Woody Allen é um magnífico diretor, com dezenas de filmes em seu currículo, ele já ganhou diversas estatuetas com suas obras. Hoje irei separar 5 filmes que Allen dirigiu para que você, leitor, conheça melhor o diretor.
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Vamos começar com o vencedor do Óscar de 1978 – Annie Hall.
Acredito que esse filme é o ponto de partida para o mundo do diretor. Se você assistir essa obra e não gostar do filme, fuja do universo do Woody Allen.
Alvy Singer (Woody Allen), humorista, divorciado, que vai no psiquiatra há 15 anos, ele usa nos seus shows os temas da sua vida para entreter a platéia. Um belo dia ele se apaixona por Annie Hall (Diane Keaton), uma cantora iniciante, que é meio paranoica, depois de um tempo juntos, com muitas brigas e voltas, eles resolvem morar na mesma casa.
O longa tem uma falta de cronologia impressionante, estamos no passado, vamos para o futuro e voltamos para o presente, a situações imaginadas, e situações reais, podemos escutar o pensamento das pessoas, e em muitos momentos ocorre a quebra da quarta parede.
Os cortes de câmera, as inovações feitas, os diálogos bem construídos, as reflexões propostas, e alguns alívios cômicos que funcionam, o filme tem um tom de seriedade, melancolia e, ao mesmo tempo, comicidade. Tudo se encaixa perfeitamente, uma verdadeira obra prima.
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Se você assistiu Annie Hall, é obrigação assistir sua “continuação” – Manhattan (1979).
Com alguns ajustes, “Manhattan” pode ser considerado uma continuação de Annie Hall. A principal mudança notada é a cronologia que segue normalmente, ao contrário do filme anterior, que Woody Allen construiu as cenas em cima de total desordem cronológica, em “Manhattan” tudo é bem quadradinho, porém com a mesma genialidade.
Woody dessa vez é Issac, um homem de meia-idade que teve alguns relacionamentos fracassados, um desses relacionamentos acabou no momento que a mulher decidiu virar lésbica, com isso ela está escrevendo um livro sobre a vida amorosa dos dois.
Junte esses fatos e some com o fato de que Issac namora Tracy (Mariel Hemingway), uma garota de 17 anos, e tem como seu melhor amigo Yale (Michael Murphy), que tem uma relação fora do casamento com Mary (Diane Keaton), mas com o passar do tempo Issac se apaixona por Mary, amante de seu melhor amigo… a insanidade das histórias do Woddy Allen é magistral!!!
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Agora vamos ver Crimes e Pecados (1989).
A vida é complicada, várias questões sem respostas existem, e Woody Allen aborda elas nesse longa.
Vale tudo para manter as aparências? Qual o preço do sucesso? No final seremos felizes? Essas são algumas das várias perguntas que a trama apresenta.
Allen faz uso da filosofia e da religião para tentar nos explicar essas coisas, e nada melhor do que a frase dita pelo próprio diretor…
“Nós somos a soma das nossas decisões”.
Judah (Martin Landau), é um bem sucedido oftalmologista que tem um relacionamento extraconjugal com Dolores (Anjelica Huston), durante dois anos esse relacionamento foi bem, mas tudo muda quando Dolores decide que quer ser a única na vida de Judah, para isso ela ameaça-o, a solução encontrada pelo doutor é planejar seu assassinato.
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Se você assistiu os filmes citados e gostou, não perca tempo. Assista Café Society (2016).
No longa vemos a história de Bobby (Jesse Eisenberg), um jovem judeu que deseja crescer na vida, ele vem de uma família classe média de Nova York, e para o crescimento profissional ele acaba mudando-se para Los Angeles, para trabalhar na empresa de seu tio Phil (Steve Carell).
Phil é um conhecidíssimo produtor, ele acaba acolhendo o sobrinho depois de muita resistência e dá um emprego de entregador para ele, e como o sonho de Bobby era ser escritor, ele é apresentado a Vonnie (Kristen Stewart), a secretária de seu tio, ela fica incumbida de mostrar Los Angeles e apresentar a alta sociedade.
O que Bobby não esperava era se apaixonar por Verônica, e muito menos que ela tinha um caso com seu tio.
O longa foi ambientado na década de 30, e o zelo com que foi feito é incrível, os figurinos, maquiagem, penteados e cenários foram tratados com o maior carinho. Mas o que mais chama a atenção é a qualidade da fotografia, com toques de um tom sépia, o diretor de fotografia (Vittorio Storaro) dá um show, os cortes de câmeras, closes, e a sensação de que em certos momentos os personagens estão parados são bem produzidos.
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Para Roma, com Amor (2012) é o último da lista. Sim. Ele tem vários errinhos, mas…
A sinopse vai explicar o filme para você: O longa é dividido em quatro segmentos. Em um deles, um casal americano (Woody Allen e Judy Davis) viajam para Roma para conhecer a família do noivo de sua filha. Outra história envolve Leopoldo (Roberto Benigni), um homem comum que é confundido com uma estrela de cinema. Um terceiro episódio retrata um arquiteto da Califórnia (Alec Baldwin) que visita a Itália com um grupo de amigos. Por último, temos dois jovens recém-casados que se perdem pelas confusas ruas de Roma.
Para Roma, com Amor é um típico filme do Woody Allen dos últimos anos. Algumas histórias são corridas, muitos diálogos são interessantes (outros não), existe muito romantismo, mas infelizmente existe uma pressa para finalizar as tramas. Sim, Desconstruindo Harry, Meia Noite em Paris e Hannah e suas Irmãs são melhores, o Homem Irracional é mais filosófico, Poderosa Afrodite é melhor construído, mas aqui nós temos histórias bem carismáticas, uma trilha sonora linda e um filme “gostoso de se assistir”.
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E para você, qual o filme do Woody Allen é inesquecível?
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