(Dedicado ao meu grande amigo Marcio Aparecido Amadeu)
Um coração feliz é o resultado inevitável de um coração ardente de amor.
Madre Teresa de Calcutá
A Princesa Diana, representa os paradigmas de uma Grã-Bretanha, que aprendeu a “chorar” com a sua ausência, e a fazer da ausência, um traçado para relações políticas, que se confundem diretamente com os ornamentos jurídicos públicos e subjetivistas.
O espetáculo de horrores éticos, angariados por uma imprensa “marrom”, que dentro de um psicologismo de carência a renovação da informação, fez da ação investigativa, um oblação maléfica para uma das maiores mulheres da história.
Sua vida está contrabalanceada a uma sucessão de escândalos, com uma pitada balzaquiana da decadência de uma nobreza, que se via cada vez mais instante de seus súditos, e que outorgou uma série de repressões de liberdades de vivencias, como sendo ela uma pessoa comum, como a própria princesa tentou passar para todo o mundo.
O filme discute de maneira acintosa, que Diana também por causa de sua fama, brincava e forjava notícias a seu respeito, como uma artimanha de vingança perante a família real britânica os (Windsors) que ao longo dos seus anos de casamento com figura deprimente do Príncipe Charles (1948), travou uma batalha árdua de egos, em torno de questões que iriam desde seu envolvimento em causas humanitárias, até, a um profícuo casamento com o médico paquistanês Hasnat Khan (1958)
Sendo este muçulmano, caso a princesa tivesse algum herdeiro, esse poderia conter sangue “não real”, algo praticamente intolerável pelo tradicionalismo anglicano, e que levantou suspeitas de uma forte conspiração organizada tanto pelos serviços secretos britânicos o (MI-6), ou até mesmo uma ordem de execução sumária expedida pela agencia israelense de espionagem (Mossad) em torno do seu envolvimento em campanhas contra a venda de minas terrestres e a comercialização de armas.
Ao longo da sua participação dentro do aconchego febril e insano da Rainha Elisabeth II (1926), houve em torno de sua participação como membro da realeza, uma série de indagações acerca da não pacificidade diplomática da princesa ao se envolver em assuntos que diretamente, não estava dentro de sua alcova de função, ao redor das ações deprimentes de uma monarquia ainda contendo sérios resquícios, de uma carência de diálogo, com outros angariados setores na nobiliarquia inglesa.
A polivalência de lógicas, existenciais dentro a uma mudança a comportamento intersubjetivos, a realizar uma película, com interpretações, submetendo ao escracho de uma personagem histórica, como Diana, produz um sentimento nostálgico, de um “eu” burocrático impedindo que os maiorais do reino, possam ter algum tipo de ação social, que os submetiam ao “rol”, dos pseudo-mortais.
Ou seja, o amor e a dor, estão presentes a cada momento, não importando quantas pessoas são banhadas por ele, e sim que cada um, seja conveniente, a uma transição, de que todas as mulheres, precisam serem respeitadas pelos seus desejos individuais, batendo de frente conta os Neandertais da modernidade que execram, a imagem feminina somente como um escopo de consumo, a satisfazer os mais derradeiros caminhos hormonais.
O sortilégio ao balbuciar de uma melodia histórica midiática, que metamorfoseou Marylin Monroe (1926 – 1962), Ava Gardner (1922 – 1990), Sophia Loren (1934), Elizabeth Taylor (1932 – 2011), Brigitte Bardot (1934), entre tantas outras beldades, como uma cadencia de beleza amaldiçoada, a ter seus desígnios, propriopercepção de um “sexo”, determinando ao inconsciente coletivo, de que toda a mulher merece ser cortejada.
“Cortejada sim”, mas, Diana, foi muito mais do que cortejada.
Foi violada, por uma penetração incrédula, da mercadologia a uma fotografia sem pudor em ter todos, os parâmetros de sua personalidade, estampada nos piores tabloides, de um viés comunicativo pouco, fantasioso, a produzir um terror que tremulou seu “ser” ao qual a “fama”, não possui nenhum tombadilho específico de ação.
