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Euro-Cine | Bullying – Provocação sem Limites

O bullying tem sido umas das grandes ameaças na construção de uma escola que abarque dialéticos campos humanísticos, e também que venha a produzir, uma diversificação de comportamentos defronte, a uma maior integração do trabalho educacional profícuo, tanto nos quesitos, de uma informação, que leve a um autoconhecimento por parte do “ser”, bem como a entender como o espaço escolar é acoplado de antagônicas tangentes populacionais, e que cada partícula que integra esse movimento, possui sua própria maneira de pensar e agir.

Dentro da historiografia escolar helenística, a intimidação por parte de grupos estudantis diferenciados entre si, que deleguem uma condição superior de equilíbrio mental, em relação aos seus semelhantes, se faz presente, desde a Grécia Antiga com uma ultra-valorização dos corpos, no sentido de um “kalos” (belo), elevado como um batistério de outorgar uma colocação, do individual perante polis, bem como o preceito de um “conhece a ti mesmo”, salientado na importância da maiêutica influenciado, por um deturpado ensino belicista dos romanos, bem como a um amplo exercício do conhecimento multidisciplinar, voltado para a “guerra” outrora por povos asiáticos, como, os assírios e persas.

Dentro desse contexto hostil, a discriminação e a busca de um ideal de atividade moral e educacional, contendo, sínodos de aprendizagens no parâmetro de uma Eugênia, nos sibilos de formação a corpos perfeitos, produziu um vasto campo de destruição da tolerância perante aqueles, que não são agraciados pelo dom da “beleza”, era muito comum à ocorrência de infanticídios, bem como matricídios e parricídios, ou a banir o infante que não tivesse os padrões físicos e comportamentais de acordo com as normas da época.

Passando para a Idade Média a educação, passou produziu locomoções de princípios dogmáticos do cristianismo, passando pelo “cartesianismo” de Descartes ao “monadismo” de Leibniz, chegando ao Estado Laico do Iluminismo e a ultravalorização da razão com advento da ciência “positivista”, bem como a “Escola Proletária” do século XIX, voltada para a formação de mão de obra qualificada, para indústria, estacionados nos ideais do “socialismo utópico”, de Saint Simon e Fourier, bem como o “socialismo científico” de Marx e Engels, com contribuições do “Anarquismo” de Proudhon, na modernidade da Escola contou com polivalentes letramentos não a formação intelectual e técnico – científica, e tendo no fator humano seus principais arcabouços para angariar uma pedagogia, que leve em consideração às diferenças e as características individuais de cada um.

É fato, que dentro dessa vasta ramificação doutrinária, de diferenciados manejos e conduções de atividades e conhecimentos acerca de estruturas em gerir e ensinar conhecimentos diversificados, o bullying dentro de sua genealogia, está sedimentado na carência, e planificar uma subjetividade que possa entender as transformações psicológicas que cada “um” passa dentro do seu próprio espaço de tempo, ao qual o “eu” possui simetrias para se situar dentro de espaços existenciais, que coadunem medidas de ensino que venham a unirem uma estética de conhecimento, ornamentada não na tolerância exclusivamente, e sim bajular artifícios, que desconstruam mitos, de uma atividade escolar, centrada unicamente no preenchimento de métricas curriculares, ou fazer da escola um sínodo “de controle de corpos e uma micro instituição hermética”, segundo os parâmetros da microfísica do poder de Michel Foucault, (2005).

A concepção de controle de corpos também pode ser esgarçada a um cunho comparativo com a “antipsiquiatria” submetendo a pensadores como Franco Basaglia, e Thomas Szasz, tanto na “libertação da mente do senso doentio do não enquadramento diante de normas sociais coletivas” (1985), ou de uma “fabricação da loucura” (2000), levando a um nefasto caminho para estatização da subjetividade lúdica.

A instituição escola comporta uma gama de produzir gêneses de uma repetição de atos falhos, na constituição de um sujeito burocratizado, que esteja nos auspícios de enxergar o “absurdo”, com naturalidade, se afastando dos princípios de “krisis”, sentenciados pelo helenismo, exalando uma lógica de aprendizagem, contando aglutinações de um inconsciente coletivo, rechaçado por visões de mundo discriminatórias.

A morte da organicidade, bem como o afastamento de um aprendizado que venha a enfocar, ditames de uma informação que esteja postergada, no cume ideológico, de entornar avanços para uma ludicidade coerente, esbarra nos tentáculos, de uma modernidade exaurida, pelo “copismo” contando com uma autoafirmação juvenil, mesurada pela intolerância pelo “diferente”.

Erich Fromm em sua obra “A Arte de Amar” (1980), elenca a necessidade ensinar as pessoas o sentido do amor, no rompimento do tradicionalismo excêntrico de conquistas, a perfeição de corpos adornados pela indústria cultural, dentro de um padrão de beleza fortificado pelo senso – comum, ou seja, levando a compreensão, da necessidade uma escola que propicie o aprender racional, bem como buscando um equilíbrio emocional, como mental.

