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Euro-Cine | O Iluminado

Dedicado aos meus amigos: Edimilson Quesada Delasare, Leandro Cardoso Galindo e Luis Fernando Chaves.

O Iluminado pode ser classificado como uma provocação alucinatória para a pós-modernidade, pois eleva a questão em que ponto a lucidez, pode ser encarada como um conclave para a loucura, para fugir dos mais ilusórios sentimentos de que a vida pode levar para caminhos de uma destruição, acerca de introduzir, a apresentação ao distanciamento de realidade, que não faz brevidade quanto a insultar o espírito humano, na sua solidão.

Uma solidão que mata a criatividade, e também promove um encontro de almas para uma história, de enlouquecimento cultural, fazendo atributos, para uma pedagogia do “medo”.

O “medo” que Stephen King (1947), incorpora em seus livros e que foi apresentado aqui por Stanley Kubrick (1928 – 1999), é o irracionalismo em se tornar louco.

Dentro de perspectivas “foucaultianas”, seu “micro-espaço” está no gélido de uma cinematografia do sórdido, que na ausência da razão, exorciza o amor, para um sentimento de pura barbárie, que causa cataclismas em aceitar as neuroses que são produzidas por uma antologia comportamental, que organiza um burocrático objetivo da obrigatoriedade em estar, na universalidade do “real”, mas que em seus caminhos, para uma psicologia do “eu”, destrói um valor dialético, da necessidade de encontrar em alguns momentos, os piores fantasmas que habitam nossa mente, fazendo uma barganha entre a loucura e a ética, que possam assim oferecer uma condição humana, a melindrar o senso-comum, mas que esse senso-comum também não leve a loucura, da falta de senso-crítico, em enxergar através das paredes do terror, o valor de um horror caustico, que não seja tísico, mas aguerrido na comunicação de um coração, que somente deseja extenuar, suas vontades perante o emaranhado de concreto, que os corredores do Hotel Overlook, possa fazer, em hospedar peremptórios de um abuso obtuso, diante o que somente os olhos podem ver.

Jack Torrance, (Jack Nicholson – 1937), é um artífice, de atitudes de um escritor que procura agraciar suas obras, através da companhia solitária da criatividade, de quartos abandonados, fazendo uma confusão, entre o que pode ser destinado como uma alteração de suas funções mentais mais evoluídas, como também um contato com o sobrenatural, que em alguns momentos do filme se torna tão sublime, realizando uma apologia, de um “nada” agraciado por um sentimento demoníaco, mas sarcástico em zombar das limitações do “sapiens”, perante seu egoísmo em se julgar como o primordial sensato de todo o “cosmo einsteiniano”.

Unindo física quântica com cinema, é difícil chegar a um denominador, em que de fato a loucura de Torrance, pode ser atrevidamente como um sinônimo de adoecimento, ou de como ectoplasmas, perante uma massa vulgar, a uma luta incessante entre micro-organismos racionais, podem fazer uma projeção de um “darwinismo maniqueísta”, do espiritual, sendo o homem somente um produto, em um eterno combate entre uma entidade fantasmagórica, de uma nostalgia do trabalho moral, em tentar conservar a inteligência perante demência.

Em seus livros King enaltece o valor do “acaso” e do “nada”, para o florescimento de empuxos para um curto circuito de encontros entre o material e o imaterial, para uma superioridade de interpretações literárias, chegando a duvidar de que exista somente um sentido para a inteligência, orquestrada no empirismo.

Tanto que entre o jogo metodológico psicológico de “O Iluminado”, ocorre um charme provocativo, de deixar o espectador no cético caminho, a exasperar uma espiritualidade sem espiritismo, em uma arte, que busca no não materialismo consolidar seus genes acerca de argumentar sobre a “pseudo-sobriedade”, que assola a maioria de seus personagens.

Vejamos que em outras obras suas que foram adaptadas para o cinema o sentimento de culpa, remorso, raiva e ódio, estão disseminados na monstruosidade de um “Lobisomem Cristão”, caso de Reverendo Lester Lowe  (Everett McGill – 1945) no assombroso “A Hora do Lobisomem” (1985), e no seu diálogo de explicação acerca de sua condição de licantropo,  para o personagem Cohey Haim (1971 – 2010), acerca do porque do seu “alteio está bradando a um terror sem precedentes, “tudo é obra da natureza divina. Não sei porque, sou assim, “e também não me importo”.