A exemplo das grandes estrelas de cinema, Diana, encarna a coisificação da mulher, um objeto de consumo, movimentando setores dos mais perversos esteios da indústria cultural.
Mesmo depois do fatídico, 31 de agosto de 1997, sua desencarnação rende um dinheiro maldito, como a bibliografias sensacionalistas, sem haver um verossímil caminhar de resplandecer um badalo jornalístico, que respeite a memória dos que fabricam a notícia.
Naomi Watts (1968) que interpretou Princesa de Gales, faz uma angelical mistura entre a fragilidade atormentada, pelos pio fantasmas de escravização da fama, contra a intransigência libertária de uma democracia escaldante a edificação de respeito do espaço privativo, no intuito de rebeldia, em buscar das posições mais elevadas dentro do artefato dos meios estatais, visando a ter uma filosofia de vida como a de qualquer outra pessoa.
Sua relação à embaixatriz brasileira Lúcia Flecha de Lima (1940 – 2017), deixa uma mácula, de alguém que vive na solidão de muros de palácios, banhados pelo excremento imaginário do fácil, para aqueles que são manipulados por uma massa midiática, usurpada no seu compromisso ético de informar e não perturbar.
E perturbar foi algo que Diana soube fazer como ninguém.
(Foi ameaçada por extremistas muçulmanos, enfrentou campos minados em Angola durante a Guerra Civil, visitou áreas beligerantes na antiga Iugoslávia durante os conflitos entre suas divisões entre 1992 e 1995, assim como foi cortejada por inúmeros figurões da política internacional, como Henry Kissinger (1923), Bill Clinton (1946), George Bush “pai” (1924) (François Mitterrand (1916 – 1996), Tony Blair (1953).
Antes dos olhares duros e sem vida de Theresa May (1956), o desvario de um semblante melancólico de Margaret Thatcher (1925 – 2013), os súditos da rainha, tiveram uma Lady, que eram um pouco de força, mas também de um contra peso maciço, nas articulações de um Estado britânico a voltar com as questões com o conflito na Guerra das Malvinas (1982).
Diana desempenhou um espectro do esclarecimento político, para um universo de diplomacia ao qual a Inglaterra, havia se enterrado literalmente, como uma ilha de exclusão aos acontecimentos, que orquestram um esmero centro de união popular, contra um excêntrico grupo de poder, a personagens sociais que venham a conter o orgasmo de um cheiro horroroso em deixar a política unicamente ao privilégio de poucos.
Para a liberdade das mulheres, ela desafiou uma história que não faz questão em conter o sexo frágil, em torno de suas articulações de aglomerações a decisões que possam envolver antagônicos níveis sociobiológicos, para um artesanato de decisões angariadas ao subjetivismo machista, delineando, uma frente de estatismo, ao exclusivismo, de vilipendiar, um caminho de liberdade que possa estar rebuscando, o caminho para decisões filosóficas de ficarem longe dos holofotes, a uma decisão de sacrilégios, para uma ascensão em conter seu poder de decisão mental plena.
O pleno se faz terreno, para um burlesco, sentimento de “cultura pop”, levando para o escrutínio, de um sentimentalismo e escravismo da fama, como um demônio, para atormentar o sentido de existência das almas mais carentes, na ontologia de uma solidão de não ter seus desejos mais profundos realizados.
As mulheres grandiosas, como a própria Jacqueline Kennedy (1929 – 1994), foi uma corda bamba, entre a realeza funesta do Reino de Camelot, feito nos tetos de vidro, da Casa Branca, silenciado por um tiro fanático de vazio existencial, com uma inveja da classe e pompa, da falta de nobreza da família presidencial, algo sutil presente na vida das mais parcimoniosas famílias reais europeias.
