Não seria nenhum exagero classificar “Caçada Ao Outubro Vermelho”, como sendo um jogo político claustrofóbico, perante a luta militar e ideológica entre Estados Unidos e a antiga União Soviética, fazendo o poderio de suas armas nucleares estarem acima da razão dialética, em torno de uma destruição total do planeta norteada pela vingança do capitão Marko Ramius (Sean Connery 1930 – 2020 ), perante, “sua nação da bandeira vermelha com o machado e do martelo”, refletindo cerca da perda da sua esposa perante o estamento burocrático soviético, que não a tratou com a devida dignidade enquanto navegava pelos sete mares.
Não é também uma anedota de piratas, mas sim a busca da confiança do homem em seu semblante do destino pessoal incerto, mergulhado em uma dor, envolvido entre nações inimiga tendo, “que se odiarem”, perante ordens advindas dos gabinetes e documentos oficiais.
Ramius é a expressão de alguém que enxerga na manipulação da realidade, não somente a massificação ou controle de ideais, mas sim passa por um microfísica de extenuar suas vontades, perante os mais profundos atributos ontológicos, de uma politica que possa promover um diacronismo estético, que seja métrica, quanto a construção de uma argumentação que seja um arquétipo da figura do “super homem de Nietzsche (1844 – 1900)”, perante ídolos e ideologias mas que não contenham um arcabouço de vim colocar um hileformismo, de ir contra as simetrias da corrida armamentista que já estava perdendo seu sentido existencial, diante uma espiritualidade de poder globalizante em unirem as duas superpotências.
“Isso fica notório quando o personagem de Alec Baldwin (1958) exorta que diante a, “suposta amaça”, representada pela, “ainda não confirmada deserção de Ramius”, está ideia, “de que nem tudo, perante o que supostamente se deseja proteger, possa se projetar como sendo um inimigo real”, dentro de uma estrutura de realidade histórica polimorfa.
Na excitação do pensamento burocrático, a guerra chega até soar como um oferenda macabra, que faz da politica talvez uma das piores entoações humanas, diante a escravizar-se perante a métrica de um Estado Nação constituído na base do medo e da intimidação.
Segundo Paul Kennedy (1945), “as forças que ameaçam uma soberania nacional, não necessitam, diretamente de uma resposta bélica, mas pode ser realizada, através e conchavo entre o território ameaçado e sua real ameaça”.
Dentro de uma concepção da teoria das relações internacionais, se projeta uma “meta – verdade”, de que são necessários elementos psicológicos de uma diegese da verdade estatal, que reproduza equidades constitucionais, que estejam envolvidas por subjetividades, que venham a disseminarem semiologias de um pensamento interpessoal, que não venham a proporcionar um “anthem”, do senso comum preso as formas burocráticas.
Dentro do poderio balístico do “Outubro Vermelho”, tanto em sua película dirigida, por John McTiernan (1951), e do livro escrito por Tom Clancy (1947 – 2013), se encontra a formulação de uma arte, em um corpóreo intelectual de respostas, perante a selvageria em se recorrer ao poder das armas, como sendo caminho de intimidação, mas que não somente leve para destruição, mas sim que se faça realizar um renascimento das incertezas, que se poderá chegar ao que seja a “paz perpétua” segundo Immanuel Kant (1724 – 1804).
A paz não se perpétua entre colossais argúcias de buscar um “ser – poder”, que passa por “ter o poder”, sem querer ofender o que quer se dizer, se ter algum oferecer diante algum “bem querer”.
Nesse jogo de gato e rato, Ramius, não é exatamente o caçado, mas faz o urso soviético sair da sua jaula em busca de encontrar o falcão estadunidense desafiador.
Para ele não é somente um êxito entregar um poderoso armamento para, “os irmãos do norte”, mas sim realizar uma humilhação dentro do perigoso mundo da espionagem, fazendo com que a União Soviética seja execrada dentro dos seus sistemas de defesa e na sua credibilidade bélica.
Também surge como uma flamula tentadora, em se colocoar até que ponto a lealdade humana pode ser colchoada como um “logos” sendo trivial, dentro da construção de uma identidade social, que vai passando por um sustentáculo de nacionalismo, que beira novamente uma forte alusão da bestialização dos tempos de “stalinistas”.
