Superman é um marco para os filmes de super-heróis tanto pelos seus meios técnicos, e efeitos especiais, que assim lançaram novas novidades quanto a colocar um patamar estético, de não somente para impressionar o público e sim elevar uma condição humana, como forma psicodélica tanto de lapidar o seu pensamento colocando não somente alguém “extra-mundano” que esteja inferiorizado perante uma companhia coletiva inútil, no universo volátil, mas sim que diante a nossa inferioridade em se colocar como alguém que não detém respostas para “o tudo e para todos”.
Richard Donner (1930 – 2021) fez uma obra cinematográfica ficcional, aos quais as questões políticas factuais da época, estão fortemente detalhadas, bem como ambientais, tanto antes da vinda de “Kar – El” para a terra como nos diálogos com o Conselho Administrativo de seu pai “Jor-El” (Marlon Brando – 1924 – 2004), que em Krypton alertava para os perigos de um aquecimento estrondoso da sua atmosfera planetária que causaria um cataclisma enorme fazendo alusão ao mito de “Hercolúbus” (Planeta Vermelho), devido à aproximação desse astro gigante de seu planeta natal, e que é sumariamente negligenciado, e que não deixa de ser um forte alerta quanto à impregnação de dogmatismos pessoais e religiosos quanto a não se colocar o “empirismo da ciência” quanto os perigos a não em levar em consideração opiniões “indutivas e dedutivas” da razão como uma forma de crescimento, tanto de moral como de intelectualidade, em lutar contra a indisciplina e ignorância em consideração ao conhecimento como uma forma de condução lúdica das atividades mentais.
Nesse caso também estamos falando da vida em outros planetas, que também submete a uma lógica analítica, quanto à existência de vida inteligente em outros astros, bem como uma alerta para a humanidade quanto aos perigos ecológicos espaciais, quanto a um revestimento de nos colocarmos dentro de um sentido filosófico “pré-socrático”, em se respeitar os “quatros elementos da natureza”, quanto ao seu equilíbrio, que assim possa se submeter em um utensílio de “enteléquia”, para chegarmos a um limite mental, no sentido em até que ponto, a curiosidade do ser humano pode chegar, em sua audácia de desejar controlar a tudo e todos, ornamentando dialéticas, quanto a uma destruição do que seja assim, ser caracterizado, como um fator de que sua inteligência está também inferiorizada nos meios astrobiológicos, quanto aos “particularismos psicobiológicos” que estão fora do seu alcance de manipulação, bem como a sua maneira de “conhecer e aprender” com o desconhecido.
De certa maneira, Superman (aquém da criação em HQs de Jerry Siegel – 1914 – 1996 e Joe Shuster – 1914 – 1992), é um mergulho no encontro da essência do homem perante uma “natureza desconhecida”, e Donner deixa isso bem claro, com a chegada de “Kar-El” a terra, para assim conter a admissão ética, quanto a um novo antropo de comportamental de tradições culturais, que segundo as palavras de Hans Jonas (1903 – 1993) “envolve a formação de um aparelho psíquico, sendo vítima de sua inferioridade em poder conter uma verdade que possa assim dar conta de suas inferioridades perante situações criacionistas, ao qual não conhece”.
Se autoconhecer que não está sozinho, dentro de uma insubmissão de ser ensinado a conter um forte reducionismo, quanto a interpretar, que para se compreender, suas origens e limitações, venha conter uma ontologia, de que é necessário um irracionalismo em relação a aumentar uma gama de espacialidade existencial, para assim obter uma consciência, que saiba lidar com o diferente.
Superman em meio à interpretação atlética de Christopher Reeve (1952 – 2004) mistura a questão da aceitação como da exclusão, que não deixa de conter um sentido de lutar contra buylling fenomenal, realizando atividades e habilidades comportamentais, que fujam de uma humanização, quanto ao que seja certo ou errado, comprometendo, o que seja ser classificado como um novo nicho de historicidade, em um contexto de realizar a integração apriorística entre diferentes polos de aprendizagens, quanto ao que estar indo de encontro a, uma fenomenologia de desenvolver uma nova maneira de cultura híbrida, se aventurando dialeticamente, em ter a sombra “super-homem nietzschiano” a desmistificar plenamente o mito, de que estamos “sós”.
