Espaços vazios
Pelo o que nós estamos vivendo?
Lugares abandonados
Eu acho que nós sabemos o resultado
De novo e de novo
Alguém sabe o que nós estamos procurando?
Outro herói
Outro crime impensável
Atrás da cortina
Na pantomima
Segure a linha
Alguém ainda quer ela?
(Queen – The Show Must Go On – 1991)
Um Grito de Liberdade reúne características epistemológicas, de luta silenciosa contra o racismo institucional, que está escondido a cada discurso, de igualdade, que não prega igualdade, usando de artimanhas sociais e artificiais, para apresentar uma massificação de direitos, aos quais ao se esconde uma sociologia do poder que promoveu uma morte miserável do pensamento filosófico limitando anúncios de plena sabedoria e discernimento intelectual.
A história de Stephen Biko (1946 – 1977) coloca a margem um cinema tendencioso em levar quebras de uma estética pelo qual a luta por igualdade fique sancionada a um diâmetro psicanalítico, de estimar a tolerância, defronte um sentimento europeizado de estar como um detentor a dar as cartas diante um plantel político que não esteja comprometido com as relações internacionais de áurea helenística, em promover pleitos claros de diálogos entre as diferentes etnias.
Biko diante um Apartheid, como uma inércia moral em levar mudanças claras para uma história que não seja submetida, somente ao domínio branco, teve diante seus últimos suspiros a negligência em promover uma comunicação que fosse levada como fervor suplício a esclarecer atos de insubmissão do Estado Sul-Africano, em reconhecer que suas mazelas burocráticas, estavam no temor de mudança que entorpecesse, um passado colonial subestimado pelo Império Britânico, e com uma pitada holandesa, em prevalecer com um imaginário popular colonialista ao extremo.
Denzel Washington (1954) interpretou uma ontologia individual, fazendo da arte de atuar, um sepulcro de todas as dores, de uma segregação racial que submetesse a destruição do lúdico hermenêutico de vivencias, florescendo o animalesco, como algo natural.
Não se trata somente em promover a liberdade étnica, e sim a integração de fatores humanísticos, que não façam divisão entre uma antropologia, que coloque os seres humanos um na frente do outro, gerando um grau de violência, onde a arma linguística para combater a opressão, seja conformada com um arquétipo historiográfico de confronto insano de um povo pelo outro.
Na fenomenologia de uma assistência a fixar uma consciência intelectual, que possa advogar normas de se enunciar, diante assombrosos, persecutórios de ativismos que não estejam ao sabor de um eterno vitimismo, a África teve ao longo do século XX, um imerso de distensão da ação em promover didáticas do crátilo, para a construção de uma cultura pop, a usar do entretenimento como uma maneira de denúncia do ostracismo comovente, diante a globalização, sendo colocado de maneira técnica como um ambiente inteiramente talhado no medo.
Diante o assassinato de Biko, e a denúncia feita por Donald Woods (1933 – 2001), (Kevin Kline – 1947) a argúcia e oração da aflição onde grande parcela da população era conduzida, defronte a insatisfação de novas regras e ditames políticos tenebrosos a democracia representativa, que fossem conduzidos, a uma impactual “individuação ética e respeitosa”.
Peter Gabriel (1950), em canções como In Your Eyes (1986) fez é uma homenagem indireta a Biko, que também fez uma melodia que leva seu nome, fez da música pop uma terapia contra a divisão de partículas humanísticas arbitrárias, que pudessem conter o desejo de estar na sublevação da indiscriminação, de uma luta de classes ingrata, em conter um peremptório a destruição do “belo”, em estar agrupada em torno de um mesmo espaço, a chancela de imbuir questionamentos contra o racismo já em sua melodia, “Biko (1980)” faz uma abordagem ativista direta, demonstrando a brutalidade do racismo, tendo o sangue do ativista como partitura em sua letra política.
Um racismo que segundo as palavras de Florestan Fernandes (1920 – 1995), faz um “estereótipo de reducionismo do sentimento da educação como arma de ascensão do homem”, já que diante uma imagística negra de opressão, está escondido uma valorização de sua cultura específica, e de suas tradições diante a necessidade de se colocar, argumentos para a compreensão diante atrocidades raciais polivalentes em reinventar suas ações.