Essa bestialização, que faz com que o capitão engane sua tripulação, almejando garantir a sustentabilidade de seus objetivos de vingança.
Porém para que vingança venha a conter algum de êxito, se faz mais do que necessário, se reinventar um “politburo”, que não contenha simetrias com aquarelas administrativas repressoras de Moscou.
Constrói-se uma narrativa cinematográfica, outorgando até que ponto um cidadão pode depositar toda a sua fidelidade a sua nação, que muitas vezes só enxerga ordens autoritárias e as armadilhas políticas de fazerem suas massas obedecerem cegamente.
Lenin (1870 – 1924) já dizia, “o que fazer não deve prescrever o que é um querer, que venham ofender as diretrizes do Estado”.
Ramius não deseja somente se vingar, mas sim eliminar uma fidelidade e eficiência de sua formação militar, demonstrando, que quando se enfrenta o medo, a questão de estar fiel a uma causa, passa pelo livre arbítrio de todos, onde o, “eu – critico” pode escolher livremente o que deseja seguir ou descartar.
Nesse flagelo de jogos de poderes, se arquiteta um balbuciante sentimento de revolta perante a normatização de liberdades civis e militares, que estejam tangenciadas em uma falso, “pacto – social”, que demonstra uma natureza história selvagem, realizando uma virulenta destruição das artimanhas morais e subjetivas que contenham alguma validade intelectual propedêutica.
Perante a iminência da Guerra, Ramius é a expressão da temperança e também de um cunho ideológico entre unir, a tecnologia, com o desejo frontal de vingança, como também a conter um caminho de liberdade, que possa vim a fugir dos rescaldos de um regime soviético, que dentro do motor da história, estava tentando em meados dos anos de 1980 digerir, do fantasma do “Stalinismo – Bolchevismo”.
Mesmo que para se chegar a um caminho de liberdade, tenha que passar por um cunho de, “trair a própria pátria”, ou também infligir à traição de “lesa pátria”, que possa chegar para uma reflexão helenística, que perante a “tirania” todo o sentimento de liberdade tem que ser levado a todas as consequências, que valorizem a construção de um “ser”, que não seja ultrajado, diante caminhos de uma burocracia que venha limitar sua criatividade e sua argumentação intelectual.
Max Weber (1864 – 1920), “traça a burocracia, como um sentido de vim a controlar o indivíduo, tanto de forma mental, como social e intelectual”.
Mental pela obrigação em ter cumprir a risca as métricas estabelecidas pela Ideologia Oficial, com o medo de sofrer algum tipo de punição.
Social, com o temor da exclusão social e humilhação perante seus pares paternais e maternais, sendo símbolo de fracasso.
Intelectual, contendo o perigo de vim a ser traçado como alguém que não contenha os liames de uma mente intelectual sadia que possa estar em equilíbrio com todos os outros semelhantes.
Dentro do espaço claustrofóbico do “Outubro Vermelho”, se encontra, “eixos foucaultianos como o da doença mental e da existência”.
Uma “doença mental” estando a fidelidade aos ideais doutrinadores de Estado, com também ao sonho de “uma existência” que não contenha os aditamentos de uma repressão constante do comunismo soviético.
Nicos Poulantzas (1936 – 1979), “enfoca um sentido de crise de Estado Socialista, ao qual Comunismo fica atrelado ao discurso de convencimento do que propriamente conter uma práxis social que seja real”, dentro assim concebido “Socialismo Real”, delineado Eric Hobsbawm (1917 – 2012).
Porém a ação cinematográfica, que se passa entre seus personagens passa por uma neurose coletiva em ter que seguir princípios de uma regra militar ortodoxa e punitiva, bem como o desejo de desertar e agraciar novas oportunidades no “Novo Mundo”.
Um “Novo Mundo”, que diferente como havia sonhado Cristóvão Colombo (1451 – 1506), se encontra á beira de um colapso de Guerra Total, pois em um primeiro plano de filmagem, Ramius, está traçado como sendo como uma ameaça para ambos os lados.