A Princesa Sissi (1837 – 1898), da Áustria no fim do século XIX, foi vítima da decadência de seu Império, e do nefasto, conservadorismo de um terror, lançado perante da ralé, que retribui o desprezo do poder político através do Terrorismo.
Já Diana, lutou contra uma díade de terror, entre a louvação, a sua estética de princesa vulgarizada e o descaso da família do marido, enclausurado em torno de uma Monarquia, que não conseguiu oferecer m verdadeiro conto de fadas, e sim uma sucessão de pesadelos infindáveis, ao vicio da luxúria desgarrada, a uma ética política que pudesse levar sua posição influencia a ser reconhecida por todos os elementos da “sigilosa’, classe nobre inglesa”.
Uma nobreza sem destreza, que através das décadas, de 1970 á 1990, travou uma verdadeira guerra contra a fábrica de loucuras, de informações levianas, feitas pelos mais sínicos jornais, transformando em pornografia sociológica e filosófica, assuntos da família real, e de suas intimidades como um sendo um capitulo diário da falta de decoro e descrição de uma imprensa que venha a respeitar a vida alheia desde os cidadãos mais inóspitos, até os mais eloquentes.
Uma comparação ao descrédito, de valorização da moral monárquica, auscultado pelos Windsors, está na elaboração de uma mulher, sem pudor, feita por setores comunicativos ligados diretamente aos seios de atividades de Estado, atrelados, as decisões de governo inglês tentou fazer com a Diana a pós a sua separação com o príncipe.
A promiscuidade, a serviço da leveza, de um cotidiano, pujante a eliminação de um lascivo, valor, a ornamentar ideais de um construtivismo, a lapidação de um cinema que não seja ideológico unicamente, e sim que venha a enunciar a compaixão de seu público, perante, as mazelas de escravidão de pessoas influentes perante suas “obrigações perante o poder da sociedade civil”.
Jurgen Habermas (1929) “coloca que no teatro das mudanças de esferas públicas, em polaridades com mudanças pessoais”, muitas vezes a fronteira entre o que é certo ou errado, não venha favorecer o coletivo, e sim, o individual de cada pessoa.
Não basta conter um cânone no maneirismo, de subjugar um entorpecente, grau de que ao se realizar o certo e representar o certo, para estar errado basta apenas, saborear na solidão dos labirintos de fugas ao senso-comum, e que elabore uma modéstia de liberdade, que se camufla com preconceitos em se sentir errado, como uma maneira psicótica de fugir da realidade nefasta, que boa parcela dos humanos vivem.
A realeza, para uma vagabundagem, na procura da libido, sem alarido, de atrevimento, para se transformar em ternura, onde há somente o sardônico sentimento do sexo, em toda sua lisura e frescura.
Watts procura encarnar o lado desvairado dos costumes de uma vida de realeza sem grandeza, atravessando os hormônios, para uma visão sado – política, de um lado psicossexual, em que Hasnat Khan, é um arcanjo de lutar contra os preconceitos de um anglo sentimento de conservação, a um tecnicismo da tradição ao invés de digerir um cabedal, a uma nobreza, sem a dialética de informações, no esguio de entonação, a sinfonias do esquecimento em que toda a celebridade, um dia, foi uma fagulha incomum, perante o comum, do senso crítico, para vim a se torna base de criticidade, numa homeostase, de compactuar o amor, com a política, mas tendo uma vida pública como qualquer outra pessoa, não tendo a maldição das luzes da publicidade.
Mesmo assim Diana, esteve em evidência tanto pelos seus amores, como seus desamores, o que o diga a poderosa indústria da “Guerra”, vendo seus investimentos serem prejudicados pela campanha anti-minas terrestres, feita pela “primeira dama de Gales”, enfrentando diretamente os perigos dos campos de batalha em Angola, ou desafiando nações a terem um tratamento mais brando, com aidéticos, sofrendo com a discriminação, e a falta de recursos para adquirirem tratamento médico adequado.
