Os Rolling Stones (1962) serão lembrados como uma banda a conter um aspecto epistemológico sujo e provocativo em suas músicas, ao qual fazem um forte apologia ao sexo e ao prazer, como forma de alcançar o inexplicável êxtase de transcender tudo o que for possível.
Alias, transcender esse é um termo comum ao Rock levar em suas partituras, tendo um poder provocativo sem limites de contestação, alcunhado na promessa de rebeldia, que faça uma dicotomia vivencial entre o querer e o ter.
Esse dois verbos estão ligados por uma transitividade, de atitudes pelos quais, o amor não é uma única forma de expressão, e sim uma contagem para lavrar os estímulos mais promíscuos do ser – humano, sendo construído como um “licor”, de atividades mentais que venham explanarem, uma humanização de vaidade, pelo qual cada um de nós passa, realizando uma arte que faça do pecado uma maneira de sobreviver, diante a ordem discursiva opressora, que já ao possui mais sentido nenhum de existir.
Sua história é marcada por megaconcertos como também por um notório seixo de criticidade em sua falta de constância a manter padrões ontológicos que pudessem submeter uma contradição de rebeldia impura, no universo musical causando repulsa e ao mesmo tempo admiração.
Mas Brian Jones (1942 – 1969) protagonista principal de “Stoned” foi uma mescla psicológica, de buscar nas drogas, um modo de inspiração, diante a ter que constantemente desafiar a morte.
Em uma de suas principais os Stones compuseram, Sympathy For The Devil lançada no efervescente ano de 1968, um ano antes de sua morte, é uma exemplo de marca rebelde, de um desafio cultural constante diante o tradicionalismo de instituições políticas e civis, vistas como um atraso e retrocesso para os cumprimentos e vivências de configurar um “Rock”, que pudesse traduzisse no balançar alucinante de corpos juvenis, a procura de seu “nirvana pessoal”, salientando que os tempos nostálgicos de romantismo burguês estavam se modernizando e novos gritos de insatisfações estavam por virem.
Em uma época onde Beatles (1960 – 1970), The Who (1964), Pinky Floyd (1965 – 2014), começariam a disputarem, status e glamours em torno de como chegar a um público jovem carente de direção sociopolítica, havendo as marcas do Totalitarismo de Hitler (1889 – 1945), e que amargava o hermetismo do Bloco Socialista Soviético com alcunhas intransigentes “Stalinistas”, e um Capitalismo de Mercado avassalador, modernizando-se abruptamente e tecnicamente, deixando um tédio existencial para a classe média com um solavanco de patifarias modernas, fez a música tinha ter um interesse aquém do mercado, trazendo um pouco de alegria e contestação para as pessoas mais simples.
Se bem, se pensarmos dentro da história de vida dos Rolling Stones, seus membros são polivalentes a inventarem diante o espaço necrófilo do show business, contendo uma imagem autodestrutiva em se aproveitar a vida como bem entendesse sem dever explicações para ninguém, explanando artifícios, para construção de arquétipos, em realizar um movimento estético que não ficasse somente dentro de um público específico em se agradar.
E nesse ponto propedêutico de elevar o padrão cultural para as classes “mais baixas”, passando do Rock romântico, embalado com melodias, de indignação em relação ao conturbado período histórico dos de 1960, ao qual o abuso de L.S.D e com a companhia de muita loucura na busca de algum sentido espiritualista e psicológico, que colocasse as pessoas em um alerta, para o cataclisma do medo de uma era nuclear que não encontrava mais subterfúgios a uma vivência efetivamente elitizada e de certa forma “careta”.
O Black Sabbath (1968 – 2017) abriu as portas de uma letargia quanto a simetria propagandista dos músicos com a máscara de bons moços, levando um satanismo não proclamado para a música, evocando confrontos metafísicos, como também para os perigos da Guerra como um vetor de julgar o cânone de preservação da cultura humana.
O Led Zeppelin (1968 – 2007), cresceu em uma busca incessante por questões espirituais, que fizesse a transcendência do real, para um abstratismo que não ficasse imiscuído, a um fator de ontologia que levasse a um tecnicismo crescente de conjurações quanto a qual realidade se viver, passando por entre todas as visões de mundo, realizando a procura moral particular de cada pessoa.
Passando para o The Who (1964), que com sua “Ópera – Rock” realizando um espetáculo, que continham na performance de Roger Daltrey (1944) junto com a psicodélica da guitarra Peter Townshend (1945) e a bateria de Keith Moon (1946 – 1978), uma poética musical de dar uma elevação realística de características vitorianas para o Rock.