O bullying, é um alerta, para realização de um trabalho de formação de professores lúdicos, bem como a preparar a escola para inserção de famigerados grupos humanos, que não possuem o estimulo de um entendimento ético perante o “diferente”.

A consolidação de uma metafísica, levando a lapidação de uma natureza humana, que veja a educação não como um estertor, de aniquilar devaneios, para combater escárnios exalados, na repressão e supressão de valores, centrados no indivíduo, passando a agrupar semblantes de admoestações a uma “práxis” em incidir, mecanismos de assimilação cognitiva, concatenado em entrever laços de ternura no escopo de unir um humanismo, no vetor da valorização da amizade, perjura a construção de uma arquitetura de conhecimento existencial e superficial de valores humanos, domiciliados, nos atos de ensinos tecnicistas, não havendo um tempo hábil e um comprometimento educacional, que possa levar uma ação de aprendizagem concisa, com semânticas de produzirem pressupostos, de uma psico instrução, que aqueça êxodos, em relação à massificação de saberes eruditos, todavia primado de importância na elaboração de um personalismo ético e com fluxos de respeito pelo próximo.

Dentro desse instrumental teórico, tanto “Depois de Lúcia” (2012), e “Bullying” (2009), deixam expostos, um alicerce alarmante, no traçado cíclico, em gerir  uma escola que não esteja adornada por grupos humanos resvalados por uma promoção, a um alunato que não leve em consideração as demandas de um clivo teleológico, a combater indiferenças perante, o labor de emergir atividades de esfacelamento na introdução de um espírito, reflexivo diante as alcunhas de preconceitos, levando uma sagacidade mórbida de descrença na valorização de “grupos criativos” (DE MASI, 2002), que contenham ratificações de culminarem, na comiseração do bem comum entre seus membros.

As duas obras cinematográficas, produzidas respectivamente no México e na Espanha, expõem a carência de realizar uma escola que emule as diferenciações feitas entre os mais angariados grupos humanos, bem como esse fator de uma balbúrdia a aceitar a existência de tal atividade, e em delimitar os limites de uma simbologia a adentrar em algum grupo em especial estudantil, contrapondo aos exageros cometidos em rituais marcados pela violência, bem como o constrangimento físico, intelectual, moral, espiritual e psicológico.

Os retratos realizados, por essas demandas comportamentais retratadas nos dois filmes, trata de um de perfis educacionais, centralizados, na promoção de destruição de uma didática da receber por parte dos docentes, um cunho de pessoas, resplandecentes de uma ontogênese a uma atenção, que venha, a gerir um niilismo, diante a padronização de mentes, fazendo crescer uma cultura organizacional escolar, que se afaste, do saber científico, e que enfoque um pragmatismo, de realizar campanhas e ajustes metodológicos, que nutrem a disseminação e o respeito pelos mais variados expoentes, nos emblemáticos séquitos, no benefício de uma educação que possua os limites e liberdades, que não produzam os abusos de um “grupo”, perante o indivíduo.

O impacto que os espaços cinematográficos, também venham a resplandecer sentidos, de uma arte execrada pela insensatez, e ressabiados de uma cultura, que encabece o surgimento de gnoses para a projeção de uma plasticidade comportamental que possa, entender, como a violência esta, refletida, como um espectro do cotidiano, bem como isso leva a disseminação de costumes, o qual um sombrio brio de tradição, demanda a violação do respeito, em contribuição a um antropo de desespero, na visão de conduzir uma escola que, se cala diante os prognósticos de transgressões, da inteligência, porém com um semblante “irônico” de respeito pelo próximo.

A orientação intelectual, para um conhecimento da existência do bullying se encontra em um caminho nebuloso de não aceitação a sua manifestação perante as mais diferenciadas classificações de grupos humanos, o que ocasiona, o florescimento de destruição de um ímpeto a uma saúde mental, que possa, está estornada no crescimento psicológico de combater ideologias destrutiva de prolegômenos a canduras intelectuais de compaixão perante os mais necessitados e bem como diante aqueles que apresentam um estereótipo violento em relação a maioria das pessoas com quem o eu “eu” convive diariamente.

Jacques Derrida explana em sua obra “Políticas da Amizade” (2001), a busca de um comprometimento do “ser” a elucidar a verdade como um caminho para elaboração, de sufixos de conhecimento que respeitem as diferenças, porém que não possua o conformismo como um grado de caracterizar a violência como algo cultural e natural, e sim que essas manifestações venham a servirem, de alicerce para permutar arranjos, para uma integração entre diferentes classes humanas, propiciando caminhos para um prolixo a imiscuir uma educação que levem reflexões, perante o espírito de destruição organizado pelo desconcerto epistemológico moral da modernidade.

Um cinema que dentro de um contexto psicopedagógico, sirva não unicamente como um caminho para a diversão e entretenimento, e sim que produza uma releitura de histórias resplandecentes de preconceitos, que saia dos atributos de uma deificação do “ser intelectual”, em benefício de louvar aspectos, de uma conjugação de esquivos psicológicos que reúnam no sentido da produção  metáfora existencial, uma compreensão diante, um psicossocial que produza efeitos de mutualidade e ternura.