Mas o “Super-Homem” vive só, em meio a uma adulação, do seu “superego”, ao qual Clark Kent está encarcerado, para se esconder perante um mundo que na década de 1970, ainda se recupera dentro de seus vetores estruturais sociais, com o medo de um cataclismo bélico, que fica explicito durante a manipulação feita por Lex Luthor (Gene Hackman – 1930), que em meio a testes de mísseis do exército norte-americano, revela apontamentos interpretativos aos perigos de um “mundo bipolar”, que na conjectura sociológica, remete a, indagações de “uma proteção civil universal”, diante a inescrupulosidade de um gênio do crime que somente pensa em sua promoção pessoal, através da coerção mundialista de suas ações megalomaníacas.
De certa maneira Superman possui um sentido da restauração do orgulho americano advindo de sua derrota no Vietnã (1964 – 1975), que assim venha a realizar uma humanização histórica, ao qual se devolva um sentido de recuperação do orgulho nacional ferido, perante a uma Ideologia da Guerra Fria (1946 – 1991), que ganhava cada vez mais contornos de uma multiplicidade de união entre as nações em torno de um “bem em comum” que diante a chegada de Karl – El na Terra, deixa emblemático que foi necessário um organismo pluricelular advindo da estrelas, para lembra o “sapiens” de suas limitações existenciais como intelectuais, perante os poderes “Criacionistas ou Naturalistas”.
Nesse exílio binário de intelectualidades, está colocado uma busca de um “ser”, em suas origens e que está sendo a cada momento testado perante a inescrupulosa ascendência de uma humanidade insana, que assim fique comiserada a um tecnicismo de energia psicossomática, o que por ventura venha a classificar como sendo o “diferente”.
Nesses clãs pós-modernistas, tanto o “ser diferente” como “exótico e especial”, fica bem caracterizado um “estoicismo protetivo” com a imposição de Jonathan Kent (1916 – 2006), em não deixar Clark jogar futebol no time escolar de futebol americano de Smalville, revelando uma análise crítica de como uma limitação ou uma dádiva, pode levar a exaustão mental do “ser que procura igualdade”.
Um mesmo “ser” que fique a procura, de se entender, tanto em torno de si, como por ventura vim a ser julgado pelas pessoas como estranho e esquisito, entrevendo uma formação dos “Direitos uma Psyché”, que não fique dentro de uma anormalidade, que venha assim caminhar fortemente para uma inconsciente social e mental de maneira orgânica.
Uma exclusão que na série televisiva “Smalville, As Aveturas de Superboy (2001 – 2011)”, humaniza “o homem de aço”, como alguém que precisa constantemente se esconder, perante uma humanidade, que não aceita o que seja diferente do seu padrão.
Para fins de colocar uma filmagem interpretativa, de um “referente analítico psicológico conciso”, Richard Donner, fez um filme de super-herói, que está envolvido assimetricamente em questões ideológicas de como a sociedade americana, detém traumas de exclusões preconceituosas, que venham assim a exporem exigências tácitas de ativismos, em se consolidar como um modelo Democracia que possa zelar pro todos incondicionalmente, que faça assim uma construção mental em se ter, uma padronização consciente, do que seja uma sociedade ideal empática.
De certa maneira trata-se de um tipo de “Positivismo Comportamental” que venha permear, na figura de um “supra-humano”, que mesmo contendo suas habilidades mentais e emocionais, bem como físicas acima do homo-sapiens, tem que se submeter a um reducionismo neurobiológico “darwinista”, ao qual seu espaço vivencial, contenha a necessidade de criticidade em saber de antemão, que pode conter o fator da exclusão e da humilhação espiritual presentes no seu cotidiano como qualquer mortal, caso venha a revelar coletivamente seus super poderes.
Nesse sentido da vida dupla do “Clark –Superman”, está um restaurador indagador de uma dialética encarcerada entre força e destreza.
A força para suportar as tentações humanas, como uma maneira de proteger seus interesses pessoais como sendo um repórter pacato, como também em perceber que faz parte de um “biopoder”, aos quais está realçado, que o seu lar planetário terráqueo, não está preparado para conhecer a sua natureza e dádivas da sua genealogia kryptoniana.