Dentre suas atitudes de caridade, o relacionamento com a Madre Teresa de Calcutá (1910 – 1997), trouxe frutos, para construção do mito Diana, como a princesa dos pobres, em um mistura humanística – gnóstica, acolhendo para os grandes meios de comunicação, a urgência de ações políticas perante o clivo e refugiados e excluídos ao longo do globo.
Duas pessoas em comum, mas com linhagens de vida e ideológicas diferentes, mas com objetivos, contendo jactâncias de um aproveitamento de “direito dos povos”, para usufruir de uma popularidade, com objetividade, dos não viciados, a conclamarem a inutilidade de benfeitoria para o próximo, somente, pela cortesia de receberem algo em troca.
O “troca-troca”, no cinema político, que arquiteta a imagem ilibada de mitos, mas que é recorrente, a falibilidade humana, em ser facilmente seduzida pelo conforto, e caminha assim rumo ao desconforto de espírito.
Os dissabores, de fazer e refazer o bem, estão ligados, a um fel do inconsciente em se fazer consciente, a que gostamos do proibido.
Mas o que seria o proibido?
Uma tela ideológica para seduzir mentes fracas, a uma capitulação de boas maneiras, exagerando no diálogo que se reveste o corpo, como um adorno da prostituição, pelo prazer de uma penetração, de gozo a-cultural, que faz da maioria da humanidade, um espetáculo de disseminação da miserabilidade ao nascimento da mente cíclica, para uma condição psicológica depressiva, perante um salto gigante de choque-cultural e intelectual, que todos os dias, somos obrigados e vermos, e que alguns privilegiados com a saga da intelectualidade, fingem esconderem através de um jornalismo regrado a sangue e desgraça.
O “quarto poder”, protagonizou o conto de fadas, de todo o reinado inglês, para um processo e fornecimento de material informativo, que escandalizou a terra da Rainha, com uma ciência de indiscrição, alimentou, descrédito dentro dos meios comunicativos.
A mulher mais fotografada do mundo foi um flanco para o crescimento de personagens sombrios, de repórteres sem traquejos morais nenhum, para exercer sua profissão, bem como fez milionários escatológicos de idoneidade insana, como o caso de James Hewitt (1958) ex- oficial da cavalaria, um dos amantes da princesa, que não teve a menor destreza em vender cartas intimas, para serem publicadas e assim conseguir uma esmola de popularidade, perante a sua incapacidade de guardar uma sensibilidade de diferenciar a pessoa pública, da mulher frágil e carente, uma imagem que Diana fazia pouco questão de esconder.
A crueldade, de estar no gélido ninho de serpente da diplomacia, fez com que em suas “doenças espirituais” Diana, se fizesse forte para alimentar um pouco de ternura perante os mais carentes, e assim alimentar sua carência de reconhecimento, nos lastros da realeza, e sem beleza da Casa de Windsor.
O filme peca, em não propiciar os desgostos de isolamentos sentimentais feitos por Diana logo após a sua separação com a fantasmagórica anedota do príncipe de cera que Charles transmitiu diante a sua extravagante falta de carisma.
O grito do esquecimento da fama faz a voz da compreensão, lançar ecos, pelo qual para ser uma celebridade, não é preciso estar morto, e depois conter “flores em volta”, que ironizem o mito do seu “eterno retorno”, e sim a partir do caminho que toda a pessoa é uma celebridade, e tem a severidade, de se realizar, como queira e como também não queira.
Oliver Hirschbiegel (1957) deu uma ênfase, em mostrar uma Diana, com um lado mais terno, e ao mesmo tempo contendo uma pitada de sexualidade, mas sem perder a classe de uma dama, que vivia seus sonhos no conglomerado, de uma nada modéstia sedução de poder, que pudesse assim curar gangrenas, a uma fraternidade de fazer as pessoas, perceberem o negativismo de construção da autoimagem, que não é nem sua, e a viver cada momento sendo vigiada, contendo o horror de um flerte, sem comoção.
