Embora esse filme não tenha tido um destaque merecido pela mídia cinematográfica, a complexidade de sua trama deixa um ar interpretativo, de que é necessário que busquemos a “verdade”, mesmo que depois, de mortos, para justificar uma existência que é massificada por sentimentos que ficam exprimidos por uma melodia de recepção melancólica, sendo ontológica no caminho de buscar um cinema que possa conter uma medida ideológica “a lá Nietzsche (1844 – 1900) de suportar todas as misérias morais que somos colocadas a cada momento.
No além, não está um sentido lógico e repleto de escutar, e sim em procurar apagar as piores atrocidades humanas dentro de um viés, aos quais possam virem, a oferecerem uma humanidade, que não seja exclusivamente fruto de caridade, e sim que seja algo orgânico, que valorize cada pessoa, dentro de seus particularismos, empregando caminhos de um respeito e ética pelo próximo.
Andie Macdoweel (1958), assim como Tim Roth (1961), estão, dentro do berço familiar dos “Macfarlanes”, sendo uma viúva que anseia em retornar a normalidade de sua rotina, para que assim possa superar a morte do marido, um médico atolado na frustração de não poder salvar vidas, e de também estando mercê de uma sociedade que elogia o efêmero como um caminho, para acender um lustre de mentiras de tolerância.
Jeremy Macfarlane é um sinal claro de que não adianta somente, o talento profissional, quando não ocorre uma boa vontade por parte das pessoas, fazendo o necessário, para comiserar um “pathos” aos quais a medicina possa suprir necessidades de uma saúde que seja baseada somente no modelo biomédico, mas também tendo um fator psiquiátrico de reintegrar monções subjetivas, que possam suportarem uma doce “rotina” de que a morte possa ser superada, não se tratando somente de um método de especialização profissional a ser desempenhado, e sim de estar fechado aos interesses capitalistas de uma destruição da vontade, como também da intelectualidade, caminhando para um terror de destruição do corpo, como da mente e do espírito.
Vejamos que no seu enredo o Doutor Macfarlane é designado para um local da África para ajudar dentro da Cruz Vermelha, como voluntário em uma região assolada pela Guerra e a Peste, e ao qual se vê Forçado por questões empíricas e burocráticas a limitar seus atendimentos, desiludido, se entrega ao vício do alcoolismo.
Nesse caminhar, seu vício impregna também como uma alerta para o crescimento do consumo de alucinógenos entre os membros de profissionais destinados a cuidar da saúde biopsicossocial das pessoas, como um alento para fuga de suas frustrações e privações do seu exercer clínico.
Nesse ponto, surge uma questão propedêutica.
Quem cuida de gente e quem cuida da “gente”?
Seria o mesmo que colocar um patamar em que a medicina, precisa também de mãos e olhos que possam propiciar o mínimo de amparo para seus “filhos”, trazendo o fator de uma humanização para as longas jornadas e privações, que muitos desses profissionais, são expostos, não havendo uma sentimentalização quanto ao seu estado psicológico e psiquiátrico.
O Doutor Macfarlane é um biótipo de preconceito em que é alojado, onde para maioria dos médicos visando o glamour, não levam em consideração que suas frustrações não possam serem inteiramente saciadas e compradas pelo poder do dinheiro.
Uma boa questão aqui de empreendedorismo e de respeito que o cinema lança, quanto às virtudes que são apresentadas para exercer uma área do saber com o mínimo de dignidade e empatia.
Philip Kotler (1931) lança um sentido de “empreender, é igual, como a cuidar dos seus clientes (pacientes), e não somente um alicerce de produção de capital”, assim como “o respeito não somente outorgado ao linguajar, e sim, que leve toda integridade humanística da pessoa que recebe os serviços de um determinado trabalhador, ou representante de alguma instituição”.
Embora isso soe como a falta de empreender algum tipo de contato que possa unir o espiritual com o material, é necessário, vermos, que dentro de um escapismo espiritual de toques helenísticos, Macfarlane, tenta também preservar seu casamento de todas as formas, mesmo que para isso tenha ultrapassar o limite do racional, para um caminho sem volta de atitudes grosseiras, no que tange a eliminar o mínimo de chance de incredulidade metafísica da sua “viúva”, para que não forme a imagem única de um médico fracassado, que desvia do seu caráter sendo atormentado constantemente pelo gosto excessivo do álcool, a um fragmento de mentira de que somente a “carne” possa comiserar as vontades psíquicas que sejam alicerces de um verdadeiro amor.