O próprio Denzel Washington interpretaria Malcolm X (1925 – 1965) em filme (1992) de Spike Lee (1957), colocando um toque de radicalismo, em como se combater com a mesma moeda, ação discriminatória, endeusando práxis do recrutamento de uma lógica estilística de manter, a dignidade povo negra, diante os ensinamentos muçulmanos, em direta afronta, contra o tradicionalismo cristão – protestante estadunidense.
Joel Norst (1950) em seu livro Mississipi em Chamas (1989) salientou o poder da Ku Kux Klan, e depois sendo levado ao cinema por Alan Parker (1944), contendo Gene Hackman (1930) e Willem Dafoe (1955), como protagonistas, expôs uma formação de intolerância e de transfiguração macabra dos direitos civis, em que a luta por igualdade, estava regrada a um banho de sangue jocoso miserável, não havendo espaço para miscigenação, e tão pouco para a formatação de adereços historiográficos que colocassem as pessoas em um mesmo campo de atuação sociopolítica, na exclusão predatória que era o Sul dos Estados Unidos.
Em outra obra cinematográfica, também com a participação de Denzel Washington, em “Tempo de Gloria” (1989), na luta do Norte contra o Sul, revela o tratamento ultrajante dos soldados negros (sendo os Confederados, contendo bases informativas contra a Escravidão), perante o restante do corpo da nação, gerando intrigas entre os oficiais, ao qual Matthew Broderick (1962), se apresenta como um militar tendo ideias diacrônicas contra o tratamento, auferido, aos seus subalternos.
Morgan Freeman (1937), que integrou o elenco do filme, anos depois diria publicamente que falar de racismo “já seria indiretamente uma forma de discriminação”, mas usando do Direito e da Literatura, John Grisham (1955) evidenciaria a imparcialidade das leis dos Estados unidos em Tempo de Matar (1989), onde a justiça não se faz cega e sim condiciona modos de tratamentos, diferenciados quanto à etnia de cada pessoa.
Samuel L Jackson (1948) participou de sua adaptação cinematográfica (1996) dirigido por Joel Schumacher (1939), que faz justiça com as próprias mãos diante a negligência de um julgamento tendencioso diante o abuso cometido contra sua filha por “brancos da elite”, se torna alvo de uma incredulidade de conduta vitimista, formada nas redes segregacionistas da Klan, que mostra seu poder de influência ao intimidar juízes e jurados quanto à forma de conduzir o seu processo.
Dentre as características de luta por liberdade, respeitando os espaços geográficos discrepantes, Biko, é um mártir, de que não haveria os comprometimentos de aceitação, em admoestar um cinema, que estiver, clamando em demonstrar liberdade, quanto um inconsciente imoral da arte, na objetiva evolução que ela está no diâmetro maiêutico em estar condenada, pela indução de um falocentrismo de indiscriminação, quanto à pureza, de construção de ideológica, que não estivesse um aspecto de luta política, que estivesse nos ditames civilizados como algo natural das pessoas.
Ao relatar a fragilidade das pessoas, Biko faz do Bantustão um sentimento de indignação, que o nascer negro é um sinal natural da inferiorização, na simetria de identidade, oportunista de uma mente que possa conter um calibre de purificação, entre a discriminação e o preconceito.
Dentro de uma discussão filosófica, o discriminar, não está no sentido de classificação racial, e sim a eliminação, de atitudes em realizar integração entre os povos, que diretamente elimina os preceitos da O.N.U, de submeter um sentimento político de respeito por arquiteturas sentimentais, de uma organização de união tanto entre negros e brancos, quanto a combater a ideia de pureza étnica, que não leve em seus anseios de arregimentação teórica e prática, desígnios de uma evolução bioantropológica, que faça da questão da raça, somente um prelado de designação gramatical, não gerando, uma apuração mental de divisão e consternação.
Quanto à concepção de preconceito, está um cabido que segundo Frantz Fanon (1925 – 1961), “envolve uma conscientização da razão, em se conter um arsenal intelectual, para a percepção, a perceber a fragilidade da negritude”, partindo para uma emancipação, ao qual a população negra compenetre no sentido factual, de uma igualdade, de lutar contra o extermínio de sua condição animalesca, andando para uma subjetividade, de disseminação da formação de um “eu”, que se faça presente na história da humanidade, aquém de características faciais, possuindo uma gama de extenuar, a admiração por si própria, e que também entenda que os efeitos da escravidão, não foram exclusivamente feitos contra seus membros, e sim é algo que acompanha o mundo há tempos.