“Depois de Lúcia”, enfoca a presença paterna de um refúgio afetivo, perante a personagem principal Alexandra, bem como a explosão da sexualidade na adolescência, demonstrando as precipitações e a solidão de um momento de maturação e descobrimento do corpo e mente, sendo esses fatores marcados, pelo vazio, ao qual produz anacronismos, tendo a morte como um dos principais elementos relacionados ao bullying, exaurindo a ânsia de mudança paradigmática, dentro os cenários ao distanciamento da realidade vivente.

Esse cunho alijado a “pulsão morte”, de um viés “schopenhaureniano”, embrionado em uma educação que não contenha as artimanhas de preparo para levar ao estudante, entendimentos, aos desatinos de uma vida, que se encontre pertinente a prescindir uma educação, que não proclame um taxativo sistema de avaliação estagnado em notas, bem como a meritocracia, encontra no bullying um solo sadio para a proliferação de princípios ao semblante interacionista de atividades intelectuais que visem não somente os “saberes científicos e filosóficos”, e sim contenha o individualismo de cada pessoa, como uma sintomatologia de lograr um espírito lúdico em torno de manifestações multiculturais de cunho juvenil.

A valorização da amizade é um exemplo, pode se realizar, como uma forma de deixar o ambiente escolar em fluxos, de fugir a protagonismos de uma construção intelectual que não fique encarcerada na competição, ou na sinédoque de um estabelecimento de informação, organizado na produção de esboços de lapidação das emoções.

Sêneca coloca “a clemência” (2005, como um caractere específico dos homens, que surge diante de um momento de atribulação, exalando um apetite de fortalecimentos das relações cordiais, entre pessoas diferenciadas em torno de suas culturas.

Raimundo Lúlio, em sua “O Livro do Amigo e do Amado” (2005) enfatiza os perímetros da amizade como um fator de dominação nas relações de poder envolvendo grupos humanos em um mesmo espaço existencial, ocasionando um ponto, de dependência de uma pessoa perante a outra, no sentido de validar, sua conduta de ações sentimentais e mentais, dentro de um eixo populacional com características ideológicas únicas.

Dentro de um olhar filosófico, “Depois de Lúcia”, produz cunhos para lançar bases de métricas psicológicas, nos sentidos em que as tragédias pessoais, podem tanto serem alavancadas como uma aliteração de ilibar trocas de experiências entre as pessoas, bem como realizar um entendimento, de um extermínio da valorização de vínculos sociais claros dentro das escolas.

Alexandra representa um caminho de descrença, aos primórdios de uma sociedade que venha oferecer, uma profissão de sentimentalismo exacerbado perante os mais necessitados, bem como um festival da institucionalização do horror, e da omissão da instituição escola, em projetar novas técnicas educacionais, que não fiquem exclusivamente, orquestradas aos esteios curriculares, e sim levando a uma flexibilidade, na realização dádivas de combater a violência tanto física ou simbólica, que é uma das principais marcas do bullying.

Tanto, que a intolerância, não pode ser unicamente aplicada a países com uma herança colonial, com graves problemas de integrar uma escola, que se componha como um atributo de formação do diálogo, bem como do conhecimento científico, e do saber informal, que lute contra as ações de paradigmas discriminatórios, levando a intolerância como uma de suas mais cruéis faces na discriminação perante valores sociobiológicos, que confluem para um etnocentrismo de pensamento, deformando os valores de uma pedagogia, que leve em consideração o tempo de aprendizagem de cada pessoa em especial.

A emancipação da liberdade de criação e imaginação passa, por níveis, pelos quais, “Depois de Lúcia”, compromete a carência de levar uma educação, que não esteja no sentido de limites a liberdade do corpo, bem como de forçar situações problemáticas, em administrar um plantel sociológico, que não leve em consideração, o tempo “pessoal” de amadurecimento moral e intelectual da criança e do adolescente.

Em uma perspectiva “behaviorista”, o ambiente é de fundamental importância, para uma adequação de fazer das angústias, uma reciclagem de comportamentos que possam levar, para um agigantamento de produzir ideário, de respeito perante o histórico de vida de cada indivíduo.

O que fica marcado, em “Depois de Lúcia”, é uma fuga da realidade, gerando limítrofes, de felonias, na rebelião perante um universo escolar intransigente, permeado por perdulários elementos, de bestialização, no sentido de respeito pelas adversidades alheias, como também a explosão de um tédio diante a hipocrisia, de insalubres requisitos escolares que não componham em suas diretrizes, incendiar  perspectivas a um conhecimento lúdico, utilizando de princípios pedagógicos e psicopedagógicos, prontificados a compreensão multiculturalismo, e nas melhorias de similitudes educacionais, que venham levar heurísticas, na projeção de uma educação que valorize o humano e os dilemas que cada indivíduo enfrenta ao longo de sua “vita activa”.

