidade.
E depois de ter lido e relido a história, posso dizer que esse é o “maior problema” encontrado, tudo é muito bem feito. A origem de Scar é explicada de forma simples e rápida, em duas páginas você descobre a origem e o motivo do ódio com relação aos errantes (bem que TWD poderia fazer igual Bill fez, não enrolar), as cidades mostram que a devastação ocorreu, mas não de forma desenfreada, pois aqui errantes pensam.
Os desenhos e cores aplicados na HQ estão muito bem feitos, e várias referências estão implícitas, o que aguça ainda mais a curiosidade do leitor. A história caminha bem por si só, e seu maior pecado é não durar mais, o desenvolvimento inicial até o ápice é muito bem construído, e de fácil entendimento, a finalização segue o mesmo ritmo, porém poderia ter sido “um pouquinho mais enrolada” (soou contraditório, né?), mas quando você ler a HQ vai perceber que 64 páginas apenas irá te abrir o apetite… para matar a fome é preciso de muito mais.
Nota 9.
Considerações.
*Existe uma HQ chamada “Scar – Marcas do Apocalipse”, na qual temos a primeira aparição do personagem.
No cinema existem as cenas pós créditos, na HQ do Scar também, achei a ideia muito legal, outra coisa bacana desse projeto foi que Bill colocou todas as referências no final da história, porém existe um problema nisso tudo, as páginas da história não estão numeradas, isso causa um certo desconforto para localizar as referências colocadas.
Leia a entrevista com Bill Scarpitti e Nelson Zorzetto.