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Nosso Amigo Extraordinário e a dor da solidão

Nosso Amigo Extraordinário é aquela obra que foge um pouco dos dias atuais, onde queremos tudo de forma rápida com respostas curtas que mudem nossas vidas.

Aqui o filme foca na vida de um idoso, ou melhor, três.

O dia-a-dia é o mesmo. Eles vão até a câmara municipal para fazerem sempre as mesmas reivindicações e esse é o ponto alto do dia, pois o restante é totalmente desinteressante.

Não que ir até um local para pedir coisas que não serão atendidas seja legal, mas é o que tem pra eles.

A vida frenética dos jovens não lhes pertencem mais, tanto é que, quando uma nave de outro planeta cai no quintal de Milton, ele fica chateado, pois demorariam umas duas estações para suas azaleias crescerem novamente.

Totalmente desconectados da realidade, eles enxergam em um ET que não conversa, uma espécie de psicólogo. Parece bizarro, mas não é, eles só queriam conversar um pouco, mesmo que fosse com alguém que não respondesse.

Logo a câmara passou para segundo plano e, viver em volta do ET foi o refúgio para almas idosas que clamavam por companhia.

Para ler mais: Frases do filme Nosso Amigo Extraordinário

A grande realidade é que somos assim mesmo, é um loop do qual todos faremos parte. A turma de meia idade sempre dará início, na meia idade não damos atenção aos filhos e nem aos pais, pois somos muito atarefados. Depois, perdemos nossos pais, agora não recebemos atenção, pois nossos filhos são ocupados, depois são eles que nos perderão e não receberão atenção, pois seus filhos estarão muito ocupados…

O loop se repete, ninguém quebra, todos seguem como se tudo isso fosse normal. Como se a vida fosse normal.

O filme extrapola, mas, Milton, que não está bem psicologicamente, fala do ET e ninguém dá bola. Não há ninguém capaz de ir até sua residência verificar o ocorrido. Ele é só um velho, está caduco e, nessa impossibilidade de ser 100% racional, ele chama o ET para dentro, conversa, dá comida, como se fosse a coisa mais natural do mundo.

O grande fato é que ninguém ligou para Milton, ninguém o atendeu e, quando ele precisou, achou compreensão em um ser de outro planeta. Bom, talvez seja assim mesmo, só alguém de outro planeta para nos escutarmos de forma compreensiva.

Eu sei que seres de outros planetas não existem – será? –, mas quando você encontra alguém que lhe faça companhia, companhia real, aproveite, pois ele é, sem dúvida alguma, um amigo extraordinário.

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