Texto de: João Marcelo Simão Castro
ATENÇÃO !!!
Este artigo contém spoilers do livro!!!
Sendo um dos maiores livros de Stephen King, It possui 1104 páginas da mais pura experiência do horror. Contendo algumas, se não todas as bizarrices que acontecem na cidade fictícia de Derry, no Maine. Listaremos algumas delas:
O encontro de George Denbrough com Pennywise, o Palhaço dançarino.
Este acontecimento inicial, dita o teor de horror e suspense que seguirá no decorrer da história. Logo no primeiro capitulo, somos apresentados à George Denbrough, irmão mais novo de Bill, um dos personagens principais. George era apenas um garoto de 6 anos de idade, cujo maior erro foi não enxergar maldade nas pessoas.
Certo, vamos ao relato… É um dia chuvoso no Outono de 1957, George pede para seu irmão construir um barco de papel, para que ele possa brincar na chuva. Bill monta o barco com uma folha de papel, passa uma camada de parafina, para que o barco possa flutuar, e o entrega a George, que sai pela última vezde casa em direção as ruas para brincar.
Após alguns metros, seu barco cai em um bueiro, onde é recebido por um estranho palhaço que em uma das mãos haviam balões flutuando e na outra o barco de George. Os dois tiveram um breve diálogo e logo o palhaço se apresenta sendo Bob Gray, mais conhecido como Pennywise, O Palhaço dançarino. Sendo uma criança inocente e desprovida da malícia que só vem com a proximidade da idade adulta, George aceita o convite de Pennywise para pegar de volta seu barco de papel, e esta foi a última decisão que George tomou em sua curta vida, pois, em rápido movimento, Pennywise arranca o braço esquerdo, no qual George usou para tentar pegar o barco, de forma tão brutal, que nem mesmo a rapidez dos vizinhos para chegar ao local prestar socorro (45 segundos) salvou o garoto.
O assassinato de Avery Hockstetter
Não posso apresentar Avery sem antes introduzir meus leitores a seu irmão: Patrick Hockstetter.
Diferente do que vimos na adaptação de 2017 para o cinema, o jovem Patrick Hockstetter não é “só mais uma vítima” da onda de assassinatos que ocorreu entre junho e agosto de 1958. No livro, ele é descrito como um sociopata de 12 anos de idade. Patrick sofria de um transtorno chamado síndrome de solipsismo, no qual ele acreditava que era o único ser “real” no universo, logo, isso o impede de ter empatia com qualquer outro ser vivo, isso inclui membros da sua própria família.
Okay, então vamos para o que interessa… O ano é 1951 e Patrick tem apenas 5 anos de idade, mas já apresenta vários sintomas de seu transtorno. Patrick não ligava para quantos filhos os pais dele tivessem, desde que eles continuassem dando a mesma atenção para ele, e nós sabemos que as coisas não funcionam desse jeito. Crianças recém-nascidas precisam de atenção constante, Patrick não aceitava isso. Mas a principal razão que o levou a tirar a vida de seu irmão mais novo foi a descoberta de um novo sentimento: medo.
Pense bem… Se Patrick era uma pessoa “real” e seus pais o trouxeram para casa do hospital quando ele nasceu, então Avery também poderia ser “real”. E se Avery é “real” o que impede os pais de Patrick de se livrar dele quando Avery estiver maior e eles não precisarem mais de seu primogênito?
Patrick não podia deixar isso acontecer… Em uma tarde de inverno, logo após chegar da escola, ele foi até o quarto em que seu irmão dormia, e por três vezes tentou asfixiá-lo, deitando-o de bruços, mas não adiantava, ele sempre se mexia ou Patrick não segurava sua cabeça no travesseiro por tempo suficiente; até que por fim, Patrick apertou o rosto do bebê com mais firmeza contra o travesseiro até que o choro se tornou fraco e por fim parou de se debater. O único sentimento que Patrick sentiu durante esse processo foi: entusiasmo.
Não deixe de conferir.
Não leia nenhuma crítica antes de assistir um filme