A ideia de um ataque nuclear, passa pelo alto almirantado da Marinha do Tio Sam, o que não deixa de caracterizar um caminho sádico para se iniciar um ataque sem procedentes que os levariam a revalorização dos conflitos subaquáticos.
O interessante é que dentro da sua, “mise in scéne, de Outubro Vermelho”, está uma condição humana, de tentar viver a todo custo, mesmo que em determinados momentos a vida dos marujos não passe de um rebanho macabro, perante os princípios de jogos de poder do Estado.
Tanto Estados Unidos como a União Soviética, traçam um perfil de jogos psicológicos, perante a hecatombe de uma Guerra Nuclear, que vaga pela mente de cada membro de seus establishments, não como em se importar com a vida alheia, mas sim em garantir a sobrevivência do próprio pescoço não sendo complacente de piedade, que para isso milhões venham a morrerem.
Tanto que dentro dos meandros da burocracia, antes de optar por um ataque direto ao submarino desertor, Jack Ryan (Baldwin), confia na sua intuição em enfrentar o seu almirantado, convencendo seus superiores, de autorizarem ele próprio ir ao encontro de Ramius.
De certa forma isso demonstra uma confiança perante a bondade humana, que passa por uma questão de pensamento chinês, atrelado A Lao Tsé (??? 531 a.C) “de que para um bom combate uma de suas regras principais, está, em primeiro se confiar na paz, para depois se preparar para a guerra”.
Uma questão de Guerra, ou de destruição total que teve em películas como O Exterminador do Futuro (1984) e Mad Max (1979), o contrassenso, de como seria, “o mundo”, se caso não tivesse dado a oportunidade para paz.
Mesmo perante a desonra da deserção, McTiernan deixa um sentido de filmagem, perante a paz tem que ser conseguida a todo custo.
Ramius usa do sentido de manipulação da realidade para convencer sua tripulação a seguir com seus planos, mentindo acerca de certo complô armado pela sua própria “nação vermelha”, o que leva a uma reflexão, de que diante os perigos nuclear de conflito iminente, dentro das artimanhas geopolíticas, às vezes é de vital importância “ocultar a verdade”, para que assim possa vim a garantir o bel prazer de tranquilidade de todas as pessoas.
Em uma ontologia de Estado, se admite dentro de preceitos constitucionais, a elaboração de sentidos constitucionais que possam tanto ser sublimes em enganar seus membros, como também a usar de subterfúgios ludibriosos, desde que isso possa vim garantir a paz entre as pessoas.
Connery faz uma interpretação, em que deixa um cunho de desconfiança em relação a quem o cerca, o que indiretamente é uma descrença perante Estado Comunista, e pelo qual já não enxerga mais nenhum objetivo em continuar a servir a sua antiga pátria.
Mas até que ponto mudar, de lado ou trocar de opinião pode vim a ser classificado como deserção?
A questão da confiança é um fator que faz grandes homens, às vezes deixarem sua razão em segundo plano, e por senso de voluntarismo em se respeitar o próximo, a desvencilhar do seu instinto de sobrevivência e a entregar todas as suas fichas ou cartas para seu semelhante opositor, não se importando ou desacreditando que em algum momento essas pessoas possam vim a trai-lo.
Ramius sabe que de certa forma traiu a si mesmo, e que não tem retorno, mas que para tais empreendimentos de entregar seu submarino para os estadunidenses, foi necessário enganar seus marinheiros.
Mas haveria alguma diferença epistemológica entre enganar e trair?
Enganar seria faltar com a verdade, segundo algum desejo conveniente, que viesse a beneficiar de forma material ou sentimental uma pessoa diretamente, ou algum indivíduo querido ou que lhe ameaçasse indiretamente?
Trair seria só pensar em si mesmo, não se importando com o que “o outro”, pense, ou que venha a atribuir alguma tipologia de razão, que pudesse trazer assim proativos sentimentos ou esclarecimentos, que cada um tem o direito de saber, “a verdade custe o que custar”.
A “verdade” é uma metáfora maniqueísta, pelo quais muitos morrem ou são exterminados em nome de Ideologias, que venham a conjugarem corpos em que todavia há uma forte necessidade a considerar o universo claustrofóbico de um submarino que pode levar as pessoas a cometerem seus piores equívocos caminhando para uma guerra, que assim deixa a reflexão crítica e lúcida de lado.
