Aviso! Esse texto contém spoilers sobre a trama.
Muitos filmes são bem mais do que simples entretenimento, é impossível não se emocionar com algumas obras, tenho que certeza que você assistiu “Conta Comigo” e se lembrou da infância, ou assistiu “Confiar” e sentiu repúdio da humanidade, porém existe uma obra que lhe fará questionar tudo, acreditar nos seus sonhos e brigar por seus ideais.
“Sociedade dos Poetas Mortos” é um filme que mostra a vida em seu lado mais doce e também mais amargo, pois chegará o tempo em que você terá que decidir entre casar ou ficar solteiro, abrir uma empresa ou ser funcionário, viajar o mundo ou ter um filho, mas antes de alguma dessas decisões você terá que ter escolhido qual emprego procurar… é melhor procurar um rentável que você odeia? Ou um que não te traga tanto dinheiro, mas que te traga satisfação?
Na trama somos apresentados a John Keating (Robin Williams), ele acaba de ingressar na escola preparatória “Welton”, John é professor de poesia, mas, acima de tudo, ele acredita nas pessoas. Esse professor acredita tanto em seus alunos que alguns questionamentos ele começa inserir, o principal deles é sobre perseguir seus sonhos, não ter medo de encarar a vida e aproveitá-la.
Suas crenças são únicas, são suas, mesmo que outros as achem estranhas, raras. – John Keating.
Quando a ideia está sendo inserida nós notamos que o médico quer ser ator, o advogado sonha em ser músico, o engenheiro desejava ser poeta…
Mas como falar para seu pai que você quer um emprego que não será rentável no começo? Como falar que seu sonho é fugir da “boiada” e trilhar seu próprio caminho? Bem, John começa fazer com que seus alunos acreditem em si mesmo, tanto é que Neil Perry (Robert Sean Leonard) estava se preparando para fazer medicina, ordem essa imposta por seu pai, mas seu sonho era atuar.
Até onde você está disposto a ir pelo seu sonho?
Então o jovem decidi participar de algumas audições sem o aval do Sr. Perry (Kurtwood Smith), e para sua alegria ele consegue passar em uma delas, ele pega o papel principal. Seu pai descobre e vai no dia da peça para ver se seu filho seria desobediente e seguiria algo que ele não queria.
Neil foi desobediente, mas foi fantástico, todos amaram sua atuação, menos seu pai. É nesse ponto que eu lhe digo novamente, falar que quer ser ator, músico ou youtuber é fácil, mas brigar com a sociedade para que isso aconteça é difícil.
Neil brigou, brigou, brigou e continuou brigando, seu pai não aceitou, e a única saída do garoto foi morrer por seu sonho.
Novamente vou te questionar, até onde você está disposto a ir pelo seu sonho?
O jovem morreu por seu ideal, é triste, porém é o que acontece com muita gente, alguns não chegam realmente perder a vida, mas morrem por dentro (não seria a mesma coisa?).
O professor que incitou os alunos a perseguirem seus sonhos não foi condecorado, foi execrado. John foi expulso da escola, mas sua lição foi aprendida por alguns.
Isso é claramente notado na cena que ele volta para pegar seu material, Todd A Anderson (Ethan Hawke) clama “Oh, capitão, meu capitão”, junto com ele alguns alunos também clamam por seu capitão, por suas crenças, por seus ideais, a maioria fica imóvel e prefere seguir a boiada, mas é nítida a satisfação de John, a sementinha do questionamento germinou, não só em seus alunos, mas em quem assistiu a trama também.
A lição foi aprendida, agora falta você me responder: até onde você está disposto a ir por seus sonhos?