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Euro Cine | A Sombra e a Escuridão

Texto de Clayton Alexandre Zocarato.

Charles Darwin (1809 – 1882) dizia “que a evolução das espécies necessita da inferioridade de algumas outras para se realizar biologicamente”, nesse caso o desenvolvimento humano passa por uma forte necessidade em se colocar tanto como predador como também sendo, vitima dos mais terríveis caçadores.

Em “A Sombra e a Escuridão”, está além do enredo selvagem, de dois leões devoradores de gente, passa por “uma alquimia psico – animal”, de entendimento, a esmiuçar a necessidade do homem em se integrar diante a “Natureza Viril”, mas que também, venha a levantar as alcunhas do quanto a sua fúria e crueldade também estejam, dentro de um esmiuçar intelectual atrelados a uma “repetição de que a maldade” está auspiciada em um “labor comportamental”, para o qual o amor sucinto, precisa conter palavras fortes e belas e sublimes, para esmiuçar, que sua sede poder, em muitos momentos não encontra caminhos intelectuais claros, para uma espacialidade de ideias, que possam assim estarem congênitas, para uma construção de subjetividade, que não seja animalesca ou civilizada, mas que promova, a virtuosidade de integrar as ações dos homens, tanto no caminho da “evolução como da criação”.

Na “evolução” das feras assassinas “leoninas”, deixam durante sua passagem cinematográfica, um cunho fílmico, que sua inteligência (ou instinto), passou para uma consciência no introito de castigar a humanidade, perante seus erros, e que seu derramamento de sangue, não passa de uma forte artimanha para uma humanização da metafísica, por um caminho intelectual “kantiano”, em que a “disseminação da consciência lúdica, para comiserar”, uma carência de um “eu”, necessita se voltar a cada instante para si mesmo, como uma maneira de se encontrar no “logos” de arrependimentos diante os pecados cometidos por gerações futuras, que passam a serem sentenciados a lidarem, com seus piores pesadelos diante uma “sombra ameaçadora, e uma e uma escuridão vingativa”.

Vingança ou proteção?

Como interpretar as “ações carnívoras leoninas”, diante um progresso inglês, que ainda no final do século XIX, havendo a  “ideia eugenista e imperialista”, de fazer da Partilha da África (1885 – 1914), um terreno fértil para todos, os piores momentos, de uma condição humana, que caminhava a passos largos para uma massificação de pensamento, e também de aceitação racial, que não contivesse uma necessidade de fazer sobressair, um etnia sobre a outra.

Entre as escravizações e discriminações, a natureza se viu na obrigação de mostrar para o homem, que sua fúria, pode ser muito maior, do que qualquer tipo de ação voltada pela, “criatura bípede circuncisada existencialmente em sua razão” dentro da sua falsa grandeza mística, o que ocasiona caminhos para uma liberdade de inovação intelectual encarcerada no “Empirismo Positivista”, mas que também não se deixa objetivar, por certa crença no sobrenatural.

Para um cunho metafísico o seu enredo enfoca, a luta do homem contra sua própria armadilha em se considerar como sendo um viés intelectual egocêntrico, em que buscar a “verdade”, não atrai muitos meandros para a uma reunificação entre o “material e o espiritual”, tanto que os leões estão com uma representatividade holística, ao qual o poder de lutar contra o “selvagem”, deixa o ser humano com seu psicológico auspiciado para um átrio artístico, de que o animalesco saiu de dentro de si mesmo, e recriou novos “estereótipos ontológicos”, em como a maldade pode vim a disseminar seus frutos através de uma doentia “catársis” concatenadas para o progresso, mesmo que para isso tenha que causar a destruição.

Uma destruição que vai sendo esmiuçada, com uma pitada dialética, ao qual o Coronel Patterson (Val Kilmer – 1959), pelo qual em sua conjectura cinematográfica, representa a voracidade do “Império de Vossa Majestade”, mas que também vai aos poucos vendo a dura realidade moral e social de uma região desolada pela sede de cobiça, e que a chacina cometida pelas duas feras, não se compara numericamente, aos anos de escravidão feita por sua nação.