Ramius está entre o animalesco e a razão, dentro de um sentido “kantiano”, em que a morte, para ele também seria uma maneira de ultrajar o antigo Império Soviético, perante sua falha em prover um comunismo que fosse humanitário.
Em 1984, época em que a narrativa do Outubro Vermelho se passa, a União Soviética, já estava dando sinais que tanto as futuras Perestroika (abertura econômica). B em como a Glasnost (abertura política), dariam caras dentro de um plantel de sistema político que já não estava mais tão interessando no poderio da produção de armas, mas ainda era mantido pelo Terror de Estado.
A ideia de complexo industrial militar passaria, por uma lógica de reflexões quanto a uma Nova Ordem Mundial, onde a tecnologia daria as caras e a ideia de cibernética, seria uma dos grandes alvos da NASA, e que também o tradicional sentido em prover equipamento para um, “combate direto com o inimigo comum”, passaria por um sublime caminho de prover recursos de um Projeto audacioso do “Guerra Nas Estrelas”, que seria durante o governo Ronald Reagan (1911 – 2004) uma grande jogada de mestre diante as aspirações militares do Kremlin.
Porém dentro de um contexto geopolítico, tanto os Estados Unidos como da União Soviética ainda estavam dentro de uma bipolaridade da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), e o Pacto de Varsóvia, que ainda ditavam as regras dentro do âmbito das transações mundialista.
Ramius, contem uma amplitude psicológica de estar engajado na descrença do sistema socialista, e que dentro de uma perspectiva de análise de Eric Hobsbawm, “o mundo comunista”, passaria por um processo de abertura que levaria ao seu fim já, que dentro de sua trajetória historia houve poucos momentos de liberdade democrática plena.
Essa tão angariada liberdade, que faz com que Tom Clancy, faça um critica perante a concepção de mundo globalizado que esteja dentro do diâmetro em prover armamentos, o que, “segundo ele”, leva diretamente há uma cultura tanto literária como cinematográfica, a deixar seus apreciadores com a ideia imanente de destruição total a humanidade.
Michael Dobbs em sua obra “A Queda Do Império Soviético”’, exala que os sistemas de segurança soviéticos como KGB, quando deixaram de estarem dentro da paranoia stalinista de enxergarem inimigos por todos os lados, deixou brechas para a abertura de novas individuações, que vissem o regime comunista como algo voltado não ao igualitarismo e sim para a doutrinação em massa de muitos de seus cidadãos.
Poderia se dizer uma violação do “Contrato Social” de Jean Jacques Rousseau (1712 – 1778), ou seja, não caberia mais a pessoas a fiscalizarem o Estado, e sim engendrar a continuação de uma ditadura que através da eloquência de seus armamentos, viessem a produzirem, a ilusão de grandeza de sua nação perante os colapsos eminentes de seus subsatélites ao qual aos finais dos anos de 1980 e inicio dos anos 1990 passou a fazer da URSS, a democratização da maioria de seus antigos protetorados.
O Outubro Vermelho pode se classificado como um signo de da liberação do sentimento armamentista de boa parcela do Exército Vermelho, que já não via um sentido em continuar com a Guerra Fria.
Quando Ramius e Ryan se encontram, há uma caracterização de busca de um não estranhamento entre os militares civis, que durante décadas estavam em lados opostos.
Isso fica evidente quando Bart Mancuso (Scott Glenn – 1939) é meio que zombado por um dos oficiais do Outubro Vermelho, o confundindo com um cowboy, ou seja, além das questões bélicas, há também uma forte necessidade de se compreender a doutrinação de como cada Marinha, fez com seus membros.
Para uma comparação entre o sentido de armamentos entre os sistemas democráticos e totalitários de governo “Nicos Poulantzas classifica o primeiro como um sentido de defesa e também de aperfeiçoamento tecnológico, enquanto o segundo seria um instrumento voltado inteiramente para guerra e coerção de sua população”.