Já sua destreza está em sair de um “senso-comum”, de ficar atento as perseguições que seu “alter-ego” ira sofrer, principalmente ao conter pejorativas metonímias de identificação do termo “super”, o que o deixar como alvo de uma sensação coletiva de cataclismos e calúnias, perante “ser” um “corpo estranho” em uma síntese planetária, onde o que é “estranho” tem que ser paramentado de defesas questionadoras e afirmativas em ter que lidar com ameaças constantes.
Ou seja, indiretamente, o espaço cinematográfico de Superman é um alerta perante os perigos de uma ética em compreender, que todos nós possamos estarmos dentro de um “espaço público mundialista”, que segundo as palavras do geógrafo David Harvey (1935), “que venha a multiplicar preconceitos quanto a não entender, o que contenha um escopo territorial, de impressionar nossos sentidos, fazendo um inconsciente coletivo, em colocar o medo e a desconfiança dentro de um primeiro aspecto de compreensão, quanto aos organismos vivos, que contenha alguma habilidade especial”.
Ao contrário, por exemplo, de “X-Men”, que ficam na escola de mutantes do Professor Xavier, que ensinam a aprender e dominar seus poderes especais, o Superman, tem que lidar em diversos momentos com a sua solidão, percebendo elementos comportamentais tão comuns como a todos os outros mortais, tendo que comparecer com a presença do vazio, da exclusão, do ódio e da raiva, que deixa margens para desafiarem o poder de lucidez do “próprio criador celeste”, quando a dar uma volta na terra superando a velocidade da luz, no eixo contrário de sua movimentação rotativa, para salvar a vida de Lois Lane (Margot Kidder – 1948 – 2018), em consequência do terremoto causado por Lex Luthor.
A questão da imortalidade, em conter um poder comparativo ao de Deus, faz do “Super-Homem”, um exemplo de relação entre a metafísica e a espiritualidade de que o homem, deseja em sua condição de criatura submissa, um poder, que venha a transpassar, os limites da sua carne vulnerável.
Ou seja, indiretamente o conceito de “Super-Homem” de Nietzsche (1844 – 1900) é uma ruptura cruel da condição subjetiva, de fazer do “senso-comum” somente algo não somente mental, mas sim que esteja no argumento de um “autoconhecimento”, que possa conter o poder de nos tornamos invencíveis para algumas pessoas, ou seja, perante nossas crenças, opiniões, que assim venha a despertarem, a admiração do “outro”, perante as incertezas de como prosseguir no cunho de conter alguma esperança, perante uma globalização que praticamente levou a maioria das pessoas a serem tratadas como insumos de plumagens, de um gentílico banal de questionamento, incidindo a destruição da “moral”, em ser rebaixado como um simples alguém, que vai “ser” dependente de um herói que venha assim estar sempre o protegendo.
Em relação a essa proteção multifacetada massificadora, o homem-de-aço se encontra no dilema em sempre ter que salvar a humanidade, como uma garantia de sinal salvífico universal, que zela pela verdade, em se constatar a limitação do ser-humano, ao qual em torno do seu orgulho “extra-mundano” dificilmente reconhece a sua menoridade, perante um sistema biológico que o fez adquirir uma cultura que vai se modificando ao longo da história, mas que também trouxe uma sub-cultura de autossuficiência e egoísta e discriminadora.
Uma auto-suficiência que faz com que soe como uma blasfêmia intelectual, perante os devaneios de partículas informativas, que estejam assim caminhando para um “libertarismo” quanto a realizar um conluio de questionamentos, quanto as perguntas se “o homem” está ou não só no universo, perante a conter uma subjetividade que assim venha o oferecer uma conscientização de sua miserabilidade perante a proporção gigantesca de possibilidades de lapidação astral.
“Super- Homem” é uma versão de uma nova forma de enxergar o mundo, (e do extra-mundo), ou seja ao qual o ser – humano precisa evoluir e crescer constantemente, dentro de um universo cinematográfico, ao qual possa conter cunhos para uma liberdade que é ultrajada aos elementos intelectuais desejosos particulares, e que assim esteja na similitude de uma “negação de uma racionalidade benéfica”, pelos quais dentro de uma autarquia antropológica holística, em olhar para uma estética de normalidade entre estar ou não dentro de um “ser” que assim busque a aceitação perante um outro “ser”, que venha fazer crescer, uma satisfação de espiritualidade complacente, perante querer ser, sim ou não especial perante, uma humanidade que perdeu o seu cunho de se humanizar, em uma realidade sensitiva, que esteja além das estrelas.