Em nosso tempo histórico atual, George Floyd (1973 – 2020), diante a brutalidade de um Estado Policial, contendo o escrutínio esquizo-capitalista do governo Trump (2017 -2021), submetendo as lembranças, de que para se falar em igualdade, primeiro temos que praticar a igualdade.
O grito silencioso, de ter sido asfixiado, por membros do Aparelho Repressivo do Estado é um caminho de alerta aos quais, inconsequentemente, mesmo que não falamos de achismos de indignação, como uma maneira de não expor nossos sufrágios de compaixão, faz a destruição da ética moral, com um espiritual, que esteja comprometido, para um multiculturalismo, que esteja atravessado, somente como métrica de doutrinação educacional, mas que possa agir como um comprometimento real da sociedade civil em se colocar ideologicamente, como detentora de diversas formas de mudanças nos paradigmas, de como entender e compreender o racismo.
Não se trata mais de um “racismo científico”, feito a base de deturpações evolucionistas, submetidas a Charles Darwin (1809 – 1882) ou Gobineau (1816 – 1882), mas sim no cinismo em se pensar que tudo está bem e zeloso de respeito entre as pessoas, e sim que fatores linguísticos incorporados, na essência de um tempo constitucional que possa levar para a destruição de sentimentos burocráticos, de uma aventura dialética, que não veja as diferenças, mentais, culturais e espirituais que cada povo possui.
O cinema nas palavras de Eisenstein (1898 – 1948), “tem a elucubração da provocação como uma forma de se entender a realidade”, de maneira transversal os vícios dos racismos, excomungam, um falsificacionismo quanto a compreender, o que se faz universalmente, como algo que exemplifique ditames de uma propriedade intelectual, que considerou, um espiritual, que veja que as diferenças, não são indiferenças.
O cinema como um artifício de luta, para a construção de um mundo melhor, mergulha para uma recepção de um plantel artístico, que esteja com pensamentos miméticos, em provocar um choque, entre o que faz uma inspiração para reger suas cores, como uma maneira de dimensionalidade filosófica, para um tempo que construa as intermitências, para uma maiêutica do político, como instrumento analítico, para esvoaçar as geométricas características de uma organicidade de conhecimento que faça todos iguais.
Na Antiguidade, o pensador Epiteto (50 – 138), construiu um caminho de denúncia contra o Império Romano, e as interpretações denegridas quanto a uma enormidade de injustiças, diante a sua origem escrava, colocando-se dentro de um sentimento comensal de destruição de sua identidade cultural.
No racismo da contemporaneidade, até mesmo Voltaire (1694 – 1778) alertou para, “um alarde cultural do ocidente, que fazia da exclusão, algo natural, para aquele que não estava no cotidiano da maioria das pessoas”, o que eleva um caput, que para a aglutinação da igualdade, está engatilhado, comportamentos automáticos, em se compreender o que é ser diferente.
Os flagelos aos quais o Nazismo traçou, uma poesia de intimidação, em aniquilar as características individuais, de cada civilização considerada impura, desvinculou um atrevimento, de colocar várias etnias em um mesmo espaço, quanto as suas vivencias e experiências.
De uma maneira empírica, “a fabricação da exclusão”, passa pela necessidade de luta, em projetar a anunciação da escritura ativista e de um diálogo, que se comprometa ao rompimento de fúrias, para uma respiração da inferioridade, tanto espiritual, quanto para a interrupção de ornamentar, uma conciliação que possa não conter um traçado de lutas de classes, para a anunciação de signos, de um autoritarismo execrável de tendências homicidas a um Estado, que faz da divisão populacional, seu viés, de atrevimento uma casuística de leis em justificativas, para exterminar uma comunhão entre irmãos.
É curioso que dentro da trajetória artística de Washington, alguns de seus papéis com características ligadas a questões raciais, (Soldado Trip em Tempo de Gloria, Biko e Malcolm X), meneiam a exclusão como um incentivo para arquitetar, novas dádivas, para o desenvolvimento de uma história que veja a luta contra o racismo, não como audácia psíquica, mas sim como uma seriedade metodológica, que tanto, militarismo e civismo, são processos para a obtenção de confluências intelectuais para a solidificação, de bases igualitárias, que atravessem tanto os cunhos da paciência, mas tendo a decência de saber respeitar as diferenças genéticas e étnicas de cada um.