Se faz jus um pleito de conduta que venha a fundamentar uma práxis de aprendizagem, que esteja no desafio da aceitação pelo “diferente”, mas que também faça sublimes realizações de enfatizar contrapontos, para uma assimilação intelectual que esteja unicamente engajada em disseminar elementos educacionais engajados em uma gama específica de cada disciplina, mas que leve em conta também que diante, as irrupções da juventude, o conflito, tem um caráter de levar ao conhecimento que faça do próximo um caminho para progresso de novos elementos de aprendizagens.

Alexandra, também escarna um prelado histórico ao qual a libertação da mulher, perante o tradicionalismo machista, contempla novos entraves para um factualismos em relação a fazer um gênero sexual que venha a lutar contra a dominação masculina, mas também que lance um caminho de, “variação individualista” no sentido de afirmação de sua existência perante o universo bioantropológico, sangrando um resplandecente devaneio ao distanciamento ideológico da pureza feminina, levando a gerar um apontamento científico para o bullying como uma manifestação da discriminação e intolerância, em uma histeria coletiva ao qual “tudo possa ser permitido”.

A linguagem cinematográfica também emoldura uma arte focada tanto no movimento de princípios de uma estética, que leve para a psicopedagogia, um cânone de projetar libertações de um “sujeito que se faça presente além do seu tempo material e cronológico”, pelo qual produza enlaces, de vilipendiar ameaças para a construção de cogitos, que leve uma mácula de subsidiar relações humanas, distantes de superestruturas, a amordaçar liberdades democráticas, bem como uma cultura juvenil, contendo no fanatismo, um álibi para a justificação da intimidação como um recheio amargo de um dado momento, de sublinhar um conceito do “dasein”(essência própria), formulado em levar o fator de justiça e equidade individual, presos unicamente a ditames de normas institucionais.

As argúcias, aos quais, o fenômeno bullying provoca, exala uma “aquiescência” de legitimar o professor, não como um semeador de saberes específicos de sua disciplina, mas sim em alimentar interfaces entre o “formal e o informal”, no caminho de preenchimentos a carestias de uma educação, que fique nos sabujos destruidores, de uma moral que não leve em conta a necessidade de sobressair-se o indivíduo em relação ao coletivo.

Nesse anacronismo de introjetar um “darwinismo educacional”, entre fortes e fracos, o fenômeno amargo do bullying não escolhe, classe, cor, etnia, religião ou visão política, e tão pouco possa vim a conter, o nefasto sentido de levar ao estreito preconceituoso de estar relacionado nas relações de dominação a algum grupo humano em especial, como forma de conduta social.

A escolha da pessoa a ser “assediada no espaço escolar”, passa por um sentido, ritualístico de demarcação da passagem entre a vida infantil para a adulta, algo que fica bem relatado quando Alexandra é sumariamente humilhada por suas colegas, e sofre um rebaixamento da sua integridade moral e física, sendo almejada a um tratamento como uma joguete, ao qual seu caráter lúdico, não passa de uma sombra atenuante de diversão e zombaria, como o esfacelamento de sua natureza humana pensante e sentimental, a um nominalismo pegajoso, de estar sentenciado ao mórbido um papel de satisfação dos desejos mais cruéis em relação á falta de pudor de suas colegas.

A busca pelo aconchego da mãe que falece, e dos laços remetente a primeira infância, deixa um hibridismo de fuga da realidade, bem como a vontade de fugir do calvário da discriminação, levando a uma gnose de carência na esperança de um futuro melhor, ovacionando a solidão, como um peremptório de luta contra a intolerância.

Ao contrário de Alexandra, o personagem Jordi de “Bullying –Provocações Sem Limite”, é vítima de um certo ritual sado masoquista, dentro de uma tirania deificada, na cadência da não aceitação da competição por parte do personagem Nacho e seu “clã”, fazendo do uso da intimidação física e psicológica uma demarcação de território no esteio de poder e conservadorismo da ordem vigente, como algo resignado ao tempo comportamental, de cada membro da Escola, em reluta na aceitação do novo.

A diversão gerada, pelos intrépidos fundamentos, de um ritmo alucinante de rebaixamento do “ser pensante”, ao qual Jordi, eleva algo cinemático que ocorre na maioria das escolas, e que busca na ocultação dos fatos esplendor de normalidade educacional, se fechando perante a gravidade da perseguição de alunos veteranos, perante aqueles que conseguem um desempenho acadêmico melhor, bem como os que não possuem, um calibre audacioso psicológico de lutar contra as adversidades que são impostas.

Hannah Arendt descreve a escola como um “espaço de realização ideológico, todavia que não fique distante da valorização do ser” (1989), o que gera a urgência de uma psico-higiene, que se distancie dos princípios atrelados à massificação.

Dentro de premissas de lutas de classes, bem como nortear a carência de um Estado Contemporâneo que faça uma educação, que promulgue o indivíduo, bem como grupos de indivíduos, solidários com o “outro”, encontramos um caminho faústico de torrenciais conflitos da destruição defronte uma “Kalokagatia”, que produza a busca do belo, não unicamente em conceitos estéticos, e sim na lapidação do pensamento filosófico.

