Frases de MATTHEW PERRY | 16 para CORTAR SEU CORAÇÃO

O eterno Chandler abriu o coração em seu livro de memórias, acabei separando 16 trechos que irão ferir seu coração. Fique com as frases de Matthew Perry, que foram retiradas do livro Amigos, Amores e Aquela Coisa Terrível, publicado em 2022.

Sem delongas…

Tenho medo da minha própria mente; medo dos meus pensamentos; medo de a minha cabeça me incentivar a recorrer às drogas, como já fez tantas vezes. A minha mente quer me matar, e eu sei disso. Sou constantemente tomado por uma solidão sorrateira, uma ânsia, e permaneço apegado à ideia de que algo exterior vai ser capaz de me consertar. Mas eu tinha todas as coisas exteriores possíveis!

Se tivesse que fazer tudo de novo, eu ainda participaria do teste para Friends? Sem dúvida alguma. Eu beberia de novo? Sem dúvida alguma. Se não fosse o álcool para acalmar meu nervosismo e me ajudar a me divertir, eu teria pulado do alto de um prédio aos vinte e poucos anos.

Uma pessoa não pode dar o que não tem. E, na maioria das vezes, pensamentos insistentes surgem na minha cabeça: Não sou suficiente, não faço diferença, sou carente demais. São pensamentos que me deixam desconfortável. Preciso de amor, mas não confio nele. Se eu baixar a guarda, se eu deixar o Chandler de lado e mostrar quem sou de verdade, talvez você me note, ou pior: talvez você me note e me abandone. E isso não pode acontecer. Não vou sobreviver. Não mais. Eu me transformaria em um grão de poeira e seria aniquilado.

A única certeza que tenho é que a dependência química é uma doença e, assim como os meus pais quando se conheceram, eu não tinha chance alguma de dar certo.

Os opioides quase me mataram; a vodca só preenchia o vazio dentro de mim, e, como o vazio continuava ali, algo precisava preenchê-lo.

Quando me envolvo com alguém, preciso ir embora antes de a pessoa me abandonar, porque não sou suficiente e a pessoa vai acabar descobrindo isso; porém, quando alguém não me escolhe, isso é uma prova de que não sou suficiente e ela descobriu. Não consigo vencer.

Quando você chega ao fundo do poço, os dias demoram a passar. Eu não precisava de um Oscar; eu só precisava de mais um dia.

Os homens que eu apadrinhava estavam sóbrios havia mais tempo do que eu. Não é possível oferecer o que não se tem. E eu não tinha nada. Eu me odiava.

Eu me odiava. Quase tinha me matado. A vergonha, a solidão, o arrependimento, era impossível lidar com tudo aquilo. Fiquei deitado lá, tentando lidar com tudo aquilo, mas não havia meios para isso. O estrago estava feito. Eu tinha medo de morrer, e isso ia na direção contrária das minhas atitudes.

A ideia de ser famoso, a ideia de ser rico, a ideia de ser eu — não consigo curtir nada disso a menos que esteja drogado. E não consigo pensar em amor sem desejar estar drogado. Falta em mim uma conexão espiritual que me proteja desses sentimentos. É isso que eu busco.

Essa doença… Aquela Coisa Terrível. A dependência química estragou tanto a minha vida que não consigo nem fazer piadas sobre isso. Ela acabou com meus relacionamentos. Acabou com o processo diário de ser eu mesmo. Tenho um amigo sem grana nenhuma, que mora em um apartamento alugado. Nunca fez sucesso como ator, tem diabetes, vive preocupado com dinheiro, não trabalha. E eu trocaria de lugar com ele num piscar de olhos. Na verdade, eu daria toda a fortuna, toda a fama, tudo, para viver em um apartamento alugado em um programa assistencial do governo. Eu aceitaria viver preocupado com dinheiro se isso me livrasse dessa doença, desse vício.

Eu vomitava atrás de árvores, atrás de pedras, em banheiros femininos. Já ouvi histórias de pessoas que vasculham o próprio vômito em busca de pedaços de comprimidos para tomá-los de novo, mas nunca cheguei a esse ponto. De toda forma, eu tinha o contato de tantos médicos que raramente passava por esse tipo de necessidade. O fato é que eu sempre tinha duas toalhas ao lado do meu vaso sanitário — uma para limpar o vômito e outra para secar as lágrimas. Eu estava morrendo, mas não podia contar para ninguém.

Ninguém tem um problema com a bebida, se cura e passa a beber socialmente. A doença simplesmente volta.

Viciados não são pessoas ruins. Só estamos tentando nos sentir melhor, só que temos essa doença. Quando me sinto mal, penso: Preciso de alguma coisa que me deixe melhor. É simples assim. Eu ainda adoraria beber e usar drogas, mas não faço isso por causa das consequências, porque, a esta altura do campeonato, isso me mataria.

Eu estava perdido. Não havia para onde correr. Sempre que tentava me esconder, lá estava eu. Os alcoólatras odeiam duas coisas: rotina e mudanças. Eu sabia que alguma coisa precisava mudar — mesmo sem ter ideações suicidas, eu estava morrendo —, mas tinha medo demais para tomar uma atitude.

Apesar do que pode parecer, nunca tive ideações suicidas, graças a Deus — nunca quis morrer. Na verdade, no fundo, sempre alimentei um pouco de esperança. Mas, se a morte fosse uma consequência de tomar a quantidade de drogas de que eu precisava, então eu teria que aceitá-la. Meu pensamento havia se deturpado nesse nível — eu conseguia equilibrar essas duas coisas na minha cabeça ao mesmo tempo: não quero morrer, mas, se isso for a consequência de usar drogas suficientes, paciência. Tenho uma lembrança vívida de segurar os comprimidos em uma das mãos, pensar Talvez isso me mate e tomá-los mesmo assim

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