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Opinião com Café | Antes de Watchmen: Rorschach

Descrição: Lee Bermejo é quem desenha essa HQ que se dividi em 4 partes, nela Rorschach é apresentado com sua violência característica, mas acaba descobrindo que Nova York esconde coisas muito piores.

Roteiro: Brian Azzarello.

Opinião com Café.

A história se divide em 4 partes, mas irei comentar ela como um todo, de forma rápida e concisa, pois infelizmente a HQ não chega nem perto das grandes histórias de Watchmen.

Quero começar falando da parte boa da história, ela tem nome e sobrenome, chama-se: Lee Bermejo, o desenhista se destaca, o realismo e a qualidade com que ele desenha as cenas são impressionantes, mínimos detalhes são expostos, e toda forma sanguinária com que Rorschach trabalha também é feita com o maior zelo, dá gosto de apreciar os traços de Bermejo.

Quando falamos de Brian Azzarello, o mesmo roteirista da HQ do Coringa, falamos de um roteirista que infelizmente não conseguiu dar o seu melhor para a história, ela é rasa e em vários momentos confusa, mas não deixa de ter alguns diálogos interessantes e um nível de agressividade bom.

Rorschach não é explorado como deveria ser, não temos uma história em torno do grande anti-herói que ele é, Walter Kovacs é “jogado” na história, junto com seu diário e sua sede de vingança.

Cuidado! Spoilers!

Ele procura “Carne Viva”, um bandido que agência garotas de programa, mas uma coisa chama a atenção nessa caça, a fragilidade com que Rorschach aparece, ele cai em duas emboscadas totalmente toscas e, para piorar, ele quase é morto em ambas.

Arte: Lee Bermejo

A primeira emboscada me irritou um pouco, quando nosso anti-herói é capturado, ele é espancado e fica em um estado de semi-morto, mas ninguém tem a capacidade de retirar a máscara do Rorschach para conferir sua verdadeira face.

A beira da morte, e todo desconfigurado, Rorschach é levado para um hospital, sem seu consentimento, lá ele fica durante três dias tomando soro e se recuperando, e quando finalmente está “curado”, retorna em plena luz do dia para atacar “Carne Viva” e seu bando.

Novamente ele é capturado, porém dessa vez ele é amarrado em uma cama e nesse ponto Brian Azzarello estraga uma história que já era cheia de furos. Rorschach está amarrado, pronto para ser morto, mas ele escapa sem mover um único dedo, tudo porque um tigre aparece no apartamento e ataca os capangas que o tinham pego.

(Não, você não leu errado, um tigre surgiu e “salvou” o Rorschach.)

A história não acaba aqui, infelizmente.

Travis Bickle, taxista do filme Táxi Driver, fez breve aparição na HQ.

Paralelamente existia um serial killer, chamado Bardo, que matava mulheres, durante o decorrer desses ataques e fugas, Rorschach sempre se encontrava com uma garçonete chamada Nancy, e quando nosso anti-herói foi capturado pela segunda vez, ocorreu um black out em Nova York, com isso uma onda de assaltos inimagináveis ocorreu, e a garçonete que sempre ajudou Walter teve sua garganta cortada, mas não chegou a falecer.

Lógico que depois da fuga milagrosa de Rorschach, ele foi atrás do Bardo, bandido que quase matou “sua” garçonete.

E assim acabou uma história mal escrita e confusa.

Nota 5.