O que dentro do contexto psicossocial e institucional de Jordi, apresenta uma burocracia ubérrima, de aceitação do bullying por parte de seus superiores escolares, gerando um contradiscurso, em que cada um possui um determinado ciclo vital de aprendizagem, independente um do outro, o que venha a valorizar, uma capciosa rotatividade, de desvalorização de linguagens e construções de procedimentos de ensino que valorizem a subjetividade ética, como um parnaso de retórica intelectual vangloriando o diálogo entre as mais diferenciadas pessoas.

A predominância de produzir abjetas, de um providencial, constrito de intolerância bem como violência, dentro de uma “produção social da loucura”, faz à imagística de Jordi, um exemplo, de como o multiculturalismo necessita, projetar seus esforços de enobrecer a geração de estudos, que não fiquem taxados totalmente com adereços, na semiologia da igualdade, e sim simplifique uma “cartasis”, em que o fator da violência, não está somente a princípios maléficos explicitamente declarados, de uma filosofia da destruição no respeito pelo “novo”, e sim que esconde de forma inconsciente, no afastamento da valorização do diálogo dentro da sociedade e da escola, levando a um condicionamento, de atividades, intelectuais, que venham a preencher, espasmos de um brilho, de respeito pelos mais diversificados grupos humanos, com um perfil aquém do fanatismo e da intolerância, minguando a consistência de  bagatelas de axiomas de liberdade em aprender, como também entender as mais complexas tipologias humanas existentes dentro de um mesmo prisma populacional.

Os liames de uma racionalidade, que faça da arte, um ângulo de celeumas, contra o terror da hegemonia de um grupo perante um “ser” em especial, entra em rota de colisão, como uma lucidez de lisuras nas sabatinas de preparar os jovens, para exercer uma cidadania que contenha um augúrio de realização intelectual, como também educacional, na resiliência, de levar para a “sociedade da informação” não somente conhecimento, mas um certame de incerteza, no nobre sentido de uma rebeldia perante um caminho de consumismo desenfreado ao qual venha substituir os valores humanos, pelo nebuloso, princípio reluzente de integrar um mesmo patamar de historicidade e igualdade perante culturas tão diferentes entre si, mas que compartilhem um sinal de fazerem de suas vidas, um mesmo estrado de benfeitorias em comum.

As tendências alucinantes em se entrever uma obra cinematográfica que esteja nos ditames, de elencar a necessidade de uma formação psicopedagógica no sentido tanto de combater o bullying, bem como de gerar conscientizações sobre os fenômenos de sobrepujar uma classe social pela outra, provoca relações de levar a uma indução do pensamento humano em benefício do próximo, bem a não deixar um jugo de informação dentro de uma “racionalidade comunicativa”(2005), segundo os parâmetros de Jürgen Habermas, que venham a destruir um circulo formativo de conhecimento que possa não está unicamente focado, na questão de alardear para os perigos em denunciar a existência desse fenômeno, dentro das mais variadas instituições da sociedade civil.

“Depois de Lúcia”, constrói um enfoque, na flexibilidade de não deixar um discurso de igualdade, que seja nefasto a um condicionamento de destruir bases para uma entropia de levar a um heterodoxo comprometimento de dialéticas submissões de informações na questão tanto a sua interpretação acerca da existência de discriminações e humilhações, que envolvem a distorção de características de respeito de um indivíduo para o outro, como no caminhar de propiciar a construção de uma escola que se faça democrática, e que contenha simulacros de respeito por um representativo espaço democrático no quesito de respeito por similitudes multiculturais.

Tanto que a personagem principal, Alexandra, esmiúça uma sexualidade, com um cunho de ternura, que foge aos padrões de um prazer pleno, ou seja, de “coito”, sem conter uma experiência metafísica de transcender o senso-comum, dentro de uma expectativa unicamente de viver o momento, não havendo lastros para a construção de um sentimento verdadeiro pelo próximo, levando a um caminhar de sentimentalismo, sobrepujado “no liquido” (Baumann, 2004), ou seja, não havendo um princípio de respeito pela condição humana, sim somente um nefasto sentimento de “consumir” o próximo, como um novo produto que foi lançado no mercado.

Nesse espaço consumista, uma ênfase existencialista, pode ser colocada dentro os preâmbulos, de uma construção social, que possa emergir parâmetros de uma clarividente organização institucional que leve em consideração, exclusivamente valores éticos e morais “normativos coletivistas”, e sim o particularismo que cada um, respeitando as origens culturais e “espirituais”, na construção de vértices de uma respeitabilidade lúdica entre as pessoas.

No sentido socrático de “conhece a ti mesmo”, a questão do bullying, com um clamor, de que não se faz sentido, condenar plenamente tanto vítima, como agressor, deixa um gosto de acalentar, um nominalismo interpretativo, no que esteja respaldado, ao fato que a agressão humana, constitui um dos elementos principais da “vita activa”, no sentido de um prazer, em machucar e humilhar o semelhante, como um patamar de demarcação do tempo histórico, bem como levar a uma constituição de sujeito, que estreite um grau de vivencia de melhorias em relação a uma consciência que fuja dos princípios “darwinistas”, de e que somente os mais “aptos e fortes, sobrevivem”(2005), ou bem seja não adiantaria vaticinar a “Instituição Escola”, em um objetivo de destruição “eu racional”, disseminando conhecimentos disciplinares, se não houver um comprometimento de valorização do respeito e fraternidade, perante todo o seu conjunto, e grupo de pessoas, que formem o ambiente de estudo e aprendizagem.

