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Frases do Livro Trem Noturno Para Lisboa

Aquela obra que já citei um milhão de vezes aqui no blog, não tenho nem mais o que dizer na introdução do post, ah, já sei, fique com as frases do Livro Trem Noturno Para Lisboa


Para podermos nos despedir de alguma coisa, pensou, enquanto o trem se punha em marcha, é preciso enfrentá-la de uma forma que gere um distanciamento interior.


O problema – disse Silveira, quando o trem parou na estação de Valladolid – é que não temos uma visão de conjunto sobre a nossa vida. Nem para a frente, nem para trás. Se alguma coisa correu bem, simplesmente tivemos sorte.


O que faríamos, o que devíamos fazer com todo o tempo que agora se estendia diante de nós, aberto e ainda não formado, leve como uma pena em sua liberdade e pesado como chumbo em sua incerteza? – Amadeu Inácio de Almeida Prado.


Uma parte da dignidade humana consiste na força para enfrentar o próprio destino, mesmo que seja o mais difícil. Amadeu Inácio de Almeida Prado.


É preciso esquecer a insignificância cósmica de todos os nossos atos para podermos ser vaidosos, e isso é uma forma flagrante de estupidez.Amadeu Inácio de Almeida Prado.


O funeral é coisa dos outros; o morto não tem nada a ver com isso.Amadeu Inácio de Almeida Prado.


Os nomes são as sombras invisíveis com que os outros nos vestem, e nós a eles.Amadeu Inácio de Almeida Prado.


Quem é que realmente quer ser imortal? Quem quer viver por toda a eternidade? Como deve ser tedioso e vazio saber que não tem a menor importância o que acontece hoje, este mês, este ano, pois ainda sucederão infinitos dias, meses, anos. Infinitos no sentido literal da palavra. Alguma coisa ainda contaria, neste caso? Não precisaríamos mais contar com o tempo, não perderíamos mais oportunidades, não teríamos mais que nos apressar. Seria indiferente se fizéssemos alguma coisa hoje ou amanhã, totalmente indiferente. Diante da eternidade, negligências milhões de vezes repetidas se tornariam um nada e não faria mais sentido lamentar alguma coisa, pois sempre haveria tempo para recuperar. Não poderíamos nem mesmo nos entregar à simples fruição do dia, pois essa sensação de bem-estar decorre da consciência do tempo que se esvai, o ocioso é um aventureiro perante a morte, um cruzado contra o ditado da pressa. Onde ainda existe espaço para o prazer em esbanjar tempo quando existe tempo sempre, em todo lugar, para tudo e para todos? Amadeu Inácio de Almeida Prado.


Como seria sermos nós próprios na eternidade, sem o consolo de podermos, um dia, vir a ser redimidos da obrigação de sermos nós? Não o sabemos, e o fato de nunca o virmos a saber representa uma bênção. Pois de uma coisa podemos estar certos: seria um inferno, esse paraíso da imortalidade. É a morte que confere ao instante a sua beleza e o seu pavor. Só através da morte é que o tempo se transforma num tempo vivo. Porque é que o Senhor, Deus onisciente, não sabe disso? Por que nos ameaça com uma imortalidade que só poderia significar um vazio insuportável. Amadeu Inácio de Almeida Prado.


As pessoas não suportam o silêncio, dizia um dos breves apontamentos de Prado, isso significaria que elas teriam de se suportar a si próprias.


Isso é possível? Saber como é ser um outro? Sem ser o outro? George O’Kelly.


Como alguém poderia ter clareza acerca de si próprio sem a desilusão?Amadeu Inácio de Almeida Prado.


Quando deixamos determinado lugar, deixamos para trás um pedaço de nós – permanecemos lá, apesar de partirmos.Amadeu Inácio de Almeida Prado.


Perante a dor, a força das palavras se esgota rapidamente.Amadeu Inácio de Almeida Prado.


Quando o tempo de uma vida se torna raro, as regras passam a não valer mais. Então parece que você perdeu o rumo e está maduro para o manicômio. Mas no fundo é precisamente o contrário: para o manicômio deveriam ir aquelas pessoas que não querem se dar conta de que o tempo ficou raro. Aqueles que continuam como se nada tivesse acontecido.Raimund Gregorius.


Se os outros nos subtraem o afeto, o respeito e o reconhecimento, por que não podemos simplesmente dizer: não preciso disso, eu me basto a mim próprio? Não sermos capazes de fazê-lo não representa uma horrível forma de dependência? Não nos torna escravos dos outros? Quais são as sensações com que podemos nos defender como dique, como barreira de proteção? De que maneira deve ser a firmeza interior? Amadeu Inácio de Almeida Prado.


Pois existe isso: não sabermos o que nos falta até nos aparecer pela frente. Então, subitamente temos certeza de que era isso. Maria João.


Como se despedir de alguém que marcou a nossa vida mais do que qualquer outra pessoa? Maria João.


Frequentemente eram os outros que se queixavam que alguém deixou de ser ele próprio. Talvez isso significasse, na verdade: ele não é mais como nós gostaríamos que fosse.


Nada há nos desejos que os torne indignos. Estefânia Espinhosa.


A intimidade tem o seu próprio tempo.

Frases do Livro Trem Noturno Para Lisboa

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