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Personagens Brasileiros | Jaguar – O pistoleiro

Antes de tudo quero agradecer ao Jimmy Darwin, criador do Jaguar, seu personagem está sendo publicado em sua Fan Page, uma página por semana, e ele nos disponibilizou sua origem em primeira mão.

Eu pensei em pegar seu texto e transcrever com minhas palavras, mas não há nada melhor do que saber de um personagem quando as palavras são do próprio autor, então, fique com as palavras de Jimmy Darwin. 

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Dia desses, estava em casa, desenhando ao som de Luiz Gonzaga quando me dei conta de algo que me incomodou. Não possuía nada, absolutamente nada que retratasse minha terra e minha gente.

Foi então que parei e pensei em criar um herói tipicamente nordestino. E foi assim que surgiu… Esse camarada aqui de baixo…

No primeiro momento, me pareceu uma ideia brilhante, inovadora! Um herói com um traje semelhante aos usados no cangaço (com chapéu de Lampião e tudo), mas bastou eu dar uma volta rápida pelo Google pra perceber que “quase” todos os heróis que fazem referência ao Nordeste possuem essa característica. O meu seria apenas “mais um”… Sem falar que a ideia que eu tinha em mente também não era nada original. Seria um cara que fugiu da seca com a família (ainda criança) e foram para a capital. Ao retornar, tempos depois, seu povoado haveria sido dominado por um poderoso coronel… Blá! Blá! Blá! Em suma, seria um tipo de Zorro (ou Batman, ou DarkWing Duck) do sertão.

Ainda publiquei duas páginas online, mas logo deletei. Não gostei!

Então eu pensei: “- O que mais retrata bem o Nordeste, além do cangaço”?

Foi daí que surgiu a ideia do pistoleiro. Sim! Infelizmente a pistolagem sempre foi uma realidade em nosso estado.

Então tudo bem, eu já tinha uma ideia de concepção do personagem, mas e o roteiro? Não adianta ter um bom personagem se não tiver uma boa história (afinal, o que torna um personagem memorável é sua “senda” particular). Então eu pensei: “- Já sei! Ele é uma cara que, ainda criança, fugiu da seca com a família e foi morar na capital! Ao retornarem tempos depois, seu povoado estaria dominado por um poderoso coronel e…”

Êpa!! “Perainda”! Será que ninguém tem mais nada pra falar do Nordeste além da seca? Particularmente, nem conheço a realidade da seca! O mais perto que já cheguei do sertão foi o município de Canindé (e no inverno)… Então, defini meu segundo objetivo como sendo retratar a vida do cearense em si, e não apenas do sertanejo. Nosso modo de vida, nossas comidas típicas, nosso modo de falar…

Permita-me aqui abrir um parêntese a respeito de nosso modo de falar:

Normalmente o cidadão sulista acha que todo nordestino fala igual, o que não é verdade. Cada região possui suas gírias particulares. Por exemplo, eu sou cearense “da gema”, nascido em Fortaleza, e não falo e nem conheço ninguém daqui que use a expressão “oxente”! Acredito eu que essa expressão possa ser coisa de pernambucano (acho). Comum aqui é “Vixe”; “Vixe Maria”; “Êita!”; “Égua!”; “Arreégua!”; …

Mesmo em produções televisivas, é comum ver paraibanos, cearenses, alagoanos, pernambucanos, todos falando do mesmo jeito. Só os baianos se diferenciam um pouco. A não ser na divertida comédia de Edmilson Filho em Cine Holliúdy. Ele sim teve a devida preocupação de mostrar o “linguajar” do pacatubano (A propósito, atualmente resido em Pacatuba, onde foi rodado o filme).

Primeira personagem a aparecer na história. (Foto retirada da Fan Page do Jaguar.)

Mas voltando ao pistoleiro, eu, como já havia dito em nossa conversa anterior (leia nossa entrevista com o Jimmy), possuía alguns projetos na gaveta. Um deles se tratava de um cidadão nova-iorquino que escondia um grande segredo, mas ao dedicar-se em ajudar uma garota indefesa, via seus segredos vindo à tona, o que o deixava em um dilema. Continuar ajudando ou permanecer na incógnita?

Decidi regionalizar a história, trazendo-a de Nova York para Fortaleza. Me desculpe quem não gosta de spoiler, mas esse vai ser o foco principal do roteiro:

Francisco Antônio (não existe nome mais comum que esse por aqui), vulgo Jaguar é um pistoleiro, ou melhor, um ex-pistoleiro determinado a esquecer seu passado de crimes. Ele já prestou seus serviços a pessoas grandes e influentes em sua cidade natal, Jaguaribe (de onde vem seu pseudônimo). Após concluir seu último “serviço”, sentiu o peso de seus crimes e, decidido a abandonar a vida-bandida, mudou-se para Fortaleza, onde vive isolado e sem amigos. Empenha-se por não chamar atenção para si, pois tudo o que ele quer é viver em paz! Até o dia em que vê uma garota em perigo e resolve ajudar…

A história de Jaguar – O pistoleiro, será inicialmente publicada apenas no formato online, na fan page oficial do herói: Jaguar – O Pistoleiro.

Basta curtir a página que toda semana vou estar postando uma ou duas páginas novas (de acordo com meu tempo hábil).

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Tenho absoluta certeza que não saberia explicar melhor a vida de tal personagem, por isso deixei o texto praticamente idêntico ao que o Jimmy me passou, espero que tenha gostado.

Não deixe de conferir. 

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