Hoje é dia de relembrarmos grandes frases e trechos do livro Factótum, de Charles Bukowski.
Então, sem delongas…
Lembrei de como meu pai costumava chegar em casa todas as noites e falar do seu trabalho para minha mãe. A ladainha sobre o trabalho começava assim que ele cruzava a porta, continuava ao longo do jantar e se estendia até o momento em que meu pai gritava lá do quarto “Luzes apagadas!”, às oito da noite, para que ele pudesse descansar e recuperar as forças para o trabalho do dia seguinte. Não havia nenhum outro assunto, exceto o trabalho.
Não bastava que você fizesse seu trabalho. Era preciso mostrar interesse, se possível até paixão por ele.
Eu era um homem que se fortalecia na solidão; ela era para mim a comida e a água dos outros homens. Cada dia sem solidão me enfraquecia. Não que me orgulhasse dela, mas dela eu dependia. A escuridão do quarto era como um dia ensolarado para mim.
A lua brilhava. Meus passos ecoavam pela rua vazia, parecendo os passos de um perseguidor. Olhei ao redor. Eu estava enganado. Somente a solidão me acompanhava.
Isto era tudo de que um homem necessitava: esperança. Era a falta de esperança que desencorajava um homem.
Não conseguia achar disposição para ler os classificados. A ideia de me sentar diante de um homem e sua mesa e lhe dizer que eu queria um trabalho, que eu tinha as qualificações necessárias, era demais para mim. Francamente, eu estava horrorizado diante da vida, o que um homem precisava fazer para comer, dormir, manter-se vestido. Então fiquei na cama enchendo a cara. Quando você bebe, o mundo continua lá fora, mas por um momento é como se ele não o trouxesse preso pela garganta.
Sou um gênio, mas ninguém além de mim sabe disso.
A primeira vez que descobri que eu era um idiota foi no pátio da escola. Brincavam e me ameaçavam e me cutucavam como faziam com os outros dois idiotas do colégio. Minha única vantagem sobre eles, que eram espancados e perseguidos, era que eu não me importava. Quando me cercavam, eu não me aterrorizava. Nunca me atacavam, mas por fim desciam a lenha sobre os outros dois para eu ver.
– As pessoas não precisam de amor. Precisam é de sucesso, de uma forma ou de outra. Pode ser que seja no amor, mas não necessariamente. – Chinaski.
– A Bíblia diz: “Amai ao próximo”. – Jan.
– Isso poderia significar algo como “deixe-o em paz”. – Chinaski.
Como, diabos, pode um homem gostar de ser acordado às 6h30 da manhã por um despertador, sair da cama, vestir-se, alimentar-se à força, cagar, mijar, escovar os dentes e os cabelos, enfrentar o tráfego para chegar a um lugar onde essencialmente o que fará é encher de dinheiro os bolsos de outro sujeito e ainda por cima ser obrigado a mostrar gratidão por receber essa oportunidade?
Mesmo o ser humano mais monstruoso sobre a face da terra merece um papel higiênico para limpar o rabo.
Janeway Smithson estava naquele trabalho havia vinte e cinco anos e era estúpido o suficiente para se orgulhar disso. Carregava uma pistola no lado direito da cintura e se gabava de ter freado um táxi no teste em menor tempo e distância do que qualquer outro homem na história da Companhia. Olhando para Janeway Smithson, ocorreu-me que ou isso era mentira, ou tinha sido pura sorte, e que Smithson, como qualquer cara que passava a vida inteira em uma empresa, era totalmente maluco.
Essa vida que as pessoas levam hoje em dia está deixando todas elas loucas, e dá pra ver essa loucura no modo como dirigem.
Mary Lou deu meia-volta e se afastou. Fiquei olhando seu rabo trabalhar naquele corpo alto. Magia. Algumas mulheres são pura magia.
Eu não gostava de festas. Eu não sabia dançar, e as pessoas me assustavam, especialmente as pessoas em festas.
– Perdi uma mulher. – Chinaski.
– Logo vêm outras, e você também vai acabar perdendo elas.
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