Já os Stones, a ideia de transgressão do comum era muito forte o que é evidenciado pela interpretação, de Leo Gregory (1978), que uniu um posicionamento interpretativo de sedução com uma razão em fazer da música um sentimento de percepção diante a fenomenologia da morte que praticamente acompanhou os grandes astros, seja pela sobriedade em ter que suportar uma fama que se transforma em adulação, ou levando seu “Eu” ao desgaste em usufruto da Indústria Cultural que faz a deterioração dos seus aspectos psicológicos, em labor de uma dor sem limites, a se pagar pela fama.
Leo Gregory fez um Brian Jones, que além de possuir o vício, continha um romantismo nodal que lograva pelo gosto taciturno, de uma música que não fosse somente o compor, e sim fazer das dores e do pessimismo, um traçado para se chegar a uma filosofia social interrogando de qual mundo realmente estava vivendo?
Vivendo ou vegetando, dentro de um mau humor “schopenhaureniano”, querendo gritar a percepção de um ego atormentado, por um sucesso, que o fazia ser o desejo sexual a ser consumido ardentemente, nas estripulias de um pensamento psicanalítico dentro de ideias alucinadas, mas com realidades transcendentes com o toque “libido – científico” de Wilhelm Reich (1897 – 1957).
O sexo e as drogas, não foram os únicos caminhos de indignação na tempestade da quebra de tradicionalismos que os Stones fizeram, mas sim colocaram um cânone do sujo e do indecoroso como uma maneira de enxergar o “mundo”, através de uma ordem de produção musical cambaleante em suas partituras, que no caso tinha seu sentido de existir, e ao mesmo tempo coibir e denegrir a caretice de uma moral cristã – anglicana e conservadora inglesa, que mantinha a integridade aparente, de estar tudo dentro da normalidade.
Usando de Reich ainda, misturado ao fervor do Rock com o calor da Revolução da Cultura e Liberdade Sexual, os Rolling Stones mesmo depois da morte de Jones, não encontraram a satisfação que tanto faz jus a uma loucura artista que se entrega ao trabalho criativo, que possa tanto elevar um sexo libertário, não somente preenchido pela cópula, e sim como forma de ver o mundo em toda a sua intensidade tendo uma visão holística, que faça dos exageros um pouco de temperos, para criticar o mundo, que se destruía “maieuticamente” pelos tambores da Guerra Fria (1945 – 1991), mas que também ferveu com a ascensão da “Cultura Pop”, para sacramentar as drogas e o prazer desenfreado como forma integração do mundo.
Jones tinha no mundo multi-instrumentista um sentido para orquestrar a anarquia de crescimento do amor universal, tendo um canto que causava terror, diante o tradicionalismo de uma sociedade industrial que estava presa ao modelo de família nuclear em uma espacialidade artística, a alcançar o reconhecimento cultural necessário entre os protagonistas intelectuais, mas também fazendo da autodestruição, uma educação de realizar na música, um utensílio de subjetividade, que no prazer desvairado e psicótica, continha a mensagem de carinho pela humanidade.
Parafraseando com contemporaneidade, Jones foi um dos “mestres de marionetes (Master Of Puppets – 1986) ” da, usando titulo da canção e álbum da Metallica (1981), para sacramentar uma morte, que fez vida, através de comportamentos destrutivos, ganhando um humanismo, para nominalismos integrando uma renuncia das vontades, em se possuir, uma interferência mental direta, na consciência alucinante, de uma juventude que já estava morrendo, antes mesmo de alcançar a contestação e a loucura.
Na sanha de influenciar bonecos, que fizeram do suicídio uma droga a ser disseminada, não para sair da realidade, mas sim para uma comiseração de arte hibrida, a deixar-se atrever para uma elaboração política, de fazer da sociedade civil, um eterno palco de indignações, diante a métrica de uma música que tinha perdido sua capacidade de elevação da indignação.
Assim sendo a criação estética de Jones, está ovacionada, em unir o amor pela arte, com uma pitada excessiva de prazer, em torno do ter capitalista, fazendo da acumulação de capital, segundo o pensamento Martin Heidegger (1889 – 1976), eleva uma “propulsão de uma sensibilidade tanto negativa como positiva, mas que possua sempre uma razão matriz para a sua erudição”.