As “virtudes”, “como a lealdade”, e o “respeito pelas leis”, estão enciumados de uma forma errada explorando a condenação de “três renegados de Krypton, que são banidos por seus crimes, tão humanos como qualquer outro humano,” logo no início do filme, e em um método comparativo de argüição, demonstra que tanto Jor-El, como Kal-El, seu poderes especiais, a serem realçados a um patamar de racionalizar a questão de fazer imperativos perante uma “alma”, que assim possa através do enfrentamento direto dos seus adversários, reescrever um equilíbrio entre o “certo e o errado”.
Para uma cinematografia do “espaço de ação fantasiosa”, “tanto como de ação”, bem como a despertar as emoções mais valorizadas, das inúmeras virtuosidades humanas, temos um nominalismo, entre superar artimanhas de uma humanização, para um processo de estranhamento, entre sair de uma linhagem “filosófica epicurista”, ou seja, onde a questão do corpo é escancarada como forma de poder, passando para uma supervalorização da “metafísica” de buscar o bem – comum, perante um planeta, que dentro de sua anormalidade, necessita se julgar dentro de uma normalidade nefasta, e que também necessita, sempre de uma forte proteção tanto moral, bem como na construção de efetivos vultos de uma nova amplitude entre a política do saber, com o querer entender, o que se pode compilar como sendo “um perfil socrático”, de viver para sempre dentro de uma utopia do ser humano, sendo apenas um vácuo material dentro do antropo autônomo da imensidade do universo.
Ou seja, Superman, é um alarde de enaltecer, polivalentes prolegômenos, de um arsenal intelectual, que assim, gera um período de incertezas tanto para as ciências físicas como as espaciais, quanto a responder, “a pergunta capital, que sim ou não estamos sozinhos no universo”, ou também quanto a similitude de uma imprensa, que possa assim contar a realidade respeitosa, me não somente sair atrás de um “salvacionismo multiculturalista patriótico”, somente pelo sentido de se fazer capitar sensoriamente, pela notícia, que anos depois do escândalo “Watergate (1972)” por exemplo, dramatizado por Alan J Pakula (1928 – 1998) na película “Todos Os Homens Do Presidente (1976)”, em grau comparativo com a redação Planeta Diário é retratado como um estereótipo de “Indústria Cultural Tendenciosa”, que venha assim fugir dos esteios, de conter um sentimento de generosidade intelectual, que assim possa propiciar cunhos de liberdades, mas que também fuja, dos estilos retóricos maléficos, de uma libertinagem gramatical institucionalizada, por uma manipulação da realidade, que esteja visando formar criticidades, que estejam entrelaçadas pelo senso-comum arbitrário, fugindo da dialética osmótica, de uma historicidade que venha compor um plantel em fazer das pessoas, uma ontologia de compreensão do que esteja acontecendo, dentro de um “cunho percentual de lógica – crítica de uma razão pura”, que produza rebeliões humanísticas de um “não-contraste”, quanto a somente acreditar no que esteja perfilado na sua imagística, instigando uma ironia quanto a ficar o seu “eu”, somente dentro da “fantasia melindrada”.
Um outro fator também interessante, é que Donner deixa implícito os perigos do uso das armas de destruição em massa, um tema constante mesmo no período pós Guerra Vietnã (1955 – 1975), aos quais os riscos de destruição em massa do “Planeta”, se aliteram para um sínodo filosófico, de uma nova forma de “Ilustração”, passando para um axioma político, que assim viesse a postular, o Superman, ser classificado como um indivíduo comum, encabeçado como uma institucionalização de proteção multinacional (e também planetária), perante um “mal” que se reinventa constantemente, perante colocar o fator de uma construção humana, dentro do seu pensamento mais íntimo, que esteja assim entrevendo silvos, para o balanceamento entre o que é “ser mal”, (mesmo que isso esteja disfarçada) ou contendo uma alucinação de vivência em se julgar digno a ser destinado, para um escrutínio entre fugir de uma normalidade de um preceito fenomenológico, em estar dentro de parâmetros questionadores dentro de uma “cidade”, como Metrópolis que representa a carência de uma humanidade, que tem arcabouços epistemológicos em sair do “comum a cada instante”.
