Essa semana saiu na Bloomberg a seguinte notícia: “Netflix está planejando fazer um episódio de Black Mirror interativo”.
O que seria isso?
No começo seria para o telespectador escolher o final, mas existem boatos que o telespectador pode escolher tomadas de decisões do personagem, enredos e por ai vai.
Mas o quão bom é isso?
Vou exemplificar com dois programas distintos.
Você assistiu Se7en – Os Sete Crimes Capitais (1995)? Pois bem, aquele final é incrível. Tudo funciona muito bem. Imagine mudar uma tomada de decisão em algum personagem. Pronto, teríamos desfeito um brilhante filme.
Você assistiu Dexter? Então, aquele final, meu Deus, que coisa péssima. Qualquer outra tomada de decisão seria melhor.
Afinal, decidir ou não o final?
É óbvio que não decidir é o correto. O autor cria uma obra, ele tem total controle sobre ela, goste você ou não das decisões ali tomadas. O que acontece é que estamos vivendo uma era em que ninguém pode ser contrariado.
Quantas e quantas vezes não li comentários do tipo: “Ah, se fulano morrer, eu paro de assistir o seriado”. “Ah, se ele não ficar com ela, eu paro de assistir”…
Dá a impressão que o medo de perder telespectadores faz com que as empresas optem por deixar tudo na mão deles. Sim, já existiram casos em que o telespectador mandou no enredo, vide a morte do Robin (Morte na Família) e o filme Os 7 Suspeitos (1985). Mas são casos esporádicos.
No mês de junho a Netflix já havia lançado uma serie infantil (As aventuras do Gato de Botas), onde é possível escolher quais os personagens o protagonista irá enfrentar. Agora surge essa notícia.
Tudo é muito recente, mas os indícios são que, se forem aprovadas pelo grande público, as séries e filmes com enredos alternativos cheguem para ficar.
É tudo muito lindo, todo mundo fica feliz e ninguém sai contrariado com o final daquele filme ou série. Mas pense bem, se tudo for exatamente do jeitinho que você quer, qual vai ser a graça?
E ai? Qual sua opinião sobre o tema? Comente!
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Fonte da notícia: Bloomberg