A critica aos perigos de uma guerra nuclear passa por um caminho íngreme, entre ter que cumprir com o juramento com sua pátria, como também em conter o ímpeto de uma subjetividade que busca vingança contra a terra natal que o traiu, mas que para isso também passa pela manipulação dos seus subordinados, ao qual faz Ramius, está dividido entre ser classificado como herói ou um vilão.
Nesse caso entregar um submarino de longo alcance para a “Águia Mor” do continente americano, deixa lacunas que os desejos pessoais podem sobressaírem, diante as premissas de identidade nacional, que venha priorizarem, a integridade de um Estado-Nação que zele por todos os seus cidadãos.
Ramius é uma exceção de alguém que perdeu o amor por sua nação, e não excita em deixa toda a sua fidelidade militar e patriótica, em nome de tecer um golpe de espionagem e sabotagem contra seus superiores, o que eleva ao sentimento de que a “guerra”, não padece unicamente de armas, mas sim disparidades intelectuais e morais que possam manterem, a sagacidade de servir a um ideal sem ter o risco que com o passar do tempo, esteve perdendo tempo em ser condizente com a simetria intelectual e labores mentais que viessem a destruírem um sereno esclarecimento mental nato, quanto ao que é ser livre, e ao que se pensa ser livre.
Ramius desejo ser livre, mesmo que para isso tivesse que cometer o pecado da traição, mas dentro de um submarino nuclear, podemos chegar a uma análise filosófica se existiria o sentimento ou a maldade de fazer uma “pseudo – paz”, através do uso de armas de destruição em massa.
Para Aristóteles (384 a.C – 322ª.C), “em determinados momentos, tanto a polícia, com a guerra não podem ser desvinculados um outra, mas na política, são necessários acordos e tratados que muitas vezes vão contra os princípios elementares pessoais mais fortes dos seus membros”, estando dentro de um contexto sociológico histórico que John Keegan (1934 0 2012), “é a traição da razão em virtude da destruição”.
Tanto Ryan como Ramius desejam não haver um conflito com as suas respectivas Marinhas, mas dentro de um contexto histórico em tentar manter a paz, é necessário e fundamental às vezes se derramar sangue, como a destruir outro submarino nuclear que estava em seu encalço, como sendo um teatro de operações em enganar a armada soviética, para demonstrar indiretamente a sua incompetência em manter seus arsenais nucleares navais.
Nesse caso, a destruição de seu perseguidor, seria uma amostra que para se chegar a um acordo de cavaleiros, em muitos momentos, os fatos são feitos como tipologias de um controle das vontades humanas mais elementares, e que no usufruto do bem geral patriótico, enganar uma boa parcela de sua população, está dentro de compêndios geopolíticos justapostos, a guerra como algo natural entre as forças armadas, tendo objetivo de tanto “conquistar como destruir”.
Ramius no caso quer a insubordinação, “na construção de uma nova opção de vida”, que lhe possa trazer algum alento perante os anos de submissão ao regime fechado do urso vermelho, mesmo que para isso tenha que conviver com seu passado que não pode ser apagado, mas apreciado como um sentimento de ousadia em tentar mudar, durante um momento psicossocial da humanidade onde a razão estava abaixo do ideal de destruição armamentista causada pela disputa insana entre as duas superpotências.
Dados Técnicos.
Caçada ao Outubro Vermelho
Filme de 1990.
Direção: John McTiernan.
Elenco: Sean Connery, Alec Baldwin, Sam Neil, Scott Glenn, James Earl Jones, Tim Curry…
Estados Unidos – Rússia.
Trilogia Parte 1 – Submarinos Russos.
Sinopse: O ano é 1984. O alto comando soviético acredita na possibilidade de deserção quando o capitão Markus Ramius (Sean Connery), o comandante do Outubro Vermelho, o mais moderno submarino russo, desobedece ordens superiores e navega em direção à América. Diante deste quadro outros submarinos soviéticos recebem ordem de afundar o Outubro Vermelho e os americanos decidem fazer o mesmo, pois temem um ataque contra seu território. Até que Jack Ryan (Alec Baldwin), um agente da CIA que admira Markus Ramius, tenta impedir que soviéticos e americanos dêem prosseguimento a este ataque.