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10 Frases de Clarice Lispector no livro “Perto do coração selvagem”

Clarice Lispector foi uma escritora e jornalista brasileira. Um ser que sempre viveu além do seu tempo, neste livro observa-se uma oposição entre a infância e o feminino.

Sem mais, nem menos, vamos as frases…


“Mau é não viver, só isso. Morrer já é outra coisa. Morrer é diferente do bom e do mau.” (Lispector, 1980, p. 48)


“Quando me surpreendo ao fundo do espelho assusto-me. Mal posso acreditar que tenho limites, que sou recortada e definida. Sinto-me espalhada no ar, pensando dentro das criaturas, vivendo nas coisas além de mim mesma.” (Lispector, 1980, p. 62)


“Renascer sempre, cortar tudo o que aprendera, o que vira, e inaugurar-se num terreno novo onde todo pequeno ato tivesse significado, onde o ar fosse respirado como da primeira vez.” (Lispector, 1980, p. 74)


“Seu rosto era leve e impreciso, boiando entre os outros rostos opacos e seguros, como se ele ainda não pudesse adquirir apoio em qualquer expressão. Todo o seu corpo e sua alma perdiam os limites, misturavam-se, fundiam-se num só caos, suave e amorfo, lento e de movimentos vagos como matéria simplesmente viva.” (Lispector, 1980, p. 92).


“Ser feliz ou não ser feliz não teria mais sentido, ser feliz está ligado ao verbo ser, verbo que se traduz numa essência, numa identidade.” (Lispector, 1980, p. 92-93)



“Era sempre inútil ter sido feliz ou infeliz. E mesmo ter amado. Nenhuma felicidade ou infelicidade tinha sido tão forte que tivesse transformado os elementos de sua matéria, dando-lhe um caminho único, como deve ser o verdadeiro caminho.” (Lispector,1890, p.93)


“Uma vez terminado o momento de vida, a verdade correspondente também se esgota. Não posso moldá-la, fazê-la inspirar outros instantes iguais. Nada pois me compromete.” (Lispector, 1980, p. 94).


“Porque recusar acontecimentos. Ter muito ao mesmo tempo, sentir de várias maneiras, reconhecer a vida em diversas fontes … Quem poderia impedir a alguém viver largamente?” (Lispector, 1980, p. 130-131)


“E a mulher que era o mistério em si mesmo, descobriu. Havia em todas elas uma qualidade de matéria prima, alguma coisa que podia vir a definir-se mas que jamais se realizara, porque sua essência era de ‘tomar-se’.”(Lispector, 1980, p. 132).


“Se a educação disciplinar fabrica preconceitos morais e formas padronizadas de conduzir nossas vidas, se ela fabrica nossas identidades, formas estereotipadas de nos relacionarmos com nosso eu, talvez possamos resistir justamente recusando uma identidade verdadeira e única à qual nos sujeitarmos.” (Lispector, 1980, p. 136).


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