A necessidade de continuar com o progresso, enfoca um sentido de desenvolvimento técnico, ao quais os meios transportes, e aqui no caso o ferroviário realiza uma junção entre o homem e a natureza, e que também com muita destreza, vai tecendo componentes, que no desenvolvimento científico possa vim acarretar uma forte discrepância de um paralogismo entre a escravização de um povo pelo outro, como também a construção de uma história do progresso, que se encontra no mórbido tecnicismo, ficando  esmiuçado em progredir com suas ações custe o que custar.

Na figura do personagem de Petterson, podemos comparamos metodicamente com a concepção de “cultura operária e escravizadora” segundo o historiador E. P Thompson (1924 – 1993), pelo qual a “inferioridade”, de uma civilização pela outra, traz fortes consequências no sentido de não haver uma lógica clara de uma multiplicidade étnica, que possa fazer com que os povos caminhem juntos em uma mesma direção tanto de tolerância, como também na promoção de uma descolonização que de fato seja efetiva e conciliadora.

Jacques Derrida (1930 – 2004), parte do pressuposto que, “para uma escravidão ocorrer, está também um sentido de linguajar que venha colocar um poder sobre as pessoas angariadas por um medo escaldante de vir,  a ser agraciado por alguma punição, ou exclusão”.

Nesse caso, diante o horror causado pela força natureza, o pano de fundo de A Sombra e a Escuridão, proporciona a união de povos (explorador e explorado), que tange o homem a lutar contra si mesmo, em um Continente marcado por uma profunda, alteração de fatores culturais e intelectuais que vem a desenvolverem, um sublime cunho de uma advertência quanto aos perigos, de não exercitar uma “práxis clara”, de controle mental perante os desafios da sociedade contemporânea, diante uma herança de exploração e destruição da negritude, perante os desejos de conquista de novas terras feitas pelo “dito povo civilizado” do “Velho Continente”.

A sua poética cinematográfica, está em esmiuçar uma razão, que tem enfrentar polivalentes dogmas, de um pragmatismo evolucionista, que a inteligência humana não consegue entender, passado para “letramentos animais”, que vão sendo lançados, para uma propulsão intelectual, que possa assim estar sendo revestida de traçados psicológicos, chegando a uma, intelectualidade, em ser revestida, por um ditame de moralidade, fazendo o clamor entre o “Empirismo” de compreender uma nova forma de comportamento do animalesco, como também a empreender, uma estrutura sentimental, de lançar bases fisiológicas, na possibilidade do “sapiens” ter ficado para trás, dentro de sua pragmática evolução e revolução bioantropológica.

Quando Remington, Michael Douglas (1944), entra em cena, como sendo o alento necessário, para salvar os ingleses do fiasco em ter seus empreendimentos, detidos por seu “alter ego ao contrário leonino”, transfigurado, em um empecilho humilhante, perante as armadilhas que lhe são impostas perante o poderio da natureza, é sublime pensar que para se chegar a compreender o que seja de fato algo sobrenatural, ou algo natural, é necessário também matar, para assim se chegar a uma concentração clara de que para a “sombra da alma humana”, está um litigio, de caminhar nas trevas para se chegar a um sentido compreensão do que seja de fato científico, ou que venha a estar enjaulado, dentro de visões pessimistas ou minimalistas, do comportamento animal.

Como diria Jean Jacques Rousseau (1712 – 1778), “o que nos diferencia dos outros animais, está na capacidade gerarmos polivalentes símbolos”, orientando perante a sociedade, que assim não fique exclusivamente encarcerado na fala, mas também que venha traçar a escrita, como um fator, que faça com, o “sapiens”, desenvolva uma inteligência diferente das outras.

Mas como classificar a “suposta” inteligência e conhecimento dos leões?

Sua audácia em fugir das armadilhas, e de certa forma buscar alvos específicos?

As feras, estão dentro de uma narrativa, aos quais seus rugidos transfiguram um terror caminhando para uma neurose coletiva, onde há tomadas de cenas, com pouco diálogo, mas com um planejamento intelectual, em se tentar, parar com o seu banho de sangue.

Aliás, dentro de um sentido do banho de sangue, está uma pitada de ironia da história no que é sucinto de que diante a escravização do “Continente Negro”, os seus genocídios, em vários momentos foram ignorados, perante o poder silenciador das armas e da cobiça europeia.

