Hoje é dia de falar com Moacir Torres, o brasileiro que criou a Turma do Gabi e o Papo Amarelo, nessa entrevista vamos saber um pouco mais sobre a sua vida, seus heróis e como anda o cenário nacional de HQs.
Antes de tudo, se deseja saber um pouco mais sobre o Papo Amarelo leia nossa matéria, ou, acesse o Facebook do Papo Amarelo.
1 – Moacir, fale um pouco sobre sua vida.
Eu sempre fui um agitador cultural, mesmo quando morava em Santo André e depois aqui em Indaiatuba. Estou sempre engajado em projetos culturais na cidade e região de Campinas. Atualmente tenho o Estúdio EMT no qual fazemos trabalhos de design, cartilhas, ilustras de livros e outras artes.
2 – Quando que surgiu essa paixão pelas HQ’s? E qual era o seu personagem preferido?
Quando tinha uns nove anos, achei uma revista “Gibi” num lixo quando voltava da escola. Como éramos pobres eu nem sabia o que era quadrinhos. Foi desse achado que me apaixonei pelas HQs. Depois os meus amiguinhos que tinham gibis me emprestavam e eu comecei a copiar e depois a criar minhas próprias HQs. Fazia um sucesso na escola. Na época curtia muito Snoop e sua turma e a Turma do Pererê do amigo Ziraldo.
3 – Recentemente falamos sobre o Papo-Amarelo aqui no site, fale como que surgiu a ideia de criar um herói que iria defender a Amazônia.
Isso aconteceu em 1990 vi uma matéria num desses jornais da época dizendo que vários animais da Amazônia estavam sendo dizimados pelos caçadores, e os mais procurado eram os Jacarés. Fiquei “P” da vida com essa notícia e logo pensei em fazer algo pra tentar conscientizar o povo sobre isso. Como escrevia e desenhava logo pensei em criar um herói pra ajudar nessa luta contra os caçadores e traficantes de animais e criei o Papo Amarelo. Um herói bem brasileiro e com a missão de ajudar a população ribeirinha da floresta bem como os animais. O nome Papo Amarelo é uma homenagem aquela espécie de Jacaré que na época estava sendo caçado por ter uma pele valiosa no mercado internacional.
4 – Além do Papo Amarelo, você tem mais algum outro personagem? Se sim, fale um pouco dele pra gente.
A minha criação principal é a Turma do Gabi que em 2015 completou 40 anos de criação. Nesses anos produzimos centenas de HQs, milhares de revistas de atividades, livros, animações, cartilhas e muito mais com a nossa criação maior que é a turminha do Gabi que foram produzidas no Brasil, Portugal e na Espanha. Essa turma é que nos deu tudo que já conquistamos de bens materiais e satisfação em continuar na área.
5 – Tem algum projeto paralelo?
Papo Amarelo é o projeto paralelo, estamos investindo nesse personagem que como a Turma do Gabi vem fazendo muito sucesso. Tanto é que vários artistas brasileiros que fazem HQs estão pedindo autorizações para colocar o herói em suas aventuras.
Turma do Gabi. |
6 – E sobre o cenário nacional de quadrinistas independentes, qual é o maior problema que vocês enfrentam?
Na minha opinião os quadrinistas em geral sofrem com essa avalanche de heróis importados do mundo todo. E as empresas preferem investir nesses “Personagens” que não tem nada a ver com o nosso universo tupiniquim.
7 – Tem esperança que isso mude daqui algum tempo?
Tenho toda convicção que em breve isso vai mudar, aí os empresários vão começar a olhar mais pros nossos heróis, verdadeiramente brasileiros.
8 – Bom, vamos encerrar por aqui, mas antes, onde nosso leitor poderá comprar suas HQ’s? E como ele poderá entrar em contato com você?
Para adquirir nossas publicações: http://editora-emt.blogspot.com.br/
Contatos comigo: [email protected]
Nosso site: www.turmadogabi.com.br
Papo Amarelo: www.papo-amarelo.blogspot.com.br
Moacir, o HQs com Café agradece pela sua atenção, se deseja falar mais alguma coisa, ou deixar um recado, esse é seu espaço.
Gostaria de falar para aqueles que fazem HQs de heróis ou que ainda estão pensando em criar um herói que busquem criar algo diferente e usar as coisas do nosso pais em suas histórias. Chega de copiar ou criar personagens parecidos com esses heróis dos quadrinhos Marvel, DC e etc. Crie personagens próprios e com temáticas nacionais!
Chegamos ao final de mais uma entrevista, não deixe de acessar as redes sociais do Moacir para saber um pouco mais sobre sua obra.
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