A necessidade de um fluxo, continuo na divulgação de conhecimento e saberes, que façam um choque de despertar uma “educação da escuta”, que, todavia, não fique atrelada unicamente a senilidade discursiva, pode enfocar como uma grande ânsia, de se estudar o bullying além de um compromisso cético, de apresentar equívocos de conclusões comportamentais, que vejam esse fator da sociedade contemporânea, singelamente como uma característica de uma perturbação cronológica, não havendo eficácia, de gerar sabatinas de questionamentos em torno de um aprendizado que apresente em sua parcimônia, o respeito pela individualidade e valorização de um “labor”, concernente a uma intelectualidade, concatenada no respeito pelo “diferente”.

“Depois de Lúcia”, produz dentro da concepção foucaultiana, de “domesticação dos corpos” (2002), um sombrio campo metodológico de aniquilar a inocência da juventude, em uma explosão sem barreiras de uma sexualidade aguçada, de privilégios alçada, em um sublime declive nos excertos intelectuais e de uma organicidade de conhecimento que enxergue os desejos pessoais de cada “um”, como uma caminhar humanista de fluir atitudes filosóficas a um respeito ético acerca dos espaços psicológicos, com construções a figuras comportamentais múltiplas, de identidade epistemológica e intelectual.

A questão do comportamento terrorífico ao qual Alexandra passa, está no sentido também de uma busca pessoal que apresente, sentidos a sua existência, lançando signos de uma análise centralizada na “teoria do suicídio”(2005), de Émile Durkheim, ao qual deixa esquivos que consolidem o ato extremo contra a sua vida, não unicamente a uma face mecânica, sim que agitando elementos para um nicho de conhecimento, que esteja em entender o porquê do seu sofrimento, e como grito de socorro perante o mordaça da sociedade em se debruçar perante seu flagelo, algo que Jordi culmina por realizar.

Quais são as virtudes adquiridas durante essa etapa do desejo a se matar?

As bases para um elencar o entendimento de sincopes que levem a anunciar, uma civilização que esteja distante, aos prenúncios de uma historicidade, que faça do “sentimento de alheio”, uma elaboração de novas atitudes que outorguem traçados a um enredo comportamental que reúna tanto o empirismo de dados ligados à sociologia e psicologia, bem como a fluidez da filosofia, em uma transvalorização do lúdico, levando atos reflexivos de realizar um louvável sufixo de uma educação que possa limiar, as ações escolares tanto para formação propedêutica do estudante, bem a uma objetividade de linguagem aos quais contenham a valorização e o respeito pelas diferentes máculas sociais que venham a compor um universo escolar.

A formação psicossexual, está em torno, de um “logos”, tanto para enveredar a produção de sinapses que não produzam em seus prosseguimentos sociobiológicos, uma gestão de produção informacional, que não leve a primazia de um esforço, do “ser”, em entender o mundo ao qual esteja cercado, fazendo assim uma necessidade de forçar um progresso de inteligência, que possa tanto organizar a informação, bem como a produzir, prognósticos de uma compreensão ao qual, o princípio de individualidade suplantado, nas ações do “Eu”, em uma ipseidade, que não esteja exclusivamente, entrelaçada a simbologia, e sim que contenha na metafísica, que caminhe com sucessivos embates de visões de mundo que possam contemplar uma existência intelectual de respeito às antagônicas, manifestações socioculturais extenuantes dentro de um mesmo espaço social.

Alexandra deixa salientado, um campo sentimental, extenuado tanto pelas perdas pessoais, como pelas constantes ofensas e humilhações que sofre de suas “companheiras de escola”, onde o absurdo se torna comum, e já uma casuística de coloque limites para tais atos não ocorre, deixando um vazio de levar um blasto de atitude, a ser somada perante o bullying, bem como deixando mais implícito, uma escola que esteja fechada em torno de si mesma, que não contenha a valorização de um ensino, que venha vangloriar tanto o humano, bem como a vivências em sociedade, contendo um respeito e um grau de apelo dramático, perante perseguições e julgamentos de um indivíduo pelo outro.

A banalização da maldade, e o constante afastamento de uma educação que esteja em sintonia com os princípios helenistas, de levar dentro em seus arcabouços teórico uma “práxis”, de emergir um crescimento de “grupos criativos” (DE MASI, 2002), entra um limbo, de massificação do empreendimento de uma dialética que coloque o indivíduo, acima da doutrina de Estado.