Dentro do sentido metafísico, está um caminho de poder, ao qual se culmina para uma humanização dos “reis da floresta”, como sendo uma força de justiça vingadora que vai assim limitando, a adentrada do Império Inglês pelas entranhas de suas regiões mais longínquas.

É necessário ver, que muitas vezes dentro da cadeia animal, o homem não é visto como um predador, e sim como uma entra tantas vítimas, que vão sendo alicerçadas por combates irrisórios, do que pode ou não ser classificado, como um preâmbulo, de que a inteligência, pode vim a surgir, como forte componente de combate, a pressupostos de fazer da arte um instrumento de denúncia, mas também a explanar, como polivalentes “mentalismos de biopoderes”, podem virem a serem armados por uma ontogênese, a esmiuçar um conhecimento lúdico, intelectual e também espiritual, que parta para a um eixo informativo, pelo qual a maldade se desenvolva por diferentes mecanismos de arquétipos intelectuais, de uma cadeia alimentar, que refaça um nominalismo, com artimanhas, da “arte como um meandro de revolução biológica”, pelos quais a “Sombra e a Escuridão”, são denominações de julgamento do homem diante suas piores criações.

Dentro de uma estética da maldade, o animalesco, pode ser classificado como a expressão, de que toda a paixão pelo desconhecido, encontrando sua calmaria em setores filosóficos, de adentrar no “kalos”  ornamentando para a destruição da razão em nome do poder da vingança.

Uma vingança de cunho naturalista, que assim seja sublime, para vilipendiar, atributos, que correspondem para um vértice, de liberdades, pelos quais não se consegue mais dinamizar o que seja vítima, ou fera.

A fera da incoerência e da brutalidade está escondida em cada rosto bonito, que não possa assim vim a classificar, uma contingência de reações intelectuais e espirituais, que não seja um prognóstico que para estar dentro de um parnaso de esquizofrenia, é necessário de se afastar, a  uma plasticidade de subjetividade, que seja ao mesmo tempo, um espaço de principiar “uma física – social”, pelo qual caminhe por uma luz de “incertezas, que possa angariar uma chama, para que o homem enxergue seus próprios estilhaços de equívocos e egoísmos”, segundo as palavras de Gaston Bachelard (1884 – 1962).

Para uma epistemologia da maldade, está uma andragogia, que não escolhe em qual cadeia de evolução, vai colocar suas diretrizes, mas sim traça uma conjectura, de estruturas mentais, que possam ter um pragmatismo, que assim seja uma clareza, que as brutalidades mais atenuantes, podem estar, sendo escancaradas de forma silenciosa, sem nenhum ato vanglorioso de complacência, mas que também, haja uma consciência que busque da “verdade perante o existencialismo”, em se aceitar, que o próprio “homem produz” a maioria dos seus terrores e horrores.

Dentro de um cunho ambiental, está enlutado que o progresso técnico, trouxe as consequências de que para o desenvolvimento tecnológico e científico, transcorre um encontro com o animalesco e brutal, em torno do assassínio da tolerância, havendo uma pluralidade de disseminações, de um conhecimento, que pode virar um forte sentido de lamento, que venha a forçar novos procedimentos de um languido do poder da imagem, que possa tanto despertar o terror, como também um constrangimento a demonstrar a limitação do poderio europeu diante as incertezas da África, que pode ser percebido em tessituras literárias como de Joseph Conrad (1857 – 1924) em “O Coração das Trevas”, ou em nosso atual tempo como escritores como Mia Couto (1955)  e José Eduardo Agualusa (1960).

Os massacres cometidos pelas feras leoninas, detem um clamor de socorro, diante a cobiça colonial, do “Velho Continente”, em espoliar o “desconhecido”, mesmo que para isso, tivesse que enfrentar o poderio impiedoso da selva, o que deixou um caminho de análise geopolítico de uma corrida expansionista, ocorrida por suas grandes nações, o que evidencia que as marcas da exploração e da discriminação, floresceram reflexões acerca de como “um agir” deva “ser esmiuçado”, que possa assim entender a exploração de um povo pelo outro, como também, deixar marcado a necessidade uma ética que possa assim não estar unicamente em setores discursivos, mas que promova uma igualdade, que possa estar dentro de princípios “Iluministas”, que saia do arcabouço da Massificação, no traçado de um diâmetro de “compreender” que esteja auspiciado destrutivo, que possa assim se esquivar de um reducionismo moral, social e espiritual de uma nação ou civilização uma pela outra.