Mesmo contendo preceitos históricos que se assemelhavam a outras bandas de Rock, os Stones são tratados como um sentimento musical único, que busca no proibido e no desvairado, uma similaridade para sua construção intelectual, que possa todos os sentidos de uma sonoridade, que faça uma violenta explanação de um a história do presente, que trace uma indignação quanto a um vetor de lutas de classes artísticas sagazes, em torno de um “terror em quebrar” nichos de uma ideologia, que viesse a diminuir a importância de uma consciência focada na arte questionadora, que produzisse efeitos de uma cartasis de contradição, na crença de uma criatividade que pudesse tanto ser destruidora como construtora.
Angariado a cocaína as “Pedras Rolaram”, tanto para uma contestação dos valores, em uma época marcada pela fervura do pensamento “fraterno – corporal” de Herbert Marcuse (1898 – 1979), fazendo a mistura entre o “sexo e atitude intelectual”, saindo de uma mecanização quanto a se enxergar um viés de cultural que pudesse tanto ser um arcabouço de um amor pela humanidade, saindo de um estereótipo antropológico, quanto a se redescobrir-se como uma porção de “tempo”, que faz do Rock a própria encarnação do diabo, diante sua tessitura de contestação avassaladora.
Se “pensarmos em mente, com um acréscimo do ‘lacanismo” e seu caos linguístico, o Rock faz da comunicação, o signo de um amor agregado a uma vontade de libido descompactada no assédio do tradicionalismo e conservadorismo unidos em uma mesma prospecção de vida.
A Inglaterra passava por um período de reconstrução após a Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945), e de também se posicionamento de liderança na Geopolítica Planetária, quanto conter e entender o processo de descolonização de algumas de suas colônias, como também na luta interna partidária entre “trabalhistas x conservadores”.
Devido a sua representatividade com as classes menos favorecidas, os Stones continham uma inteligência onisciente, que criticava a Monarquia, que usa da “Tradição Histórica de transmissão do Poder da Coroa” para se conservar no trono, extenuando a repressão da rebeldia de expressão de visões do mundo, que não estiverem alinhados com seus interesses.
Já os tabloides sensacionalistas, encontraram nos excessos dos futuros ícones do Rock, um exemplo de elevação das suas vendas, deixando uma marca de indignação perante artimanhas musicais que procuravam uma intersubjetividade, para se chegar ao um pensamento político que fizesse da destruição do “status quo eloquente”, de uma historicidade, que levasse o orgulho nacionalista inglês, para os mais necessitados e famigerados, reunidos por uma hipocrisia institucional monárquica perdida em seus rituais reais, de ostentação tanto de poder financeiro como cultural.
Talvez o exemplo mais forte de resplandecer uma moral política beirando quase a plena “inconstância de estabilidade social” alijado perante a máxima “maquiavélica”, “para se ter paz, prepara-se para a guerra”, esteja auscultado no trabalho dos Sexy Pistols (1975 – 2008), e seu Anarchy in U.K (1976), fazendo uma musicalidade, que beirava quase a profanação e a humilhação diante um fortalecimento do Capitalismo da Rainha, que minava a capacidade de criação e assimilação de um pensamento filosófico – político – cultural que não reproduzisse somente o erro das pessoas, como galanteio mentalista de apresentação das injustiças humanas.
Para uma singularidade empírica de documentação histórica, contendo material dialético quanto as suas proporções sociológicas, de composição e mensagem intelectual, os Stones, tinham em Jones um compêndio perene entre a genialidade e promiscuidade, tendo na inconstância comportamental de seus membros, seria sua marca gestual registrada, como sendo como um condicionamento de conduta, que para se chegar ao sucesso, os excessos sendo formas psíquicas não exclusivamente de um psicologismo maligno, mas sim um ataque direto a uma humanidade que estava perdendo o seu gosto a experimentar “o novo e o proibido”.
Jones usou do “amor – esquizofrênico, para extenuar”, que nem todos os “eus te amos”, são verdadeiros, contendo no proibido, uma marca, do inconsciente trazendo a tona, mentes envolvidas a novos estertores de vícios quanto a se compreender e entender, que para oferecer uma cultura hibrida que fale pelos mais necessitados, é preciso chegar algumas vezes ao fundo do “poço”, pelas quais, suas marcas transcendem o suicídio, sendo um repleto desfiladeiro de atitudes populistas de astros falsificacionistas quanto à conservação de sua saúde mental lúcida.