Depois de sua morte, Elton John (1947) engrandeceu através da música “Candle In The Wind”, ainda mais o mito de uma cultura da realeza, contendo como principal ícone Diana.
Tanto que os dividendos com as produções culturais relacionados os deslumbrem de “uma vida carnal” nada confidencial, gerou dicotomias, entre até que ponto contar, não é usurpar, a integridade de uma pessoa em especial?
E Diana, pode ser colocada como uma das pessoas mais especiais do século XX, que soube reunir dentro de um parâmetro fantasioso em incomum, de movimentos intelectuais e culturais, tanto a ortodoxia da descrição da família real, como ao expressionismo do respeito a ser elencado para mulher, e não havendo privilégios nos fatores intra – psíquicos entre os gêneros, ou seja, tanto o mais humilde, quanto mais poderoso, tem que conter, uma cartasis de respeitabilidade, e também a diluir, preceitos, de ir contra um preconceito ao qual venha ultrapassar, as artimanhas do mental e sentimental, nas fronteiras que envolvem o mais nefastos ciclos de jogos de poder.
Michel Foucault (1926 – 1984) traçou “que o poder argumentativo em ser ouvido, comete aos homens e seus discursos transpassarem barreiras, no que pode ou não ser estereotipado, como certo ou errado”, já mulher contem no seu corpo a imagem da volúpia a estar germinada nos labirintos dementes, sem atrativos de vivencias que ultrapassam o movimento dos coros ao longo do seu semblante de boçal embuste a servir para a manutenção da exclusão intelectual dos mais humildes.
A separação da plebe faz uma exclusão dentro do coração dos mais necessitados, pois procuram, algum lampejo de sua existência, nas incomensuráveis aglomerações de ideias, que realizam ornamentos, a uma metafísica de fugir de procedimentos psicológicos as celebridades que fiquem envaidecidas exclusivamente por sua sedição a liberdades, sem veleidades para uma memória que se venha exorcizada pela angústia em de ser comum, quando incomum é mais comum, do que incomum.
Diana, não foi o comum, mas também não foi incomum dentro de plantel DAE Mefisto das princesas, que marcaram a segunda metade do século XX, tanto pelas prerrogativas em negar sua ascendência de sangue azul, cometendo um infanticídio de sua menoridade, perante uma população mundial, que aprendeu indiretamente a amá-la e também a fazer surgir a ira de não ser igual a ela.
As casas reais ao longo dos tempos tiveram seus algozes de taxação a um compêndio shakespeariano de Romeu e Julieta, ou até mesmo a MacBeth e Hamlet, em que o “ser ou não eis a questão”, é uma violência simbiótica a análise do discurso, em como enfrentar o que se é, e não aceitar a ser, o que os outros fazem do “ser”, a se tornar o que não deseja “ser”.
Diana foi vítima de um perplexo, jogo de poder, de uma fuga, do pessimismo em não haver novidade, nas mesquinharias reais de vossa majestade, e a conter um “internacionalismo pop”, cunhando aqui o termo do economista Paul Krugman (1953), diante as insatisfações, de um tecnoburocracia sentimental e material, de poder conter fenomenologias de uma novidade mental, que acontece a cada momento, em cada indivíduo e que não contenha alguns paparazzis, alucinados, em busca de algumas notícias, que talvez já nem fossem novidades assim.
O imediatismo de uma comuna, sem a leveza e um toque de criatividade a se escreve novas sintaxes cultuais, que fujam do terror do sensacionalismo moral, deixa um sentimento do “pop”, como uma inferência, a um berço de utopia, que entre os meios artísticos e políticos, as novidades, precisam de alguma tipologia de escândalo para poder, conterem a mediocridade da fama somente pela fama.
Diana foi a progenitora da sua própria fama, e sua própria divulgação, cultural política e intelectual, estilhaçada por seus semelhantes
Ela gerou um verdadeiro orgasmo, na falta de empatia de uma imprensa em conter um autentico compromisso em informar, e não importunar.