Em “I.T – A Coisa”, tanto da filmagem de 1990 como em seu remake de 2017, Tim Curry (1946) e Bill Skarsgard (1990), mapearam o “medo”, como uma caravela em meio, ao mar de ingratidões que os homens colocam, como sendo, protagonistas únicos de sua vivência, indo para um antropocentrismo, ao qual com uma pitada de metafísica sombria, realça que o produto dos terrores mais inumanos, é um estupor da sede e cobiça de sua condição biológica.

No escuro, a noite sem fim abre-se, no escuro o medo vive uma rotina de se apoderar de todos os corações, mas não há paixão sem um acréscimo do medo, e o cinema procura, na construção do medo, buscar realizações para um movimento, que venha considerar as mentalidades, como maneiras, de separar o que seja o amor, de uma faísca de egoísmo, pois para se chegar ao amor, é voraz, conter o planejamento estratégico, de uma transposição de ironia, em relação à ambição humana.

“O Iluminado” está no padrão de um eixo filosófico de Ingmar Bergman (1918 – 2007), pois traduz como as aflições, podem considerar uma compendio para o surgimento de doenças psicológicas, com um comportamento difícil de compreensão, perante uma sociedade que postula elites, para um “não atrevimento”, a escutar um radar de programações para “tempestades”, oriundas de camadas a uma intelectualidade, que vive na exclusão do que seja eticamente padronizado como sendo natural para uma débil mente humana, como também a uma compreensão de quais são seu limites, no trato, de fornecer uma “energia”, chegue a uma simetria, de não ornamentar, um afastamento de auscultar o vazio de uma alma que não possua o mater de andar, para uma eloquência, de promover “buracos de minhocas”, dentro do seu imaginário, mas que também não se afastem do grau de tolerância entre o aceitável, e o lastimável.

O sombrio para Torrance faz de sua passagem cinematográfica, narrativas de emplacar um cinema ao qual, inculca o sofrimento psíquico, para uma teoria de submeter marcas sociológicas de um tramite, entre chegar a um sentimentalismo de uma educação artística, que esteja nos flancos, de sair da escuridão, mas que contenha o cenário da noite, que nunca se apaga, nos corações humanos, chegando para o paradoxo entre o conhecimento de “algo em comum”, para um universo psicológico de luz, perante até que ponto os neurônios humanos podem transpassar a realidade, atrevidas para uma tipologia de sociedade civil, que procurar um “self”, que possam realizar um padrão orgânico em emoldurar os enfrentamentos dos traumas mais agudos, no limiar epistemológico, que seja entre argumentação em não elevar ao extremo o materialismo, porém partindo para um espiritualismo, que contenha crescimentos de não ir para o fanatismo ou até  para o obscurantismo.

Na perspectiva de um conteúdo de enredo que enfoque como a existência está dentro de um escopo intelectual ao qual, para se chegar a um plano de diretrizes morais, que não se reproduza a massificação das emoções, o equilíbrio é a chave para um psiquismo, que esboce a loucura, pela qual Torrance, está  em sua imaginação, em uma aflição em que possa provar para si mesmo, que não está enlouquecendo.

Usando um pouco de romantismo para explicar o horror, com o“ser transcendente”: “Eu poderia esperar para sempre” (I Can Wait Forever- 1983), título de uma das músicas mais famosas do “Air Supply” (1975) , está um intransponível, arcabouço de que as vontades estão dentro de uma quebra do material, para se chegar a um “labor”, de construir uma escadaria de promoção da paixão pelo desconhecido, mas que de certa maneira, já faz uma esquizofrenia de orlar uma cobertura de sarcasmos perante uma realidade, que esconde infinitas realidades.

Para a eternidade, o medo procura novos elementos, para negociar com o inconsciente, qual o preço a se pagar, para que a loucura fuja do medo é sentir mais medo, para que assim nem a própria consciência entenda seus terrores, o medo tem a necessidade de se inventar perante uma humanidade, que já não teme o que não se entende, fingindo que entende tudo, o relativismo de uma cultura, que conclama a magia como um batistério de natureza humana, que diz que ama, mas que concomitantemente usa de palavras aos quais as mais belas estrofes, não são capazes de proporcionar, alguma maravilha, de que para esperar, pelo terror, primeiramente é necessário se tornar um terror, o terror está dentro de cada desejo mais estúpido do ser – humano.