Biko pode ser caracterizado a exemplo de George Floyd, como uma alerta para o despreparo, que boa parcela da humanidade, tem em aceitar a integração, sendo algo que fique dentro de alcunhas das palavras, e não possui uma veracidade clara, que faça um mecanicismo de quânticos questionamentos que não tenham, a crítica de levar uma onda de indignação, que não fique somente aos holofotes da imprensa sensacionalista, mas sim que realize através das “imagens em movimento”, “uma nova escritura fílmica como enxergar a humanidade através da realidade construída diante as limitações morais”, como pensou Eisenstein.
Para isso Woods, confronta dentro do jornalismo marrom, as denúncias da tortura e assassinato de Biko, que mais tarde após sua execução em 1977, ganham destaque para a revogação das Leis do Apartheid por Frederik De Klerk (1936), e que se tornou um dos principais artífices em suprir racionalização da sociedade sul-africana negra em seu estigma de se enxergar como naturalmente submissa, sendo utilizada como oxigênio de campanha política – eleitoral por Nelson Mandela (1918 – 2013), para a garantia de liberdade e direitos civis para a comunidade negra.
Em tempos obscuros, com o surgimento de atitudes fascistas, e de questionamentos das validades do Estado Democrático de Direito, Floyd e Biko, é um casamento entre a realidade devastada, por leis que não cumpram seu rarefeito dever, da união entre Negros e Brancos, como um alerta educacional, quando se fala em igualdade entre todos, quando se há um eletivo sentido de desigualdade.
Voltando Fanon “a África, foram construida na sombra de cativeiros escravistas, limitando a designação cultural libertária dos negros”, contando como um holocausto, ao semblante de disseminação das vontades individuais.
As mulheres africanas, sendo jogadas como um elemento de uma fagocitose sexual, desenhada pela neurose de conquista do colonizador, que na carência de sua racionalidade, alavanca, um diminuição da moral negra diante o olhar endemoniado, do homem – branco, fazendo um materialismo exacerbado defronte, a uma sede de satisfação sexual e monetária diante as riquezas naturais do Continente Ébano.
Gilberto Freyre (1900 – 1987), “classificou a sociologia do povo negro, como uniforme, em relação a sua observação ocidental”, já em outra cosmovisão historiográfica, José Honório Rodrigues (1913 – 1987) “alertou para uma paleontologia, de povos nômades, que desde as suas mais distantes origens, buscam uma aceitação territorial e moral, para seu crescimento tanto populacional, como civilizacional”.
Nas profundezas para se compreender o racismo, Biko, está no preâmbulo de indagações, contra um absolutismo intelectual, em se apresentar somente uma versão da discriminação.
Exemplos de rupturas abruptas, quanto aos Direitos Humanos, sendo citados desde a antiguidade, como ocorrido no Antigo Reino do Sudão (1570 a.C) , que escravizava e massacrava seus escravos, assim como também no Egito dos Faraós, onde havia flagelação dos povos conquistados, ou seja, não foi somente como a suposta “descoberta”, das Grandes Navegações Marítimas (Séculos XV ao XVII), que houve a inferiorização de uma nação pela outra.
Ao longo do século XX, diante o cinema, construiu-se uma aclimação artística de um sabor irracional pela paixão dos “temas preconceituosos”, mas também acalentou a limitação das vontades, em se sair do imaginativo, como maneira de fazer do intuitivo, um sinal que nem tudo são flores, quando se fala em se transcrever com o máximo a realidade roteiros foram construídos com alcunhas de irresponsabilidades do ser humano perante seus semelhantes.
Biko teve sua tortura retratada, e o seu corpo se tornando uma suplantação da indignação, que assim possa enervar a insatisfação, podendo nutrir um ensandecido, ornamento de biopoder, ao qual possa sair de uma acomodação da poliarquia que possa ter um poder, em fazer as pessoas serem tratadas dentro de um mesmo formalismo de respeito e reconhecimento, de equilíbrio social e oportunidade, mas que se torna utópico no que tange a não levar em consideração, paralelismos fanáticos em defesa de alguma causa.
Tanto Woods como Biko, são exemplos de como um banho de sangue, pode relevar denúncias de abusos cometidos perante o homem sobre o homem, como um nostálgico claustro em se deliciar com o sofrimento, apenas como uma diversão barata, diante o olho da câmera, que faz da ficção uma pseudo-realidade, defronte distributivos solstícios, de que para o máximo de adaptação do real, a realidade, pode ser fabricada e manipulada.