Watts faz um despeito de arraigar um superlativo comportamental, que admitisse que o jornalismo bem como outros meios comunicativos, necessitam de uma reorganização e renovação sucessivas, nos seus adereços de formarem, um instante educacional, que promulgue uma lógica de agressão, a não estar dentro de uma mesmice mercadológica, de respeitar a vida alheia desde as pessoas mais simples, até a mulher mias influente do mundo
Tiveram-se ao longo da história da fotografia, ícones de revalorizar a imagem congelada como um arco- íris idealístico de penetração aos mais obscuros sentimentos estéticos, dentro da mente humana, como o peruano Mario Testino (1954), ou como escritores que usaram desse instrumento como um sentido de valorização, da capacidade de assimilação do conhecimento, através da disseminação imagística por polivalentes espaços culturais, aos quais Roland Barthes (1915 – 1980) em sua “câmara escura” ou Susan Sontag (1933 – 2004), com “a metáfora da doença como expressão da à realização das vontades”, Diana foi uma efeméride, em brotar especulações que venderam monstruosos materiais de apologia à incredulidade, fazendo um arriscado trajeto dentro dos meios intelectuais, entre superar o que é boato do que foi comprovado como fato verídico.
A fantasia em se buscar, o que é inalcançável, para a amplitude das pessoas, incentivou um estupro coletivo da imagem, que iludiu e fez sonhar ao mesmo tempo, e que paradoxalmente, elevou índices de uma heurística de filosofia comportamental, subsidiada, a um vetor capitalista, a vender o que fosse necessário, de mesquinharias, perante os atos da princesa.
Dentre o absurdo neurótico do herdeiro do trono britânico, Charles, a troca de cônjuges, tendo estopim sua amante, e depois segunda esposa Camila Parker Bowles (1947), a Inglaterra foi varrida, por um enxame, de percalços informativos, ilustrando cotidianamente a vida dos principais membros da realeza.
Uma realeza, que se perdeu entre tentar se reconstruir como instituição, e formulou um sentimento de sujeito histórico, somente figurativo, sem carisma, uma “coroa”, unicamente como estabelecimento de procedimentos burocráticos.
A Princesa Diana, não foi somente um personagem protocolar, dentro do pandemônio de absurdos cometidos pelos Windsors.
Soube tirar proveito de sua posição, manifestou indignações perante áreas políticas, delicadas da coroa britânica, como no envolvimento em assuntos externos, caso das Guerras na Antiga Iugoslávia, ou do apoio a Cruzada nefasta dos Estados Unidos contra o Iraque, feitas pelo governo Bill Clinton, em 1995, antecipando o que aconteceria anos depois em 2003, com a tomada da antiga terra da antiga Mesopotâmia pelas mãos, da coalizão internacional organizada pela OTAN, tendo a frente a deprimente imagem do Presidente Norte-Americana George W Bush (1946).
Dos bailes na Casa Banca, ao som de hits dos anos de 1970, dançando com John Travolta (1954), a passar pelos constrangimentos, de não ter um pouco de esquecimento, para conter o livramento a apagar alguns momentos de ser famosa, o ícone que se tornou a princesa povoou o imaginário do mundo artístico inglês, sendo alvos de elogios a George Michael (1963 – 2016), como inspiração, à declaração de um Bono Vox (1960), não fazendo a menor esforço em declarar acerca de Diana, que a “princesa, era representante de um covil de loucos”, defronte as intransigências da coroa britânica, em negociar a paz na Irlanda do Norte, durante os conflitos entre seus aparelhos de segurança com as ações do Exército Republicano Irlandês, o I.R.A, a desafiar os campos minados da UNITA (União Nacional para a Independência Total de Angola), Indo até as castas mais miseráveis na Índia, Diana oferece um ventre de dialética, em diversificados espaços do conhecimento e da cultura – política
Watts deixou um ar terno da princesa que queria somente a felicidade como o de qualquer pessoa comum, que lhe foi negada em uma trágica morte ocorrida em um túnel às margens do Rio Sena, mas que fez nascer o mito de Diana, como também acirrou os conflitos entre o “ocidente e oriente”, dado ao seu namoro com Dodi Al Fayed (1955 – 1997), herdeiro e bilionário muçulmano filho de Mohamed Al Fayed (1929), ligado a lojas de produtos luxuosos, e a uma portentosa rede de hotelaria.