Georg Lukács (1885 – 1971), fez do marxismo – cultural um forma de indagação intelectual atrevida, para se fazer representar diante o flagelo dos mais necessitados, colocando que “tanto o romance burguês como um anúncio do seu modo de vida elitizado”, continha na hipocrisia de suas repetições ritualísticas e gentílicas, um símbolo de angariação social e identidade moral própria, o que em uma comparação com o pensamento com o crítico musical Paul Friedlander (1882 – 1968), faz, o Rock “uma conjunção questionadora de todas as frustrações humanas, estando dentro de um ritmo ambivalência de como se perceber, perante um mundo que já não conseguia mais se reinventar, diante suas derrotas morais e intelectuais”, mergulhado, em uma busca ativa de encontrar algum caminho que possa juntar em um mesmo escopo analítico a questão de uma “narrativa musical”, que estava entrelaçada em uma questão de poder tanto artístico como financeiro.
Regrada a uma disputa pessoal entre Jones e Mick Jagger (1943), o filme transmite uma mensagem provocativa, que para o traço de se alcançar o sucesso, um pouco de guerra de ego extasiados, se faz providencial, para se chegar a um insight consciente de como dentro de conjecturas de um inconsciente coletivo de dormência quanto a perceber o outro “outro” em sua arte subjetiva, que venha, não unicamente trazer a (des)humanização da música e sim um caminho para o existencialismo de sentimentos que segundo Ortega Y Gasset (1883 – 1955), transponha “ a humanização do artista, e sim produza efeitos misturados entre os mais diferentes pontos de sentimentos do fator humano”, elevando um crescimento sem lamento para uma lapidação e aperfeiçoamento psicológico que “seja” seu enobrecido por diletantes cunhos para uma enunciação da contracultura dos anos 1960.
A imagem de rebeldia descabida seria uma das marcas mais fortes do marketing, que faria os Stones um negócio rentável.
Se Jones foi agraciado a certo limbo purificador de sua dor perante a explosão comercial de banda desvairada, a base de seu engrandecimento e fortalecimento, estava anexada, para um atrevimento em se fazer do uso das drogas, não somente uma marca registrada do Rock, e sim um sentido em e viver, sem se distanciar plenamente, para se chegar ao topo de um alucinógeno cabido de lógica da autodestruição seja mais viável.
É inegável dizer que o filme é tendencioso e sugere o seu assassinato, mas dentro de suas características, está investido na exploração que a indústria artística promove, exigindo um trabalho que ultrapasse o limite de descanso biológico dos “astros”, indo para uma destruição do seu extinto de sobrevivência quanto o grau de importância de se respeitar o tempo de cada um, sendo um abuso quanto os diâmetros de renovação e criação do seu trabalho intelectual e artístico.
Muito desses fatores históricos evidenciam uma forte exploração das empresas quanto ao respeito ao “tempo de recuperação do artista”, levando para uma aglutinação de elementos biogenéticos quanto à produção de novos elementos dedutivos e intelectuais que não visem exclusivamente ao meio mercadológico para uma aglutinação da política, que esteja submetida à música como elemento de contestação, no traçado metodológico, tanto de provocação, mas também que estrangule a capacidade somente de ouvir as notas sem ter uma gestão de promoção para a ação.
Uma ação, ao qual segundo M.D Magno (1938), “seja uma vantagem tanto para uma criticidade como para a intelectualidade”, mas sem agressividade de pertencimento a alguma Ideologia que anuncie “normas”, ou “regras”, que estejam na hipocrisia de lançar alguma moral que não contenha um claro potencial espiritual.
Sendo assim os Stones, inauguraram segundo o ponto de vista do, observador lúcido, um estilo de ritmo musical, que exorta o sexual, mas que está alinhado, quanto ao questionamento de valores, no sentido de uma “filosofia do amor – livre”, que na satisfação do corpo, alcance a realização de todas suas faltas e carências, ao qual Janis Joplin (1943 – 1970) “encarnou uma música com volúpia, mas também com forte prevaricação, mas com ebulição a sentir todos os prazeres possíveis e impossíveis”.
A criatividade musical, a serviço dos alicerces, para deslizes de autoconhecimento quanto o afastamento de um amor pela humanidade, normatizando o sentido da morte, como algo natural par se alcançar o topo do estrelado.
A carne sendo consumida pelos excessos até chegada de uma ontologia em não perceber mais a própria flagelação, sendo assim a juventude, um torpor para se conhecer a dor, em compor o amor sem atrever a elixir um seguro compêndio quanto as argúcias de uma didática da vida que possua na sua preservação, algum caminho, para seus prognósticos quanto o que seria certo e farto quanto a conter todos os excessos e prazeres.