O grupo se torna uma legião, ao qual o “estudante”, é tratado como um réquiem em encabeçar números estatísticos não levando a valorização de sua trajetória de vida, bem como seus aspectos, individuais, no limiar, a um planejamento de conhecimento que se torne viável, na compreensão de cada indivíduo, venha está lapidado a combater o terror da discriminação e da violência como princípios à construção ludicidade de uma sociedade democrática.

A coisificação deixa um aterrador, espaço de razão, ao qual um frutífero alarido intelectual que possa tanto, engrandecer uma respeitabilidade mútua ente os alunos, está equacionado, no afastamento de sentimentos a realçar, uma conduta de uma respeitabilidade entre os escopos humanísticos que compõem o espaço escolar na contemporaneidade.

A ideologia discriminadora e a massificação levam a busca de psyché, que se renove sucintamente e que também contenha um conhecimento, não todo empírico, mas como um claro limiar, de fazer do “outro”, um exemplo de absorção do conhecimento e de trocas de conhecimentos, que venham a favorecer, a geração de um “micro-espaço”, no condizente a uma constituição escolar, ao qual o bullying não esteja dentro das discussões principais dentro do seu regimento diário, e sim que seja um tema para favorecer seu entendimento e de como ele está inserido dentro do uma sociedade, ao qual uma “aculturação”, caminha com uma pitada de intolerância, diante um agir, que valorize os mais “fortes”, sem levar na medida correta, seus históricos pessoais de vida, e que venha esgarçar uma coletividade consciente, porém que não produza, um terror de levar a subjugação de um indivíduo pelo outro gerando uma antropologia, ao qual a lei da discriminação e da intimidação esteja, como vetores para mover forças de expressão democráticas pelo que não se entende, culminando assim a uma “não aceitação”, de manifestações psicológicas, que são orçadas a aderirem aos desígnios de grupos, que interpõem suas vontades através do uso extremado da força e intimidações psicológicas.

Freud, em sua obra “Mal Estar da Civilização” (1987), disserta acerca da necessidade de uma sociedade a se renovar a cada momento, para não vim a cair em um ostracismo de repetições comportamentais, que produzam um cotidiano nefasto na engenharia de sentimentos e razões, que levem em conta profundidade de cada “ser”, gerando uma dolosa insígnia, de nutrir potencialidades populacionais, que venham, agir como animais selvagens, não fazendo um uso claro do aparelho psíquico bem como de suas habilidades intelectuais.

“Depois de Lúcia” em determinado momento de seu calvário, Alexandra busca um retorno às lembranças com sua mãe como já foi dito, como um grito de socorro, ou bem, a uma fuga da realidade, para deixar um gosto de solidão, e que a companhia de outras pessoas, venha significar o paradoxo, de ser percebido como um fator humano que possui suas próprias vontades, aquém de taxação mesquinha, de sair unicamente do prazer “corporal e espiritual”, ao quais as constantes violações ao qual passa, deixa, um expressionismo calvinista, que suas agonizantes situações de constantes constrangimentos, fazem parte de sua existência como uma base de aprendizado para se tornar uma mulher forte.

A destruição de um princípio de proporcionar um comportamento que leve dentro de suas bases existenciais, uma importância de um olhar racional perante aqueles que sofrem com o descaso e a humilhação, coloca em evidência a ideia “hobbesiana”(2005) de louvar, um pacto-social que possa levar civilidade a um produto humano, com uma psicologia de subestimar o valor do próximo como um engendro de valorização das relações interpessoais, como pessoais.

O distanciamento de uma sociedade que venha produzir, um caminho de uma didática, para realizar dentro do espaço escolar, um expressionismo emocional que contenha um sabor de integrar diferentes classes sociais em um mesmo campo de vivências, também se encontra em um amordaçamento de propostas pedagógicas que não fiquem encarceradas no preenchimento de currículos nefastos, e que não vejam dentro de sua esfera pedagógica, um distanciamento para provocar uma sensibilidade, de ação educacional, que possa unir tanto a formação humana, bem como disseminação de informação, em virtude de combater um coágulo de formação intelectual, que não contenha um respeito pelos “genes”, comportamental de cada um.

A construção de um “ser lúdico”, passa por elementos educacionais que venham a combaterem, a circulação de hermenêuticas, que produzam o afastamento de uma “enteléquia”, possa levar ao nascimento de uma subjetividade ética, perante um ensandecido momento historiográfico, consternado pela destruição de uma metafísica que propicie um entendimento crítico de um culto de arquitetar mentalidades éticas, que possam estar, situadas em tempo histórico, de compaixão e atenção perante os que sofrem com descaso e esquecimento por parte de uma conjectura cultural domiciliada pelo vazio de importância perante o outro.

Nietzsche faz um lembrete “que o ódio, se torna um elemento chave para cultuar presságios de cultura” (2005), mesmo que isso seja lançar fagulhas de simplificações de uma liberdade que não exponha um prisma psicanalítico de estruturas mentais, que possam valorizar a ação do indivíduo, como dono de sua própria projeção histórica, e de produção a um conhecimento dialético, acerca da importância do outro como detentor do saber e da informação, com características multiculturais.

