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Vamos falar do Zine Cabal

Para quem não sabe, fanzine é uma publicação de baixo custo, produzido independente, e feito para os fãs de certos gêneros. E no dia 14/05/2018 chegou em minha residência o Zine Cabal.

De antemão já agradeço ao Clodoaldo pelo presente, ele é o editor responsável pelo zine.

Pois bem, ao receber o envelope tive uma grata surpresa, a capa do zine é muito bonita, e logo ao abrir a revista nos deparamos com Cat’s City, criado por Carlos Reno. Uma história bem simples, alguns gatos antropomórficos estão meio a uma rebelião.

Aliás, todas as histórias são bem simples, não existe nenhuma que se desenvolva, o zine conta com 42 páginas e muitos artistas reunidos, daí a falta de profundidade.

Mas não poderia deixar de citar 3 histórias.

Cat’s City, que quando vi me fez lembrar de Blacksad, pena que a história se desenvolve em 5 páginas, ou seja, quase nada.

Xandra: A Mercenária, que, em minha opinião, tem os melhores desenhos do zine, o roteiro e arte ficou por conta de Luiziório, mas é outra que não mostra grandes desenvolvimentos narrativos. Xandra é uma guerreira, encontra uns gigantes, é desafiada para uma luta, vence. Fim. Tudo isso acontece em 4 páginas.

Super Eddy, de Leônidas Grego, é muito interessante, é um conjunto de tiras com críticas sociais, e elas chamam atenção… vou dar um aperitivo para você.

E aí tome mais histórias. Algumas com duas páginas, outras meio confusas, mas seria injusto se não destacasse a ilustração do Cibercangaceiro, de Carlos Reno…

…os sempre psicodélicos desenhos do grande Henry Jaepelt…

…e a belíssima Justiceira, de Flávio Gonçalves.

No meio de tudo isso ainda “sobraram” páginas para uma entrevista com o Rom Freire. Apesar de um erro de continuidade, a entrevista foi muito bem elaborada, perguntas bem feitas e respostas melhores ainda.

Rom é criador da personagem Loonar, que no zine foi desenhada por Maycon Deivid.

Cabal é um zine de respeito, mistura autores com destaque no cenário nacional com alguns desconhecidos. Algumas histórias te deixam querendo mais, outras te deixam querendo menos, mas no geral existe grande potencial no projeto. Sei que é um trabalho independente, extremamente difícil para ser feito, mas seria legal ver umas três ou quatro histórias cortadas para que outras tivessem uma narrativa um pouco mais profunda.

No geral eu parabenizo o estúdio Cabal, não é fácil manter uma publicação bimestral independente, ainda mais com todas as dificuldades que enfrentamos.