O quão nocivo pode ser uma rede social? No documentário da Netflix, especialistas do Vale do Silício expõem os malefícios do mundo virtual e nós separamos as lições do filme Dilema das Redes.
Então, sem mais delongas.
Vou começar com a questão do vício e manipulação.
Nada é feito ao acaso. Absolutamente nada, um simples ‘digitando’ faz com que você não saia da conversa com seu amigo. Atualizar o feed em busca de novidades o tempo inteiro, notificações no seu celular pipocando toda hora. Tudo é feito para você ficar entretido e não sair de frente da tela. Quantas e quantas vezes não entramos para ficar 10 minutos nas redes e ficamos 2 horas?
E para que você se vicie, você precisa ser manipulado. Então, meu amigo. Você gosta de algo? Sempre receberá aquilo, como se não houvesse mais nada no mundo, só o conteúdo que você gosta. E o melhor (pior), esse conteúdo sempre vem para afirmar suas convicções.
Tudo é feito de maneira imperceptível para que você fique em frente ao celular e, aos poucos, sua percepção e o seu comportamento de mundo vai sendo mudado.
Queremos descobrir como te manipular psicologicamente o mais rápido possível, para em seguida te dar uma injeção de dopamina. Fizemos isso de forma brilhante no Facebook. O Instagram e o WhatsApp também fizeram. Assim como o Snapchat e o Twitter. – Chamath Palihapitiya..
As mentiras (fake news) se propagam mais rápido do que a verdade, então, cada vez mais, em um mundo que só se conta likes e views, as mentiras também estão sendo usadas para te manipular, gerar ódio e te manter lá.
Não importa mais, a cultura das fake news está instalada e muito bem montada. Eleições são travadas por meio delas. Reputações são trucidadas em uma velocidade absurda, os fatos não são checados, tudo o que vale são os likes, pouco importando quem está sendo ferido.
Criamos um sistema inclinado às informações falsas. Não intencionalmente, mas porque as informações falsas levam mais lucro para as empresas do que a verdade, que é chata. – Sandy Parakilas.
As bolhas/polarização estão cada vez maiores. Se você é de esquerda, só receberá conteúdo assim. Se você é de direita, idem. Acredita na terra plana? Ets? Ou qualquer outra teoria da conspiração? As redes vão te entregar exatamente o que você quer.
Até o Google te entrega diferentes tipos de resultados para sua pesquisa, tudo depende do local onde você está. Afinal, cada região/país tem uma tendência de buscas.
E como sair da bolha se nem sabemos que estamos nela?
Outro problema gravíssimo são as doenças psicológicas.
A quantidade de curtidas e visualizações geram graves problemas de autoestima, ansiedade e depressão.
Será que a próxima foto terá a mesma quantidade de likes? Será que o próximo vídeo terá a mesma quantidade de views? Se eu disser o que penso, serei cancelado?
A necessidade de aprovação é gigantesca e só não é maior que o medo da rejeição.
Não é só o fato de estar controlando a forma como passam o tempo. O fato é que as mídias sociais começam a influenciar cada vez mais profundamente e assumir o controle da autoestima e do senso de identidade. – Tristan Harris.
E pra fechar? Qual o motivo de tudo isso se usamos as redes de graça?
Então, deixa eu te falar, se é de graça, você é o produto.
Sim, você é o produto e quem paga as redes por esse produto são os anunciantes. E para que os anunciantes paguem e consigam retorno, eles precisam de dados.
A realidade é que as redes sabem TUDO sobre você. Onde você está, que tipo de vídeo você gosta e até quantos segundos você fica olhando uma foto. Você (eu) não passa de uma simples marionete na mão desse sistema e, ao que tudo indica, as coisas vão piorar muito.
O que quero que entendam é que tudo o que fazem na internet está sendo assistido, rastreado e medido. Cada ação sua é cuidadosamente monitorada e registrada. A imagem exata na qual você parou para ver e por quanto tempo a viu. Sim, é sério. Por quanto tempo. – Jeff Seibert.
E ai? Quais outras lições do filme Dilema das Redes você tirou?
Tem ideia pra algum post, encontrou algum erro? Manda pra gente lá no Tiktok! Aproveita e segue a gente também.
Leia mais: Jogos antigos de celular que fizeram sucesso | Top 5
Para seguir a gente nas redes sociais: Facebook | Instagram | Twitter | Youtube | Pinterest | Tiktok