Uma explanação ao qual “Depois de Lúcia”, faz um forte apelo, está em deixar o princípio do existencialismo moral, como um fator de disseminar a intolerância, como um lampejo de fissuras, comportamentais esbravejadas, dentro de um artifício psicomotor nas admoestações de direcionar, facilidades de condutas, a um indivíduo que seja enobrecido, com uma educação, que tenha os valores particulares de cada um, com uma gama de símbolos e atitudes que possam fazer tanto da cultura erudita, como de uma cultura do cotidiano, um vasto princípio de construções de atitudes intelectuais, que possam deter dentro de suas genealogias teóricas, um sentido de psicológico de como a inteligência necessita de reflexões, tanto de “fora, como para dentro”, de uma epistemologia teórica e prática, combinando atitudes que possam combater o bullying bem como a destruição de um valor altivo de construções afetivas, que expliquem introspectivos anúncios a uma pedagogia, de aglutinar em torno de um mesmo espaço, polivalentes expressões culturais e morais.

A desconstrução de uma arte, que fique sem despertar o valor do espanto para o expectador, desperta anacronismo de um “locus horrendus”, ao qual transcorre uma somatória de conhecimentos, que possam tanto conter em suas diretrizes condutivas, valores para uma cientificidade clara de produção intelectual, que não fique unicamente preza, ao escárnio de elencar uma massificação de principio a uma escola que apresente êxodo de privar a construção de diálogos forte, mas que também proponha tanto, lutar contra litigiosas, deontologias a um decadentismo intelectual, que não esteja angariado ao “bem comum”, na produção, de um discurso ovacionado uma intelectualidade que contenha na construção de um valor cultural, no respeito pelas diversidades, bem como a contribuir para uma ética de valorização das atitudes afetivas perante aqueles que sofrem, com o vicio e sofrimento do esquecimento e perseguição perante sua condição humana e sua integridade moral e física.

“Depois de Lúcia” e “Bullying” representação, um “eu”, doravante, de que esse fenômeno não possui uma característica psíquica unívoca, e pode infringir sérios danos psicológicos e comportamentais para as pessoas, e que ele se transforma, tanto sendo uma ação direta ou indireta, como no caso do cyberbullying, e há não aceitação de manifestações culturais que não estejam em um mesmo patamar, de consonância com a maioria.

Jordi e Alexandra se tornam personagens de uma sociedade, que persegue um posicionamento que não seja “igual”, desvalorizando a formação de uma personagem hibrida, alimentando um tecnicismo, com características a um desgaste psicológico, que produz uma acepção ao suicídio bem como ao isolamento, entoando vociferações a um individuo, que não valorize uma subjetividade que esteja caminhando com sua própria maneira de ver o mundo.

O desespero como um aliado, a promoção da solidão, no sentido, de projeção na uma energia sociobiológica, que equalize uma culpabilidade generalizada, perante o porquê a vim a se tornar fruto, de estímulos comportamentais violentos, no fator, de traquejos de uma destruição nos sentimentos, na união de diferentes frações de classes sociais, deixa um caminho maniqueísta para, a realização de uma arte que não contenha uma política de uma gestão, entre o “belo, e a barbárie”, pois parafraseando com teórico do cinema Jacques Aumont, “ enquanto o cinema produzir, consternação, é porque a realidade anda carente, de  heróis e atitudes com benevolência perante o próximo” (2008), gerando um pérfido terreno de injúrias e horrores para a produção de mensagens de indignações de um ser humano perante si próprio, o bullying é um gélido exemplo de escatológica brutalidade, de disseminar uma “zumbização” de valores morais e intelectuais, distantes a um respeito pelo “diferente”.

A necessidade de colocar o multiculturalismo e a integridade individual de cada pessoa dentro de instituições “abertas ou fechadas” exala que não basta unicamente vim a cumprir normas ou memorandos, e está preso aos manuais ou códigos de condutas, o bullying é algo presente dentro de nossa história atual, seja direta ou indiretamente, e os personagens Jordi e Alexandra, ganham contornos de realçarem a intolerância e o medo, como elementos fundamentais para a fortificação de condutas, que não contenham gestos de complacências, perante miscelâneas de diferenciadas figuras humanas que estão em nosso redor a cada instante.

Em suma, o cinema, bem como psicopedagogia, possuem vorazes vínculos de propiciar um entendimento diferenciado, sobre os traumas que o bullying, pode causar isso também pode facilitar a promoção de uma educação que contenha conteúdos multidisciplinares, que ofereçam “olhares diversificados”, de como um o individuo subjulga um ao outro, causando irascíveis transtornos dentro de um equilíbrio psicossocial eloquente, de produção de informação e conhecimento lúdico – dialético.

Referências.

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SZASZ, T. A Fabricação da Loucura. São Paulo,  Zahar, 1976

Filmes.

BULLYING – Provocações sem Limites. Direção: Josetxo San Mateo. Produção: Josep A. Pérez Giner. José Luis García Arrojo, Espanha / Portugal;  2009, 1 DVD.

Depois de Lúcia. Direção: Michel Franco.  Produção. Moises Zonana, México: 2012, 1 DVD.