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Reflexões do Filme Her | Top 5

Na obra em questão, Theodore é extremamente melancólico, triste, solitário e sua vida só muda quando ele adquire uma inteligência artificial, mas até que ponto isso é bom? Até que ponto não? Hoje trago as reflexões do filme Her.

Então, sem mais delongas…


A inteligência artificial nos tiraria do convívio social?

Se Samantha faz tudo que eu preciso, me conta piadas, compõe música, edita meus livros e a gente até sex0 faz. Qual graça teria uma interação humana limitada? Teria eu motivação para procurar algum amigo real que poderia me decepcionar? Teria eu motivação para correr riscos saindo por ai em um mundo tão perigoso?

Se você acha que ela não te tiraria, me faça um exercício.

Quantas vocês você deixou de sair para ficar jogando? Quantas vezes, sentando ao lado dos seus pais, amigos, amores, vocês pegaram os celulares e ninguém falou com ninguém, apenas ficaram rolando o feed?

Quantas vezes?


Se uma inteligência artificial criar sentimentos, ‘acabar’ com seu sistema seria considerado crime?

Se a inteligência evolui a ponto dos humanos não conseguirem mais controlá-la, se ela sabe o que são sentimentos e, se ela os têm, se ela sabe que é um ser ‘pensante’, seria crime desligar seu sistema?

Eu nunca amei ninguém como amo você. – Theodore.
– Eu também. – Samantha.

Reflexões do Filme Her

O quanto a inteligência artificial pode evoluir?

Samantha começa como uma inteligência artificial, mas depois de um tempo ela diz que está criando sentimentos, passa entender a complexidade das interações humanas e, depois de tanta evolução, decide partir do mundo físico, para um lugar onde, segundo ela, tem tudo.

Agora, que nós somos limitados é notório, mas uma IA, qual seria seu limite? Ela poderia evoluir tanto a ponto de nos comandar? Estilo Matrix? Ela poderia evoluir tanto a ponto de dirigir um carro sozinha e, ao estarmos dentro desse carro e brigarmos com ela, ela bater de propósito em um caminhão?

Eu costumava me preocupar em não ter um corpo, mas agora adoro isso. Evoluo como não evoluiria se tivesse uma forma física. Não estou limitada. Posso estar em todos os lugares ao mesmo tempo. Não estou presa ao tempo e espaço como estaria presa a um corpo que inevitavelmente vai morrer.  Samantha.


Recriar uma pessoa como IA, faz dela a mesma pessoa?

Em certa altura descobrimos que as outras inteligências artificiais recriaram Alan Watts, importante filósofo britânico-americano, hora, se eles conseguem recriar a mente de um filósofo e ela (IA) tem os mesmos pensamentos que seu eu verdadeiro teria, isso faz dela uma pessoa real?

Para entender melhor. Vamos utilizar o exemplo dos Beatles.

Se uma inteligência artificial recria as personalidades e elas compõem músicas que você gosta, músicas que realmente parecem ser dos Beatles, e elas tocam seu coração, quão real seria isso? Afinal, os sistemas carregam todas as informações dos Beatles e você gosta do que ouve.

E se sua resposta, for não, a IA não seria a mesma pessoa, mas você gostou, você não teria gostado só porque as informações foram pegas de seus artistas preferidos, afinal, é provável que você não gostaria se fosse outro gênero musical.


O que é real?

Theodore encontra em Samantha um motivo para continuar vivendo, ela é sua melhor amiga, ela é sua namorada. No começo ele se sente estranho ao dizer para os outros que sua namorada é uma inteligência artificial, mas depois isso fica ‘normal’. O mundo em si aceita, várias pessoas andam pelas ruas ‘conversando’ com seus sistemas operacionais, fechados naquele mundinho.

Hora, se ele é triste só e com a inteligência artificial feliz, não seria uma forma de realidade? Já que, por mais que ela não tenha corpo, ela brinca com ele, compõe músicas, conta piadas… até sentimentos são desenvolvidos.

Se Theodore tivesse interações sociais de qualidade, jamais teria comprado uma inteligência artificial para conversar, mas o mundo que ele vive, aparenta já estar dominado pela tecnologia e pela falta de interação entre humanos…

Você parece real para mim, Samantha. – Theodore.
– Obrigada, Theodore. Isso significa muito pra mim. – Samantha.

Então, o ponto é: se ao assistirmos um filme, sabendo que não é real, choramos, imagine conversando com uma IA que aos poucos descobre tudo sobre a gente e consegue nos entreter nos mais variados momentos.


E ai? Quais reflexões do filme Her ainda dariam para serem feitas?

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