É possível sentir o gosto da infância?
Ah. Existem momentos que sim. Por exemplo, ao escutar a deliciosa trilha sonora instrumental que fazia a abertura de “As Aventuras de Babar”.
É, meu amigo. Ao escutar essa linda trilha de abertura, logo um gosto doce de infância invade nossa boca, e nos lembramos daqueles tempos áureos que foram os momentos sentados defronte uma televisão ligada na TV Cultura.
O desenho animado foi baseado em uma série de livros de origem francesa, dos autores Jean de Brunhoff e Laurent de Brunhoff, sendo produzido pela Nelvana e Nick Jr. Productions no início dos anos 90.
Tudo começou com Jean de Brunhoff, sendo continuada após sua morte, pelo filho Laurent de Brunhoff.
Sucesso de vendas com os livros, sucesso com os desenhos, em 2010 até ganhou um seriado em animação 3D, com eventos ocorridos após o seriado original e com a inclusão de novos personagens, como por exemplo: Badou, neto de Babar, que tem 8 anos e dividiu o seu nome com Babar no título da produção: “Babar e as Aventuras de Badou”.
Mas o foco aqui é o desenho antigo. Então…
Na história temos um rei, seu nome é Babar. Mas para chegar ao topo, sofreu muito. Quando pequeno, sua mãe foi morta pelo bicho homem.
Buscando forças onde quase não havia, lutou bravamente contra o assassino, dando uma chance para que assim sua manada fugisse.
O problema é que ele ficou só, tendo que sobreviver no meio da selva.
Com o tempo ele conseguiu criar o próprio reino, onde se mostra dedicado e atencioso ao povo que o cerca.
Com seus pouco mais de vinte minutos de duração por episódio, Babar coloca seus filhos (Pom, Flora e Alexander) sentados em sua volta para contar alguma história de sua infância e no meio dar algum valioso ensinamento.
Aprendi que existem pessoas boas e pessoas e más, reis e bons e reis maus. E uma das coisas que indica de que lado você está é o modo como você encara suas responsabilidades para com os outros. – Babar.
Em toda história, alguma bela lição tiramos, o desenho feito para crianças que serve muito bem para os adultos, se demonstrava à frente do tempo, e é óbvio que para toda história girar, diversos personagens também ganhavam destaque. Vou citar os mais recorrentes.
Celeste é sua esposa, Arthur é irmão de Celeste, também tem uma velha senhora que foi quem ajudou Babar se transformar em quem é. Não podemos deixar de citar Cornelius, um sábio elefante que aconselha Babar. Pompadour também faz o papel de conselheiro e ajuda nas finanças, tendo até um assistente, Trompadour.
O maior antagonista é o Rataxes, um rei rinoceronte que sempre tenta tomar posse de seu reino, mas mesmo com essa rixa, seus familiares e os familiares de Babar mantém uma relação cordial.
Nas últimas temporadas os filhos também ganham destaques nas histórias e não posso deixar de citar que dois filmes foram lançados, são eles: Le Triomphe de Babar (1990), onde Babar enfrenta Rataxes para que o rinoceronte não faça de escravo alguns elefantes e a mãe de sua esposa, Celeste.
Em Babar, roi des éléphants (1998) temos um pouco mais sobre como foi a morte de sua mãe, sua chegada à cidade, onde a Senhora o ajudou e como foi a fundação de seu reino.
Agora que você já relembrou como era o desenho e matou um pouco da saudade, deixo uma curiosidade.
Segundo o site Lambiek, foi Cecile, esposa de Jean Brunhoff, quem teve a ideia do desenho.
Sim, isso mesmo. Seus filhos Laurent e Mathieu tinham entre quatro e cinco anos e ela contou uma estorinha sobre um elefante que teve sua mãe morta por um caçadores, tal elefante veio para cidade, onde foi adotado por uma senhora, essa senhora ensinou tal elefante se portar como um humano, quando seus primos dão de topo com ele, encontram um elefante totalmente civilizado, que após voltar à selva, se torna rei e transforma todo aquele ambiente de acordo com os preceitos que aprendeu da Senhora.
Os filhos gostaram muito de ouvir tal estória, e pediram para que seu pai desenhasse algo parecido. Então surgiu Babar, todo o restante é história…
Fontes: Wikipédia, IMDb, Lambiek e Google Imagens.
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