Existem algumas canções que nos fazem ir para lugares que nem sabemos quais são. Essas 5 que trago hoje nos leva para anos/décadas passadas, onde a velocidade do dia a dia não nos consumia e ainda tínhamos todos presentes na mesa para o jantar.
Começando com aquela que faz a gente lembrar de nossos pais/avós.
“Naquela Mesa” ficou eternizada na voz de Nelson Gonçalves, mas foi Sérgio Bittencourt quem escreveu após perder seu pai.
É impressionante o impacto que essa música causa, ainda mais após perdemos alguém. Se você ler esses versos ou ouvir essa canção e não sentir nada, sinto dizer, você já morreu.
Naquela mesa ele sentava sempre
E me dizia sempre o que é viver melhor
Naquela mesa ele contava histórias
Que hoje na memória eu guardo e sei de cor
Naquela mesa ele juntava gente
E contava contente o que fez de manhã
E nos seus olhos era tanto brilho
Que mais que seu filho
Eu fiquei seu fã
Outra de doer é “Lady Laura”, canção escrita por Roberto Carlos.
Essa canção é capaz de fazer quem ainda nem perdeu sua mãe, sentir saudades dela. As palavras se encaixam perfeitamente e é impossível não se emocionar.
Quantas vezes me sinto perdido
No meio da noite
Com problemas e angústias
Que só gente grande é que tem
Me afagando os cabelos
Você certamente diria:
Amanhã de manhã
Você vai se sair muito bem
“Pai“, escrita por Fábio Júnior é aquela declaração de amor inesquecível. Se houvessem palavras para descrever, certamente encontraria, mas ainda não inventaram as palavras para descrever o quão bela essa canção é.
Pai
Pode crer
Eu tô bem eu vou indo
Tô tentando vivendo e pedindo
Com loucura pra você renascer…
Pai
Eu não faço questão de ser tudo
Só não quero e não vou ficar mudo
Pra falar de amor pra você
“Mãe”, do Emicida, é aquela pedrada. Aquela canção pra quem veio debaixo e viu a mãe ser humilhada em vários momentos para nos manter com as melhores condições que elas conseguiam.
A realidade é aquela coisa tão batida. O rico sonha dar tudo pro filho, o filho que é pobre, sonha em ficar rico, pra dar tudo pra mãe.
Um sorriso no rosto, um aperto no peito
Imposto, imperfeito, tipo encosto, estreito
Banzo, vi tanto por aí
Pranto de canto chorando, fazendo os outro rir
Não esqueci da senhora limpando o chão desses boy cuzão
Tanta humilhação, não é vingança, hoje é redenção
Uma vida de mal me quer, não vi fé
Profundo ver o peso do mundo nas costa de uma mulher
Alexandre no presídio
eu pensando no suicídio aos oito anos, moça
De onde cê tirava força?
Orgulhosão de andar com os ladrão, trouxa!
Recitando Malcolm X sem coragem de lavar uma louça
Papo de quadrada, 12, madrugada e pose
As ligação que não fiz tão chamando até hoje
Dos rec no Djose ao hemisfério norte
O sonho é um tempo onde as mina
não tenha que ser tão forte
E para fechar vou com “Muito Orgulho, Meu Pai“, do Gabriel O Pensador.
Essa é aquela composição falando da infância, dos tempos de adulto, da vida. Talvez seja uma das canções que mais retratem o passar indelével dos anos. As brincadeiras, as broncas que se adocicam com as lembranças nostálgicas, a vida vivida em sua forma plena e maravilhosa…
Te vi mais frágil e sério em alguns momentos de dor
E enxerguei no teu silêncio o que eu desfaço em mim
Que é uma angústia que parece que não tem mais fim
E mesmo assim a gente brinca o tempo inteiro
E sonhos os mesmos sonhos abraçando vários travesseiros
Herdei essa mania, também herdei a teimosia
E não me abro com meu velho como eu gostaria
Quando eu me sinto inseguro como um menino indeciso
Pra escutar a voz do pai que dizia “juízo”
E ai? Qual te marcou?
Sigam-me os bons!