O Hotel Overlook assim como a cidade fictícia de Derry no Maine de “I.T” é um local com vontade própria, que se alimenta do inconsciente de seus visitantes, e Jack expressa no seu alcoolismo, um sinal de indiferença perante a mulher, Wendy (Shelley Duvall 1949), e isso fica mais salientado a partir do momento que sua violência vai aumentando, saindo de um campo psicológico, indo para uma patologia de fúria, que não importa somente matar a mulher e o filho, e sim fazer acontecerem assassinatos que fiquem marcado para sempre dentro da sombria e apagada história do local, que escolheu para seus frenesis literários.

Os seus fantasmas seriam produtos de tormento gelado, levando a conflitos de uma personalidade deturpada, gerando um caminho de desfigurar a realidade existente, para estar contente a um amor icônico, que o próprio Hotel é um símbolo de algo demoníaco, e que a humanidade adora, mas que finge perante as normas de uma vida civilizada que tudo está bem, fazendo um sinal de didática do esquecimento, mas que o acaso, faz voltar para colocar-lo no seu devido lugar, em que até mesmo o menor sinal de machismo, é um caminho para despertar o clamor de mudança de um “eu”, que está fragmentado pelo cunhar de uma lucidez sendo destruído de forma lenta, mas com conseqüências rápidas.

A criatividade, com ossos de fracassos, unida ao vício do uso de álcool para suprir as “faltas” da realidade, como em descontar toda raiva no sexo frágil.

Wendy é vítima de forças estranhas, que querem esquartejar o menor lampejo de algum tipo de carinho, que possa haver entre os humanos, esperando agir com lentidão para assassinar a crença em algum resultado de bondade que possa promover a reconciliação com o bem.

Assim como o “pop do terror da modernidade”, “A Casa da Colina” (1999), o local onde o “escritor”, escolheu para seu oásis de silencio e criatividade, não está completamente inóspito, e sim sendo um alçapão a espera das próximas vítimas, a terem o gozo da loucura como um paradoxo para construção de um finco ideológico de minar, o respeito por uma metafísica sadia de amor, e subjetividade, clavadas para os enlaces de uma canção sombria, que nos adentrem, nos mais íntimos vestígios de lucidez do consciente humano.

Torrance em sua violência, também está alijado à proposição do pensador Roger Dadoun (1928) “pela qual a violência, é gerada, por uma questão de marcação de sua força individualista”, que a partir do momento em que se veja ameaçado, no sentido de limitação de sua auto-suficiência, venha arraigar uma psicologia de provar para seu semelhante, que é capaz de suportar a solidão, mas contendo um coração e uma razão que possam caminhar juntas.

Mas no Overlook, o coração é esquecido, por um poder incomensurável das trevas, que se elevam para uma filosofia de estoicismo imoral, fazendo o corpo humano, uma cobaia de experiências que venha a fazer o nascimento de uma raiva, que faça um vetor da vingança, do sentido maléfico, para ficar atormentando até o desfecho do sangue jorrado por seus dormitórios, em que matar tornar-se é algo natural, e que pode render boas linhas para uma massa de alimento odioso, no jocoso tombadilho de uma moral de poder, ao qual o humanismo, possa vir sem sinal de cinismo.

Kubrick posicionou-se em uma filmagem com valores para as micro-expressões faciais de Nicholson, indo de uma palidez diante seu gosto apurado pela bebida, a um largo sorriso demente e assedioso, a fazer com que esposa desconheça sua pessoa, fazendo uma dupla personalidade, somente por uma fenomenologia, que esboce um “descompetência” ética, na promoção de uma consciência que esteja destinada em uma geografia populacional, que contenha uma ontologia, de rachar o emparedamento de limitar os sentimentos humanos, para um poderio de elementos comportamentais carentes, na elaboração de mitos que possam ajudar, a suportar uma gravidade que mantenha, o sonho e fantasia como sendo protagonistas de uma humanização saudável do que se finge viver no campo material.