Vejamos que dentro do “fragmento de um discurso amoroso” de Roland Barthes (1915 – 1980), está que para a construção de um estereótipo do amor sincero está algo, que venha ultrapassar o terreno do material, e sim exaurindo o espaço do “além-carne”, esteja pressupostos de um comportamento que faça do espírito um prosseguimento do corpo, sendo necessários buscarem todos os prazeres de que são necessários para uma paz na alma.
Também deixa exposto um sentimento de perdão, que possa ser oferecido depois “da passagem universal”, fazendo da lente cinematográfica, um limiar entre as vontades de poder, estando ao lado de que se emana sentimentalmente a todo o momento, beirando a hipocrisia que no silêncio das sombras está ensejando o vício, de não valorizar o que é certo e procurar dar ouvidos, aos ruídos dos vícios como uma forma de suportar uma maneira de jacular, uma educação que esteja se aproximando da barbárie, de se fazer, uma saúde psicológica, toda melindrosa, em ter somente no poder de um corpo e de sua biologia algum tipo de personalismo existencial.
Aliás, há um forte confronto entre a biologia e espiritualidade, o que diz a aceitação da senhora Macfarlane, de que há uma mediunidade espreitando sua vida, ao qual a personagem de Margot Kidder, Endora (1948 – 2018), lapidando esse fator, para que esse dom não seja confundido, como “sinais” de um delineamento mental, ou até que de um remorso por não ter tido a competência de estar sempre junto com seu marido nos momentos mais difíceis de sua carreira na vida terrena.
Outro fator “espiritualista”, se encontra em uma crítica a fundamentação de missões humanitárias institucionalizadas, que não preparem seus voluntários para os horrores, por exemplo, de um continente africano, infestado de Guerras Civis, fugindo da realidade pacata e tediosa, para o horror de um desespero de um corpo médico, em aceitar a condição de uma humanidade derrotada por ela mesmo, que subjuga a morte, como sendo uma apresentação do que é mórbido para a bondade, na ausência de não dar conta do seu próprio nível de sofrência, e que busca no altruísmo egoísta, conter uma desumanização semi-consciente, em se colocar na lateralidade de atacar as mazelas humanísticas como um sinal de prover, algo que sua própria espécie produziu, e ao qual agora, não quer curar mais somente, e sim apenas conter cuidados paliativos para fazer com que um “mundo cruel”, aceite sua dor, de selecionar somente alguns pequenos minguados, de sobreviventes a serem purgados de suas delícias em sociedade, cabendo depois da morte, conseguir, atributos que possam gerar seu perdão, diante uma predestinação que faz amarguras, para todas as classes sociais, sem distinção étnica, religiosa, racial, ou econômica.
Dentro desse escopo, as tomadas de uma filmagem que fazem com que “espíritos e humanos” ocupem um espaço de ação, coloca para um objeto de análise, ao quais todos nós de certa maneira, estamos sendo assombrados, por testemunhos, de um morticínio ético em ornamentar reflexos acerca de uma linguagem que programa o cérebro, para um sentimento de medo, perante o desconhecido, que algum dia foi conhecido, e que falar com os mortos, não precisa necessariamente vim a ser um castigo, e sim uma forma de construção de um perdão, que possa usufruir de atitudes a dar paz tanto para os vivos como para os “pseudos-mortos”.
Peter Sloterdjik (1947), “lança promiscuidades mentais da alma – manter de uma razão a não ser confundida com a fenomenologia do nada”, mas que para isso ganha forma em cima de doutrinas metafísicas prometendo o paraíso, que assim compromete a uma subjetividade sendo controlada por um “ser”, maior, que assim limita tanto a questão de mediunidade, como alguns abençoados, e outros assombrados, fazendo uma cultura “para-religiosa”, no semblante a um “socrático”, pensamento de que é necessário se atrever, a burlar uma identidade corpo, que possa conter uma estética colossal, de uma aparência, que limite os vícios, de procurar por uma naturalidade, no que há entre as pupilas e os fleches de luz que passam pelo olho.
