Todo mundo sabe que Hannibal Lecter é um serial killer criado por Thomas Harris, e que sua primeira aparição foi no livro Dragão Vermelho, correto? Mas você sabe como surgiu Hannibal Lecter?
Não?
Tudo começou quando Harris foi à prisão estadual Nuevo Leon em Monterrey, no México, para entrevistar um americano sentenciado à morte pelo assassinato de três jovens.
Foi a revista Argosy quem pediu. Lá ele falou com o prisioneiro Dykes Askew Simmons, um ex-paciente psiquiátrico. Ele tinha por volta de 30 anos, cerca de 1,80 metro e 80 quilos, com cabelos castanhos grisalhos. Também tinha uma cirurgia malfeita para repara um lábio leporino e pequenas cicatrizes na cabeça.
Olhos de uma tartaruga feroz, mas que mantinha escondido por um óculos escuro. Ele também foi apresentado para algumas pessoas, inclusive para sua mulher, uma bonita enfermeira que se casou com Simmons após ele ser mandado para prisão.
Simmons havia tentado fugir um ano antes. Ele subornou um guarda para que deixasse a cela destrancada e também deixasse uma pistola. O guarda pegou a grana e atirou em Simmons, que só não morreu porque um médico da prisão o salvou.
Dr. Salazar era o médico, homem pequeno, cabelos castanhos-avermelhado. Olhos castanhos com faíscas granuladas como pedras de sol. Os dois conversam um pouco, Salazar era extremamente astuto e, na despedida, Harris notou que pessoas da região aguardavam para serem consultados de graça pelo médico.
Ao sair, Harris perguntou para o diretor da prisão quanto tempo o doutor Salazar trabalhava lá.
Eis que o diretor responde que ele é um cirurgião, matava suas vítimas e colocava em caixas pequenas, era um louco, mas não era louco com os pobres que iam até ele para se consultarem.
Salazar cumpriu vinte anos de prisão, quando foi solto mudou-se para parte pobre de Monterrey, para tratar de idosos e pobres, mas Harris falou que Salazar não era seu verdadeiro nome, apenas um nome fictício e que deixaria ele em paz, para não ser descoberto.
E Hannibal? Ah, Hannibal Lecter surge quando Harris estava fazendo um romance onde um detetive precisava falar com alguém que entendesse a mente criminosa. Então, quando o detetive vai até um presídio para criminosos insanos não encontra Salazar, mas sim Hannibal, ‘colega de profissão’.
Caso se interesse por mais detalhes, deixo uma nota comemorativa do autor no livro O Silêncio dos Inocentes, aqui há o diálogo com o Salazar.