Jones fez da música, um tormento quanto a uma tessitura que contivesse uma história de vida que fosse concatenada com a vontade de chegar ao topo, mas também evidenciando um cunho filosófico ao qual a arte possa chegar a sua redenção como artimanha de horrorizar e também impressionar, bebendo ambas o néctar, da transgressão.
A transgressão filosófica que ovacione realizar na individuação, um prognóstico, que seja não somente a ceifação do biológico, e sim uma zétesis do amanhã não estando muito inserido dentro da vida regrada de um roqueiro as quais os excessos, são uma marca de comportamentos que estejam compactuados a uma tangente de sincope de uma paixão pelo desconhecido que possa ser querido, em volta da solidão da criação artística, entrevendo processos psicológicos que não sejam lógicos, na procura de si mesmo, fugindo de uma filosofia de conduta de aceitar tudo, como uma idiotice mórbida que fazem serem antagônicos ao comum, sentimentos que prezam por uma inteligência da acumulação de “capital e moral”, que cresçam, em um profissional que não seja igual aos outros, mas sim uma corrente de talento que não seja amparada para uma absolvição dos pecados em ousar machucar, uma razão doentia de egoísmo e de poética de se conformar com tudo e todos.
Sendo assim o Rock, uniu a rebeldia de pessoas quanto a remover a humanidade do ódio de uma doutrina que lança o “amor”, sendo algo ou uma característica humana que possa ser trocado a qualquer momento, no momento de um anuncio que o “agora” angaria andrógenos artifícios para uma burocracia de relacionamentos humanos que seja claro e enriquecidos de importância quanto a presença do próximo.
A música se confunde com o cinema, na transformação dos sentidos, e em uma mentalidade que venha a introduzir caminhos de uma liberdade intelectual que não esteja somente preza aos vícios desse “mundo”, e sim usando das palavras de H.P Lovecraft (1890 – 1937) “chegue aos fantasmagóricos caminhos da mente”, mas que não haja confusão com a loucura, e em ser louco.
Na ousadia em se conhecer a percepção de sua psicose intelectual, está um excelente traçado para a neurose de fugir de atributos que agastem um comportamento que se destine a um destino incerto quanto a uma estilística de trabalho artístico que esteja somente percebido como uma forma de colocar todas as frustrações para fora, e sendo assim um sacrilégio histórico para que o público aplauda o que tem de pior em cada “Humanismo Obscuro”, e que seja posto a prova tanto para alegrar ou a alertar que seus interlocutores, quanto os perigos de excessos, tanto de fama como de poder, levando uma autodestruição crônica.
Sendo assim Jones, em sua misteriosa passagem para a Companhia de Asrael, estagnou a empatia da música de contestação quanto antagonicamente promoveu rebeliões, da manifestação de “amar inconsequente”, sem precisar se matar, indo contra o tecnicismo mórbido de produção da “arte”, que não possa conter um impacto tanto espiritual como carnal.
Em sua carne a insatisfação, fracionou uma ética de promoção da emoção sem ter na destruição, uma formação mental, de que para se caminhar nas sombras do esquecimento, se precisa da luz da fama.
Tanto o cinema, como a música fizeram dos Rolling Stones uma rotação constante de depósitos bancários milionários, assim como Brian Jones se tornou uma penumbra da falsa felicidade que o sucesso pode trazer, se não conter nos excessos, uma prudência de saber conhecer que em cada amanhecer, uma nova pedra de indignação e satisfação rola pelas montanhas da vida.
Que seja sempre atrevida, e não imerecida cada rolamento de pedregulho, mas que sempre faça o barulho do Rock, ecoar pela eternidade.
Dados Técnicos.
Stoned – A História Secreta dos Rolling Stones
Filme de 2006, com 1 hora e 38 minutos de duração.
Direção: Stephen Woolley
Elenco: Leo Gregory, Ben Whishaw, Luke de Woolfson, Monet Mazur…
Comédia Dramática | Inglaterra
Sinopse: Brian Jones (Leo Gregory) foi da ascensão à ruína em apenas 7 anos. Entre 1962 e 1969 ele se tornou uma lenda da música ao ser um dos criadores dos Rolling Stones, uma das maiores bandas de rock de todos os tempos. No auge da fama, Jones se rebelou contra tudo o que o cercava e passou a se dedicar ao cinema e à música étnica no Marrocos. Até ser encontrado morto na piscina de sua casa, sendo supostamente vítima de afogamento acidental devido aos efeitos do álcool e das drogas.