No sentido agorafóbico, de se lutar contras as feras, tanto Petterson, como Remington, passam pelo desafio de apresentarem, nuanças de explicações logicas para a voracidade das feras, que conseguem escaparem das armadilhas feias pelos caçadores, o que não deixa ter as premissas, para sujeição de interceder, por cunhos de que para se chegar até certas tipologias do entendimento do desconhecido e interrogação, pode vim a ser classificado como um “hodós”, de trabalhar a mente humana, para o desafio de que perante a biologia, seus desafios são infinitos, e que dentro do conluio de evolução, as possibilidades de ascensão intelectual, está também um traçado filosófico, de se chegar às profundezas da natureza humana, que assim possa explicar as múltiplas incertezas, de “uma desconstrução mental”, de que até o selvagem, pode vim a conter alguma razão de ação dentro do seu escopo de destruição e terror.

Uma selvageria que leva o homem, a se contemplar como sendo uma percepção de equivoco na natureza, e que assim vai traçando caminhos para se chegar a um aprendizado, que mesmo diante a ponte do Rio Tsavo no Quênia, ele passa a ser uma presa em potencial, da sua própria percepção de destruição.

Os leões tinham como instinto, unicamente matar, até por certo prazer, não somente por instinto o que não deixa de acrescentar, que o seu comportamento estava se repetindo perante uma falsa grandeza, de que o continente negro, havia sido domesticado ou conquistado, mas sim que passaram a ter, simetrias de reflexões acerca de como a natureza estava cobrando, as atrocidades cometidas contra si.

Dentro de um, “sistema de pensamento monadista”, surge uma compreensão que “A Sombra e a Escuridão”, traíram, um propósito de justiça tanto divina como também, uma “condenação luciferiana”, passando por procedimentos, de construção de uma identidade animal, que assim viesse a se vingar dos percalços e da carnificina cometida pelos humanos.

Enfrentar feras, seria algo que Steven Spilberg (1946) em Tubarão (1975), também trouxe o terror de grandes predadores que faziam dos homens seu prato principal, e que haveria uma forma sentimental de identidade dialética, em transformar sua ferocidade em um sinônimo de compreensão de um sublime trido de inferiorização do homem, perante as armadilhas de um “Sistema da Natureza”, que não para de remover uma, celebração de inteligência, que não consegue vim a dominar (por completo), a sede de cobiça e conquista gigantesco do “sapiens”, em procurar entender e compreender seu espaço diante, uma fúria animal, que passe por um sentimento de mesmice, em ter que colocar tanto a selvageria natural dos animais como a cobiça pecadora do homem, lado a lado, diante uma ambição sem limites em fazer do seu semelhante uma escravidão sem igual, tanto social como mental.

A sombra da escuridão humana emana, pensarmos que podemos estarmos seguros diante nossos piores pesadelos, mas dentro “de uma concepção deleuziana de pensamento”, “criamos critérios, para destruição para da razão”, chegando a um nível de conhecimento que assim possa ser fortificado, para um caminhar educacional de compreensão do sobrenatural, para se culminar em um natural, que não entende seu próprio vetor de aprender, em compreender, que estamos, dentro de uma pragmática comportamental, de estarmos como animais perante uma selvageria que esteja disseminada como sendo necessário, para um vasto equilíbrio de opiniões e argumentações, para suplantarem, uma miserabilidade de punições que o “sapiens”, oferece a si mesmo em nome de uma arte que não seja puramente técnica, mas sim contenha um esplendor de lutar contras os piores demônios da sua inteligência.

Petterson e Remington, além de conterem um sentido antropológico de encontro entre culturas e inteligências antagônicas, que vão desbravar o “Continente Negro” também estão em patamar de uma lapidação do “autocuidado”, da carência intelectual em buscar caminhos para domesticar seus piores pesadelos, mergulhando em um oceano de destruição, que os leões, causaram, pelo qual não se  consegue “compreender”, como seus recursos racionalistas, não conseguem dar fim a tamanha forma de ferocidade destrutiva.