O olho que desatina a identificação de ectoplasmas, como também cega ao plasma, de que matéria possa virar um comprometimento de enlouquecer seu dono, como também de buscar na certeza da morte, uma síntese do que está sendo feito e realizado em vida, que se aproveita a cada segundo, de um mortuário, de conter o medo, como principal válvula, para aceitar traições de uma atenção, que fica somente orquestrada em grande parcela, para o espetáculo deprimente do dia de finados, e ao qual, naquele momento de saudade e dor, a maiorias das pessoas não, ficariam, amedrontadas, em encontrar algum tipo de “fantasma perambulante”, que venham satisfazer a dor, da separação dos estereótipos da vida, do espírito e do corpo.
Fatores tanto espirituais como materiais, fazem com que sua viva entre um estágio psicanalítico que joga com a percepção do real, não havendo um intermédio que possa realizar uma anunciação intelectual que fuja das argúcias de uma imoralidade, quanto em lutar por um novo amor, que possa subverter as lembranças do alcoolismo, bem como egoísmo do marido em se dedicar a uma causa nobre, e praticamente não estar preparado para os grandes desafios que a medicina impõe.
Na exegese de uma crítica a epistemologia da medicina, está um sentimento de poder através de que no trabalho, pode se buscar um novo sentido de vida, que promova a ascensão individual de um tipo de classe social, presa aos princípios de um “darwinismo” onde os capacitados ajudam os mais carentes, porém também necessitam de um estereótipo comportamental que possa ajudar a si próprio.
A decisão de seguir caminhos de um altruísmo econômico está centrada na ilusão de não haver meios para enxergar a destruição de estabelecimentos mentais, que possam estruturar um amor de uma ontologia, perante uma cena de estar marcada por uma poesia mental, como uma anunciação para, marasmos de buscar o sucesso, mesmo que isso esteja marcado pela doença.
Ao contrário de um “Ghost: Do Outro Lado Da Vida (1990)”, ao qual o sentimento do amor, está emplacado a um marketing de empoderamento do “ultra-romantismo”, quase beirando a obsessão, a Senhora Macfarlane, é um alerta para uma espiritualidade que possa unir “antagônicos mundos” dentro de uma salvação para aqueles que estão necessitados de algum tipo de compensação metafísica ou material, que não possa realizar sem algum tipo de auxílio, em ambos os espaços.
O perdão, por pensar no conforto, sendo absorto com aqueles que amam, guinando para uma finalização de estar na vigília de um sarcófago, cheio de hipocrisias, a coisificação de uma miserabilidade, contendo a habilidade de desafiar o tempo.
O tempo chama por todos, mas poucos escutam, enquanto muitos ouvem, é um cântico de realizar uma arte que seja domesticada, por uma espiritualidade, com um brilho cheio de sexo, ou seja, a satisfação de transcendência para um “behaviorismo”, que escarna uma guerra de opiniões, quanto o que seria realmente humano, e no que se trataria, de interagir para preencher flancos, nas nuanças de um cálculo mental quanto a estar próximo da loucura, quanto a dormir todos os dias com algum séquito de inteligência.
A “natureza humana” segundo David Hume (1711 – 1776) “procura várias naturezas, sem ter a certeza da natureza do que seja procurar uma leveza “extra – carnal”, seja como for o além não possui uma origem definida, ele pode estar alojado em torno das mais difíceis e miseráveis, ondas de uma política de sentimentos, vertidas em um Capitalismo de vaidades, repletos de posicionamentos sociológicos, que lança cada vez mais o “ser – humano” para um antropo de escatologias eternas, quando a confundir afeto, com prenuncias materiais, que venham ofuscar a integração sensorial entre mente, corpo e espírito.
É sinestésico, enquanto maestria do “esqueleto com hipocampo”, fazendo alterações psicológicas, quanto a decodificar os entornos, para dígrafos de uma linguagem da necessidade de estar em evidência, mesmo que para isso precise desafiar os contrapontos da morte, com um cheiro de que, a vigilância da “alma”, está sendo procrastinada por um sentimento de saudade, corrompido por um egoísmo, de fazer um jogo xadrez perante as vontades divinas.
O filme, não pode ser caracterizado como “Cult”, e “tão pouco sucesso mercadológico”, mas deixa mensagens tanto no caminho filosófico, quanto no que se vale apena a se dedicar na vida profissional e conjugal, e também quanto às “idades da vida”, como um caminho para que “Eduard Spranger (1882 – 1963)”, “apresenta, que quanto o corpo se prepara para a alma, a mente se arma para o esquecimento”, sem banimento, a variedade de um sentimento da presença constante de um ente querido, que “se foi”, faz com o que termo “se foi”, ganhe a conotação de que para “onde foi ou vai?”.