O acidente, que vitimou a princesa e o namorado, se tornou um cunho para as mais variadas teorias da conspiração, e de uma pragmática existencialista, que Diana entrou para o mundo das celebridades que nunca morrem, que são eternamente lembradas pelo seu desempenho a uma “política”, que não fique adereçada a palácios, gabinetes, e reuniões funestas de autoridades que não levam a nada.
O filosofo alemão Martin Heidegger (1889 – 1976) pronunciou no inicio do século XX, “que a metafísica estaria acima de todos os saberes, sendo um caminho para liberdade de expressão e ação em vista de uma ética de compromisso social concisa e justa”, Diana uniu a liberdade de ser recebida e entendida por diferentes povos, como também buscou em uma ética de uma autorregulação de sua posição como celebridade, a um conglomerado de provocações aos meios culturais, de exalar a importância em se olhar de maneira clara e consciente para os famigerados descasos de governos e instituições supranacionais, como a O.N.U, OTAN, NAFTA, MERCORSUL, por exemplo, em viabilizar uma disseminação de atitudes, a promover a integração de culturas, entre seus mais diferentes setores, em ornamentar um expectativa de ajuda para os mais necessitados, sem conter a penumbra de uma jurisdição burocrática e que atenda unicamente, aos objetivos, de engrandecer sufixos de uma incessante luta de classes, movendo engrenagens a uma substancial composição, de destituição da emancipação humana para os que mais padecem perante o atributos de ações estatais funestas, não contendo uma “gama” clara de direitos a serem sancionados para todas as tipologias de “seres-humanos”.
O transhumanismo de amor, que fez Diana ser um emblema de carinho incondicional de mãe, princesa, ativista, amante, esposa, menina, mulher, fez com que o público vise várias mulheres, concentrada em um mesmo “corpo”, acionando derradeiros paradigmas de interpretações, tanto no seu eu moral como a um psicologismo, que serviu tanto de base a emoldurar comportamentos subjetivistas da nobreza, como fazer a plebe fugir de um neurótico clivo, a não conter nenhuma representatividade, perante os círculos de poder do Estado.
Diana foi um pouco de tudo, mas ao mesmo tempo não era nada, desse nada, faz do vazio dos mais carentes, uma ascendente estrelar de inspiração, para aqueles que procuram darem ouvidos e vozes, aos flagelos de mudez humana, que assola pessoas nos mais antagônicos cantos do planeta.
Salve a Princesa! Longa Vida ao Mito.
Dados Técnicos.
Diana – Filme de 2013, com 1 hora e 53 minutos de duração.
Direção: Oliver Hirschbiegel
Elenco: Naomi Watts, Naveen Andrews, Douglas Hodge…
Biografia – Drama | Reino Unido – França – Suécia – Bélgica
Sinopse: Prestes a se divorcia de Charles, a princesa Diana (Naomi Watts) divide seu tempo entre a solidão da vida no palácio em que vive e os compromissos que possui com diversas entidades beneficentes. Um dia, ao saber que um amigo foi operado às pressas, ela vai até o hospital em que está internado e lá conhece o doutor Hasnat Khan (Naveen Andrews). Diana logo fica encantada pelo fato dele não a tratar como uma princesa, apesar de saber quem ela é. Não demora muito para que iniciem um relacionamento, mantido às escondidas devido ao desejo de Hasnat em ter uma vida reservada.