Desconstruindo um ativismo que contenha caráter romântico, é crônica a doença racial excludente, de uma metáfora que somente tenha confecção intelectual, algo que seja teórico, e que não se explique por si só.
O racismo é fruto, da acomodação de uma busca, por ultrapassar, o que seja por ventura normal, causando um frescor de horror, como entretenimento, mas aos níveis, de escrever a morte como catástrofe, mas que esteja distante da vida cotidiana de cada um dos cidadãos “normais (comuns)”.
É divertido e cruel, mas Biko serviu para um crescimento da indignação, mas servindo como um atributo da alienação, para corações que gostam da sintomatologia da ignorância, em uma flutuação de cadenciar, a construção de sociedade igualitária que influenciasse o grande capital cultural, da efêmera indústria de massa informativa.
Nas palavras de Slavoj Zizek (1949) “a morte, é um fruto necessário, para um fator mental, que sai do real, e que faça do mal, uma arma letal”, tirando a rima de provocação, a sociedade dos excluídos, precisa da exclusão e da informação sombria, para um crescimento incessante de sua disseminação do solipsismo indagador, mas que é sofredor silencioso diante dor alheia.
Nas linhas da história, George Floyd, ganhou espaço diante o histórico de barbáries racistas, nos Estados Unidos, o que resultou que diante o marasmo, e a deficiência de um modelo capitalista de fazer uma gnose comportamental, que venha unificar padrões intelectuais claros de ética, quanto à política de organizar, uma psicologia de tratar as doenças da intolerância, estando no cunho cultural, de que sem um pouco de dor não surgem elementos reformadores de lapidação mental que atribuam mudanças paradoxais, entre o pensar e o sentir.
Floyd sentiu na pele o poder, de um Estado Repressor e intolerante, enquanto Biko se tornou mártir de um movimento que buscou tanto independência política, social e econômica, como também denunciou a tortura como arma de manutenção da ordem.
Em A Espera de um Milagre (1999), John Coffey (Michael Clarke Duncan – 1957 – 2012), possui a auscultação de protagonizar não uma execução judicial por algum crime confesso e comprovado, mas sim deixando um sentimento que para consolidar a lei, muitas vezes é necessário se fabricar um culpado.
Floyd, foi culpado, por conter o vício de figurar como um sentido de voraz, de estruturas elementares de pele do paradisíaco embate do amor “pelo mundo ideal” , que detém-se a cultivar o ódio.
Biko salientou que para caminhar para evolução da integração humana a garantia de um sistema social que se aprende o “normal”, sangue é preciso jorrar, como um entendimento que a humanidade ainda não está bem para aceitar uma igualdade que saia da teoria e venha claramente retumbante para a prática.
Para cada grito de morte negra, ocorre uma onda de revolta, contra aqueles que transgridem a ordem de uma história, feita pela dor, mas que com a imagem da indignação faz mover, o tumor da indiferença, contaminando sufrágios da discriminação com sepultamento do totalitarismo nefasto de se permutar a raça, como instrumento de absorção da pedagogia de vivência entre diferentes etnias em torno de um eixo de civilidade, sem a frivolidade de uma síndrome destrutiva da liberdade individual de cada um.
Floyd e Biko estão separados historicamente, mas sentenciados a serem, uma simbologia, de como o homem ainda não aprendeu plenamente a se comportar um verdadeiros sapiens.
Um Grito de Liberdade.
Filme de 1987, com 2 horas e 37 minutos de duração.
Direção: Richard Attenbourough
Elenco: Denzel Washington, Kevin Kline, Penelope Wilton…
Drama | África do Sul – Estados Unidos – Itália
Sinopse: Donald Woods (Kevin Kline) é editor chefe no jornal liberal Daily Dispatch na África do Sul. Ele tem escrito diversas críticas sobre a visão de Steve Biko (Denzel Washington) – militante negro que lutou contra o apartheid. Mas depois de conhecer Biko pessoalmente, ele muda de opinião. Eles passam a se encontram diversas vezes e isso significa que Woods e sua família começam a receber uma atenção especial da polícia. Quando Biko morre na prisão, Woods escreve uma biografia do militante. Porém, a única forma de ter seu livro publicado é saindo do país.