Onde você está que eu te presencio, mas não te vejo, e revejo no meu “ser” em um profundo campo de reflexão e abandono, lembrando o passado, que agora já gozado em desafiar, um singelo terreno, entre o “amor” de uma vida, que já não pode mais se ver, que está recluso perante os olhos humanos, mas eternizadas no coração divino.
Segundo a fé cristã – católica “uma dos piores afrontas a Deus-Pai todo poderoso, está no diálogo e na evocação dos mortos”, contrapondo-se ao “evolucionismo espiritual do kardecista”, assim como a Senhora Macfalane, demonstra no início das aparições do seu falecido marido, o ceticismo quanto à própria racionalidade, que também não possa ser confundido com a carência, que leva a mente uma produção de interpretações equivocadas, quanto, ao mesmerismo de não se sujeitar a massificação, de um instinto de sobrevivência, tanto espiritual, quanto a dar paz para um coração procrastinado pela ausência.
A ausência que eleva padrões, de uma evaporação de coisificação, uma filosofia existencial que possa não haver, jactâncias quanto à constância de trair seus princípios e valores mais elementares, sedimentando em um assédio, quanto à homeostase de fazer o que bem entender, e mesmo assim não trair, o que foi mais valorizado e inculcado na mente, dentro de padrões familiares, que remetem a conservação de algum tipo de culto ou crença.
Mas se os cultos e as crenças fazem parte da cultura do indivíduo, dentro de juízos de valores, a espiritualidade se confunde com espiritismo, com a presença sucinta de que a alma humana é um vasto labirinto de possibilidades, para a construção de um “eu”, que aprende a ter uma comunicação, introduzindo, um sentimento de calúnia material, que possa fazer com que o indivíduo fique encarcerado aos prazeres carnais, fazendo uma mensagem enchendo de pragmatismo, contra o principio ontológico, a gnose, que seja ceifada por um estereótipo ao qual o Macfarlane, é um antropológico caso de arrependimento psicanalítico, que atormenta a mente dos que estão vivos.
Caso notório de alguns indivíduos perdidos em suas perversões morais, dentro do escopo espiritual como sendo uma sessão comunicação entre “entes”, no estilismo de esmiuçar, um poder de que o invisível pode influenciar o que seja visível, no caso do surrealismo misturado com teor da morte comparado a película “Alucinações do Passado” (1990), onde Tim Robbins (1958) é um prognóstico ao qual a morte, pode conter uma anunciação, da admiração a um universo, que se confunde com o nada, mas realçando o sentimento de um amor, que possa ser transpassado para os escopos de combater preconceitos, a mistagogias dominativas, de uma falsa profetização quanto, ascensão dêitica dentro do compendio espiritual.
Tanto no caso do personagem de Robbins (Jacob Singer), com seus efeitos traumáticos apresentados durante sua participação na Guerra Vietnã (1955 – 1975), sendo jogado a mercê de uma sociedade consumista, que desvaloriza o heroísmo patriótico, quanto à entrega da bebida, ao qual. Macfarlane banha-se, como um sinal protesto, contra a hipocrisia de um ilusório sentimento de ajudar o “mundo”, ao qual esse “próprio mundo” esquece-se de seus progenitores filosóficos e morais mais elementares.
A história sendo conclamada, por cunho, de esquecimento quanto as lembranças produzidas de uma maneira orgânica, sendo verificando um paternalismo, em sintonias de um cinema que possa provocar o público, navegando entre o mundo dos sonhos e uma espiritualidade, que esteja a sustentar um polímero, de sinédrio ideológicos enquadrando o que pode “ser”, “bom”, ou “ruim”, dentro a uma comiseração, de elevar o valor do perdão, na fuga de traumas, que podem serem, atravessados em todos os sentidos da vida.
Focando ainda em Edward Spranger classificou a “maneira de se viver, como um atrevimento para o livramento de verdades, esclarecendo, o que possa ser concreto, ou volúvel”.
O volúvel, em poder se ajudar, mas contendo um emaranhado, de educar, para preparar, para uma passagem tanto para o espiritual como para o mental, saindo da hipocrisia, de somente se importar com quem ama, que depois que se tornaram invisíveis na eternidade.