Tanto que o jogo, entre o “espiritual e o material”, é tão enfadonho nos dizeres de brincar com o público, que “o brilho”, está a todo o momento causando um distanciamento de se chegar a um veredicto sucinto, do que possa realmente estar em volta como fundamento principal para as transgressões mentais de Jack.

A sua habilidade intelectual coloca-se como uma vergonha para si mesmo o fator, de não entender o que realmente está acontecendo, para uma fuligem de estar com a mente concentrada no trabalho, mas que vai ficando longe do que um dia amou, como a esposa que se torna freqüente de sua cólera, pela qual o fantasmagórico, abusa da sanidade, levando para uma insanidade e ganhando gosto por ela.

A paternidade da sua mente, está na maternidade em não conter o azar de conseguir respostas para todas as dúvidas, que envolvem os mistérios do mundo “e o seu brilho”, estimula que a escuridão, venha ao seu encontro, preenchendo sua gloria de intelectual com uma tentação em poder, ultrapassar os liames, do que seja intencional, para um grado de lei pessoal ao qual tudo pode se fazer, mas nem tudo pode se ter.

Os conflitos familiares são uma forma de crítica social no filme, que esta na dedicação que se é dado ao trabalho, tanto para satisfazer as vaidades, como a deixar para as gerações futuras, uma condição de zelar por “seus nomes”, como sendo somente um administrador do paraíso material que foram, construídos por seus pais, mas que não pertencem aos seus herdeiros legítimos, sendo esses usurpadores, de toda a beneficência da solidão e do processo de criação do “escritor”.

O escritor é a dor, é o amor, é o orientador, é o provocador, é o conciliador, de um mundo, que se diz ter fantasmas, mas que em suas dádivas de promover a alimentação biológica e social, fez do espiritual algo optativo, não respeitando nem Deus ou o Diabo, mas sim, ele sendo um lar de descuido e dúvida do agnosticismo, para que assim possa se satisfizer o crítico.

E Torrance, vai perdendo seu lado argumentativo-crítico, disseminando um pouco de dor, que depois vira uma psicose, perante uma humanidade que procura se alimentar dos sacrilégios de alguns, enquanto massas correm para satisfazer suas fomes, de orientações psicológicas, acerca da sombra intelectual de privilegiados mentais, que vão perdendo seu discernimento do “real”, indo para o “boçal”.

O atrativo, em estar em desnudar o atrevimento, de enfatizar uma idolatria pelo desconhecido, está que para o “traidor da beleza universal humana, do bom-senso”, estuprando a separação, de um substantivo existencial que faz determinismos de seguir o que seja o menor sinal de amor, indo para o estrangulamento de um materialismo que venha a fornecer explicações claras, para o que não é claro.

Torrance é a imagem de uma destruição, do esforço em se melhorar através da produção intelectual, distanciando de um reflexo de prazer literário, para um breviário de satisfação da carne, que através do “desconhecido”, fez o “brilho” de um “iluminado” amedrontado, em ter que reaver suas responsabilidades, em uma sociedade que promova a desvalorização da vida conjugal ética, na timidez em repor algum tipo de escatologia de carinho, diante uma frente psicológica, em argumentar o que se pode fazer diante, atrocidades de destruição do respeito, diante a imagem de um fracasso, que possa vir a considerar como sucesso, somente pelo esforço de ter estado em indiferença, diante pessoas que insistem, na profissão de valorizarem um “mudialismo”, de exterminar o “local”, particular de administração dos seus talentos, sem se misturar com a loucura, de lutar contra um “vegetativo”, rumor de signos de se afastarem do claustro imaginativo, como arma para lidar com as tristezas diárias, e ordinárias, que faz suas diárias na mente da maioria das pessoas.

Na filosofia da linguagem, O Iluminado é o movimento do inconsciente como protagonista de um aprofundamento dentro nossos piores desejos, mas que extenua uma revolta da mente, perante estar sempre dentro de um clima de normalidade, para enganar, um sentimento de escuridão em reclamar constantemente da vida, e sim fazer do alcoolismo um sinônimo de vitalidade comportamental, ao qual o amor, não possui nenhum caminho de perseguição, ficando entorpecido pela erudição, mas que dentro da sua própria linha entre sanidade e loucura, produz a loucura dentro de esteios a não ter uma autoridade clara, seja entre a ciência e um amadurecimento que provoque o mundo, diante a não ser o “super-homem”, “nietzschiano”, mas sim uma normalidade, onde, já não ocorre, o crescimento de meandros filosóficos, que não sejam banhados pela “graça” do senso-comum.

