Créditos pela matéria e entrevista: Clayton Alexandre Zocarato.
Crítico Literário, Poeta, Professor Universitário, Agitador cultural, e um cordial anfitrião, eis as muitas facetas para definir o ilustre intelectual, que nos deu a honra dessa entrevista, debatendo acerca da importância do “pop” para novos valores da intelectualidade, na atualidade mórbida, que estamos vivenciando, havendo espaço para falar acerca da crise da Universidade Brasileira, e um relativo exclusivismo classicista em relação a um disseminação subjetivista do saber.
De Arnaldo Antunes a Nando Reis, do Renascimento a Linguística Moderna, o ilustre acadêmico nos brindou com momentos de erudição, com uma pitada de bom-humor, e de uma ironia irresistível, em nome da valorização do pensamento crítico, como forma de combater o tédio que a inovação cultural passa, aproveitando também para falar do lançamento dos seus dois últimos livros, “Ozumanoídes” e “Coisas de Casa”, retratando o cotidiano de pessoas comuns, que servem de material para traçar uma literatura com cunho de despertar o prazer da leitura de antagônicas faixas etárias, e também chamar as pessoas para os perigos de um momento histórico, que não contenha grandes atrativos existenciais, vazio de ideias dialéticas e abstratismo.
Confira a entrevista abaixo, de nosso eminente entrevistado.
Biografia.
Aguinaldo José Gonçalves, nasceu em Buritama – SP, em 1949, Professor da Universidade Estadual Paulista (UNESP – IBILCE – São José do Rio Preto), autor de vários livros e artigos publicados no Brasil e no exterior.
Orientador de dissertações de mestrado e teses de doutorado, teve entre seus pupilos ícones do pop rock brasileiro (Arnaldo Antunes e Nando Reis). Entre seus livros destacamos: Laokoon Revisitado: relações homológicas entre texto e imagem, 1994 | Museu Movente – o signo da Arte em Marcel Proust, 2004 | In abysmos (poemas), 2006 | Signos (em) cena (obra em dois volumes, 2010: Nina e Rosário (infantil), 2012.
“No Brasil todo mundo tem que ter uma sala, ele confunde ter uma sala e ser intelectual”. – Aguinaldo Gonçalves. (Em relação ao hermetismo da universidade brasileira, “fechada em si mesma”, destinada muito mais a cargos e títulos, do que se integrar a sociedade civil.)
Glossário da Entrevista. (Definição de alguns termos e personalidades citados pelo entrevistado.)
Adriana Calcanhoto (1965), cantora e compositora brasileira, com um estilo que vai da MPB ao samba, variando vários ritmos dentro de sua melodia.
Algirdas Julius Greimas (1917- 1992). Linguista e semiótico russo, influenciou bastante o progresso da semiótica francesa.
Antonio Cícero (1945). Filósofo e escritor brasileiro.
Arte Midiática Racionalista. Produção artista, produzida pela mídia com destino a produzir uma subjetividade e uma criticidade lúdica das pessoas.
Cibertexto. A narração virtual em uma definição mais simples, que implica signos e códigos linguísticos ligados a computação gráfica e escrita virtual, produzindo antagônicos significados.
Cildo Meirelles (1948). Artista plástico brasileiro.
Clarice Lispector (1920 – 1977). Escritora e jornalistas brasileira, célebre por seus escritos retratando a dura realidade do povo brasileiro.
Culturas Hibridas. É relacionado entre o que é moderno, com o tradicional, sofrendo mudanças e transformações constantes nas formas de como pode ser transmitida e inventada a arte.
Hipertexto. Forma de apresentação de informações em um monitor de vídeo, na qual algum elemento (palavra, expressão ou imagem) é destacado e, quando acionado (ger. mediante um clique de mouse), provoca a exibição de um novo hipertexto com informações relativas ao referido elemento; hipermídia.
Intertexto. Texto ou conjunto de textos que mantêm relações estilísticas e semânticas com um outro texto.
Jacob Guinsburg (1921). Ensaísta e crítico literário brasileiro.
Jean de Lan Fontaine (1621 – 1695), escritor de fábulas e poesias francês.
João Pedro Liossi (1996). Poeta e acadêmico brasileiro.
Leyla Perrone Moisés (1936). Pesquisadora, Professora da Universidade de São Paulo, crítica literária e ensaísta brasileira.
Marcel Proust (1971 – 1922). Genial escritor francês, famoso pela magna obra “Em Busca do Tempo Perdido”, publicado em 07 Volumes.
Pragmatismo. Doutrina Filosófica desenvolvida por William James (1844 – 1910) e Charles Sanders Peirce (1839 – 1914), eminentes pensadores norte-americano, ao qual valoriza o empirismo e a coleta de dados, para o estabelecimento de uma ordem de pensamento.
Pieter Bruegel (1525 – 1569). Pintor belga.
Prolegômenos a uma teoria da linguagem. Obra máxima da linguística lançada primeiramente em 1961 pelo pensador dinamarquês Louis Hjelmlev (1899 – 1965), ao qual relaciona a teoria da linguagem com as ciência humanas.
Renascimento. Período de grandes transformações artistas, econômicas, e políticas na Europa, valorizado pelo racionalismo científico, ocorrido entre os séculos XIX e XVI.
Tecnicismo. Doutrina filosófica e psicológica que valoriza a conduta humana através da repetição atos, para uma vivencia pacífica em sociedade, também pode ser relacionado a condutas massificadoras.
Umberto Eco (1932 – 2016). Escritor, semiologo italiano, famoso por seus romances e livros de ficção histórica, entre eles “O Nome da Rosa”, de 1980.
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