Não é exatamente um amor, contendo a libido como vetor, e sim que se “ame” fazendo da saudade, uma autoridade, para um não enlouquecimento, fantasiando encontrar na paixão eterna, não somente os sonhos guardados na mente de cada um, e sim que venha os desejos a unirem tanto no corpo como na subjetividade, um sentimento e amadurecimento em torno de um mesmo coração, sem entraves burocráticos, fazendo cada sessão de cinema, um arcabouço de idealismo, que leve ao “imperativo categórico”, de poder optar tanto por “ser” lembrado como também para “ser” apagado do consciente de cada indivíduo.
Macfarlane, “traça um perfil do além, não no caminho de uma paixão pastelão, como “Ghost: Dou Outro Lado da Vida” (1990), e sim realizando um método de levar o espectador para uma frieza, e gentileza, quanto a perceber quantos mundos são possíveis de coabitarem dentro de um mesmo anglo molecular – sacramental, de assediar, e deliciar compromissos de uma dialética de informação, expondo as variedades de caminhos que a alma pode divagar, entre lugares, seduzindo um princípio de educar, para fazer da arte, um tacanho ontológico de na cinestesia espiritual, que não existe ponto definido, em se encontrar paz, que ela produz caminhos para reflexões sucessivas de condutas, que se perdem nos vícios, que uma realidade cruel produz, rebelando aos atordoamentos de uma civilização cheia de depressões e equívocos maniqueístas.
A tentação de lutar, por um brilho de amor, (causando dor), estimula um asfixiamento alado psicótico da mente, passando para uma aversão ao realismo sendo fantástico, mas com gosto assíduo ao sarcástico.
Aforismo para uma excelência, a um caminho tortuoso, mas honroso de um psicologismo que choque tanto “os vivos como, os espíritos”, em um mesmo sentimento de sair da rota entre certo e o errado.
O julgamento moral e cívico, com ares “piagetianos e montesquianos”, de ter a escolher, em fabricar tempestades, de difamação, do que realmente o ser – humano deseja para sua vida, atrevendo e submetendo, um conluio, de bagunçar os caminhos, para um bojo de amizade, que fique evidenciado as ferocidades, de uma azia, a compreender, que para a elaboração de premissas de respeito pelo “próximo”, o “próximo” que não precisa está no cunho neuropsicológico, em se contaminar com o poder da estética, acariciando um senso comum, que seja entorpecido, pela beleza, eterna, levando a um transtorno da transdução informacional equivocada da compreensão, do que rodeia o abstrato e o espiritual-metafísico de cada um.
“Gritos do Além” serve, para despertar em seu apreciador a sensação que sempre falta alguma coisa, para que possamos banharmos a uma paz perpétua, e que contenha trégua, diante das carências, mais fortes que a morte nos traz, mas que tudo não passa de uma questão de diálogo, para que se perdoar os vícios e os equívocos, que uma funesta ontologia, venha despertar, quanto a “partida final”, sem ocorrer o “agendamentos mental e espiritual” um claro e pacífico, deixando dividas de atos falhos pendentes, diante, aos que jura fidelidade e atenção para nossas piores falcatruas de respeito pelas pessoas ao nosso redor.
A preparação para a morte ensaia o espetáculo da vida, o além é o ágape de algum conforto, e as pessoas da platéia, um estilismo maniqueísta entre o material e o espiritual, os artistas principais, em um espaço filosófico, onde muitas vezes, devemos confiarmos mais nos sentidos do que na razão, mas que não pode existir sentido sem alguma razão, que muitas vezes cabe ao coração resolver, e aprender para entreter.
DADOS TÉCNICOS
Gritos do Além
Filme de 2005, com 1 hora e 23 minutos de duração.
Direção: Douglas Law.
Elenco: Andie Madoweel, Tim Roth, Margot Kidder, Samuel Le Bihan…
Nacionalidade |Canadá – França – Inglaterra
Sinopse: Kathy Macfarlane (Andie MacDowell) é uma viúva que é atormentada pelo fantasma do seu falecido marido, Jeremy (Tim Roth), um médico idealista que se tornou alcoólatra, por se sentir frustrado por não poder ajudar as pessoas. Kathy está em dificuldades financeiras e, assim, aluga uma casa anexa para um francês, Marc (Samuel Le Bihan), que é muito bem aceito pelos três filhos dela. Marc faz com que Kathy ame e seja amada, mas ela entra em pânico pois cada vez vê mais sinais da presença de Jeremie, que parece que quer atormentá-la ou então lhe dizer alguma coisa muito importante.