Mas o que pode ser classificado como “uma alma – mater” da destruição?

A sede de sangue dos leões?

Ou o progresso inglês que no fim do século XIX, ainda sentia o poderio do seu Império, evocar sua grandeza que já estava sendo colocada em evidência?

Os valores da destruição aqui podem serem, classificados, como um sentimento do homem em tentar a domar a si mesmo, passando para um caminho filosófico, que contenha um vetor a formatar, novas reflexões sobre um nefasto sentimento que a natureza de sua consciência argumentativa, possa de fato dominar a tudo e a todos.

Em outros pontos de intermitentes sentimentos, “o esclarecimento”, não pode propiciar explicações sucintas para tudo e todos, sem reaver uma liberdade, de que para sua desconfiança, estão conluios do que pode ser sentenciado como sendo de fato, algo que esteja dentro do mundo metafísico, mas que não contenha alguma vibração, de subjetividade em compreender, que dentro do “caos da teoria da evolução”, está uma localização “geopsíquica” de que, se faz fundamental uma adentrada da “individuação”, dentro explorações psicanalíticas de um plantel emocional de que as sujeições humanas apocalípticas de conhecer suas profundezas, estão nos prognósticos filosóficos, que caçar, também pode ser um fluxo interminável, dos homens procurarem por um sentimento de existência em tentar compreender, que ele próprio em pequenas atitudes, pode ser ao mesmo tempo sua sombra e sua escuridão, diante obras incessantes de sua “(des)razão”.

Mas e a razão dos caçadores?

Dentro de um sentido ambientalista, “Hans Jonas (1903 – 1993), classifica que a morte de qualquer animal, também venha a se caracterizar um assassinato legalizado, organizado pelo animal racional”, que dentro do seu espaço de conquista não vai poupar, sentimentos, de buscar a todo o momento alguma forma, de posicionamento, diante o desafio a ter que lidar e em alguns casos exterminar, as piores feras, que possa habitar ou ocupar seus “lugares de existências”, e também em conter uma consciência, que não venha a produzir uma confiança, dentro de sua intelectualidade.

Dentro de uma exegese bíblica, a imagem e o ruído do “rei das florestas”, representam usando uma metáfora do escritor, Bernard Cornwell (1944), “o inimigo de Deus”, ou seja, que volta para uma,  “objetividade analítica – teológica”, de que “A Sombra e a Escuridão”, possui uma morfologia intelectual, de não ficar dentro de uma explicação, que passe por uma inferência unicamente empírica, mas que parta para caminhos, da sublime ludicidade, contendo fluxos de uma apelação de valorização, da “projeção maiêutica”, que não esteja dentro de princípios, de uma “física-social”, que use do animalesco e do controverso, como princípio elementar para se chegar a uma “semiologia” do que seja “real ou imaginário”.

Um, “real, focado na aniquilação dos seus principais prolongamentos, mentais e sociais”, bem, “como um imaginário, que não se preste a se ajoelhar perante o que enxerga cegamente”, mas sim que dentro de um contexto espiritual, pode haver polivalentes, ensejos, para uma não arquitetura de projeção, para o progresso do extermínio.

Em torno de uma “teoria do aprender”, “A Sombra e a Escuridão”, deixa marcas de uma compreensão social onde, “o grotesco”, caminha, para uma humanização do irracional, para saborear, que mesmo dentro da inteligência, se encontra, consciências, de um deslumbramento ético, pautado em respeitar o que seja racional, mas perjurando racionalidade, defronte o que seja natural e animal, mas que a “razão” julga descartar como sendo antropo de respeito e empatia, perante os piores mazelos cometidos em nome de um progresso técnico e científico macabro, banhado a sague e medo.

Dados Técnicos.

A Sombra e a Escuridão.

Filme de 1996 .
Direção: Stephen Hopkins
Elenco: Val Kilmer, Michael Douglas, Tom Wilkinson

Alemanha / Estados Unidos

Sinopse: No final do século XIX, um engenheiro vai para a África construir uma ponte, mas acaba se deparando com dois leões assassinos que aterrorizam os operários, pois várias vítimas são feitas e mesmo com a chegada de um experiente caçador, as mortes continuam.