Hoje é dia de irmos para Itália. Vamos conhecer uma máquina de Xerox, ou melhor, um herói/vilão/antiherói que foi feito com máquinas de Xerox.
Ranxerox, como é chamado, teve sua primeira aparição no ano de 1978 (revista Cannibale). Seus criadores foram Tanino Liberatore e Stefano Tamburini, que deram para o personagem o nome de Rank Xerox (uma mistura de Rank Organisation com Xerox Corporation), o robô foi feito com algumas peças de máquinas fotocopiadoras.
Lógico que rolou uma ameaça de processo e os criadores mudaram o nome de sua criação para Ranxerox. Mas isso só ocorreu no ano de 1980 quando as publicações passaram para revista Frigidaire.
Tudo bem, já tivemos uma descrição desse bizarro personagem. Mas as coisas pioram ao aprofundarmos em sua história.
A história pós-apocalíptica mostra que o robô é apaixonado por Lubna, uma viciada de 12 anos. Por ela ele encara qualquer situação.
A trama de Ranxerox prossegue recheadas de situações eróticas e consumo de drogas. Sangue e fraturas expostas também são jogados no papel com muita frequência.
Outra coisa que aparece com frequência são as referências musicais: Elvis Presley, Ramones e Rolling Stones são citados em algumas histórias.
Acredito que já deu para notar que esse não foi um personagem comum. Sabemos que Ranxerox foi um marco para sua época, seus criadores retratavam temas polêmicos demais, mas devido à morte de seu criador, Tamburini, em 1986, em decorrência de uma overdose, o personagem acabou tendo vida curta.
No Brasil foi publicado pela extinta revista Animal, em 1988. No ano de 2010 a editora Conrad fez uma edição de luxo onde reuniu praticamente todas as edições do personagem.
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