Thomas Paine (1737 – 1809), em relação ao senso-comum “adverte, para não ter a confusão em discernir sonho de loucura”, mas Wilhelm Dilthey (1833 – 1911), fala “que fatos históricos são um complemento da irracionalidade humana, em olhar acontecimento concretos, somente que estejam ao seu redor”, Torrance foi um acontecimento de uma imaginação metamorfa de Stephen King, que realizou um jogo de interesses, entre paralelos, de uma realidade estética, e uma imaginação que assedia, as mentes mais sábias, enfrentando um inimigo, que está dentro de si mesmo.

De fato, a máxima “socrática”, Conhece-te a ti mesmo”, está mais para um “marxismo mental”, de combate entre superestruturas, ocasionando o encontro da família Torrance, com núcleo de energia abstrato, pelo qual a fenomenologia advertiu está perante, enigmas pelas quais a inteligência não consegue buscar uma explicação clara.

É saliente dizer, que no cinema de terror, o monstruoso, a deformação, o grotesco estão como figuras de um estilo de filmagem nato, mas que ao mesmo tempo provoca, distrai, pois o real, é tão ardiloso, quanto a está sóbrio.

No espaço de um tempo, ao qual a matéria vai sendo corroída, com andares de tropeços, está se medindo o contrário de um pensamento sofista de Protágoras (490.a.C -415.a.C ), ao qual o “homem, não é medida de todas as coisas”.

Para O Iluminado, dentro de uma análise ceticista, o homem é vítima de suas paixões, que projeta uma mente doente, em metafísicas, de endeusar o desconhecido, para assim conter algum sufrágio psicológico, de poder suportar, uma cultura que é incrédula perante forças “para-conscientes”, fazendo uma sinergia que possa usar o “fluido universal” de que compõem a vida, como uma obra tecnológica, de regra, para se suportar uma massificação dos desejos, mas que faz do desejos, uma organização mental, de que a propulsão de divagações da mente, é um produto, da própria falta de moral humana, em aceitar que não se pode conceber na explicação de tudo na forma argumentativa e empírica.

Do criticismo ao empirismo, uma das marcas do pensamento literário de King, faria Charles Darwin (1809 – 1882), agraciar o terror, como uma apresentação que a luta das “espécies”, está entre provocar o medo, que é algo natural entre os homens, e fugir do terror, pois o terror, sem medo, pode ornamentar, uma orientação mental, que o espiritual provoca a ilusão de um trabalho, que possa ser humanizado, e não amaldiçoado, por flexibilidades terríveis, entre o biológico e o mental, pois dentro de uma perspectiva neurofisiológica, os fantasmas de Torrance, seriam apenas obras de um organismo que não conseguiu se adaptar ao ambiente ao qual foi deslocado.

Usando de Charles Dickens (1812 – 1870), e seus “fantasmas de Scrooge” do seu “Um Conto de Natal” (1843), são a prova, que nem todos os terrores são verdadeiros marasmos de sanidade, e sim uma oportunidade de rever a vida, através da visita de metafísicos contornos de uma esquizofrenia sadia, para poder suportar a loucura da realidade materialista.

Uma pena que para Torrance, foram um prova psicológica, que seu mundo real, era uma verdade irreal, recheada por demônios, que ele mesmo alimentou, iluminando a alma, demoníaca da humanidade.

DADOS TÉCNICOS

O Iluminado

Filme de 1980, com 2 horas e 23 minutos de duração.
Direção: Stanley Kubrick
Elenco: Jack Nicholson, Shelley Duvall, Danny Lloyd, Scatman Crothers
| Estados Unidos – Inglaterra.

Sinopse: Durante o inverno, um homem (Jack Nicholson) é contratado para ficar como vigia em um hotel no Colorado e vai para lá com a mulher (Shelley Duvall) e seu filho (Danny Lloyd). Porém, o contínuo isolamento começa a lhe causar problemas mentais sérios e ele vai se tornado cada vez mais agressivo e perigoso, ao mesmo tempo em que seu filho passa a ter visões de acontecimentos ocorridos no passado, que também foram causados pelo isolamento excessivo.