Um “senso comum”, que segundo as palavras do sociólogo de Michel Maffesoli (194), “a violência se torna uma forma de pensamento, perante sua normalidade e passividade”, e no caso do Superman, seria uma resposta da “cultura pop” em sua exegese, em não somente representar o entretenimento, somente por diversão, mas sim sendo uma arma de contestação.
“Ou seja, uma ética informacional”, de uma utopia, que venha das estrelas, lembrando a humanidade que ela estará sempre em um plantel de desenvolvimento, que assim se faz constante, e saia do tecnicismo, em acreditar que sua “natureza”, seja imutável, e que nos acontecimentos fantásticos, a humanidade deve se dialogar, dentro de gnoses de um empenho em realizar uma igualdade dentro de uma heterossemântica democracia, de conter questionamentos, para novos simulacros de usar do “fantástico e do descomunal”, como formas de contestações, para uma realidade histórica onde haja o uso da criatividade, para esmiuçar antagonismos psicológicos entre o “entender e o compreender”.
Superman é uma marca de um “transhumanismo” onde não basta unicamente se fazer igual aos outros, mas sim entender que perante uma condição de desenvolvimento biopsicossocial intrépida, está relacionado, que todas as pessoas se podem se, fazerem iguais, mas que perante uma concepção dialética de igualdade, estão inseridas dentro de um escopo ético, ao qual seja extenuado, que “a construção do homem”, é algo que vai sendo auscultado conforme, suas falhas vão sendo consolidadas, em busca de um acontecimento amoroso racional, que seja tão natural, e saia de um inconsciente coletivo, onde tudo pode ser superado com a questão de um “super, mas que esse “super”, não fique sucumbido ao amor banal, como qualquer um dos mortais que assim esteja comprometido em poder fugir de qualquer tipo de “andragogia”, que venha colocar em uma condição subalterna, que o homem cria obstáculos que venham conhecer sua inferioridade perante os sentimentos mais elementares.
Usando do pessimismo de Nietzsche, “o que nos fazem humanos, é capacidade de recriarmos nossas ações e razões”, perante nossas imperfeições em procurarmos sermos perfeitos perante uma inteligência que necessita a cada momento se reinventar em sua essência, em esclarecer seus provimentos psicológicos defronte, as incertezas de cartasis comportamentais que fazem uma espiritualidade, como um “expressionismo”, de uma arte, que se coloca como detentora em tentar entender um ser humano, que foge de si mesmo a cada momento.
De certa maneira, Superman, é um aviso quanto à questão de ensandecer de uma racionalidade humana, que não esteja também auspiciada a compreender os elementos semânticos, que possivelmente existam além do seu campo de ação, de uma gestação “gestalt”, “na ação de somente se preocupar com fatores diegéticos de vidas que são compostas dentro da orbita terrestre, de uma transcendência fútil dentro de uma constante teoria da evolução”, que extrapole os aspectos terrestres, que assim venha causar uma reação em cadeia de todo o fator educacional de uma razão, que possa compreender o que seja totalmente humano, como inumano.
Um humano, que faz humano na aparência, mas que detém no supra-humano de uma docilidade, que não é compreendida estando diante de uma retórica de metáfora narrativa cinematográfica contendo um meta-humano, que procura em sua identidade, algum tipo de subjetividade movente, no convívio de falsidades psicológicas de uma aceitação, que contém uma ideologia, da discriminação nevrálgica espiritual em empreender, uma intelectualidade de desconstrução do fator da organicidade de um idealismo, que não seja intransigente, recorrente a um hedonismo de argumentação do que seria classificado como sendo “normal”.
“Um normal, em torno de uma normalidade, que se enquadra na seriedade de buscar algum sentido para seus vazios existenciais”, perante a proteção do Planeta Terra, que ao mesmo tempo o julga, perante preconceitos de não pertencer ao tradicional elemento de uma natureza biológica em comum, e que venha projetar signos, de exposição metafísica, ao qual “o homem não está realmente sozinho”, mas caminha para um tipo de liberdade que venha reincidir tipos de maneirismos, quanto a sua inferioridade e tristeza, como sendo sua alteza, que assim, reza cotidianamente, para não se sentir sozinho, mas que quando consegue alguém que se importe com toda sua estrutura de “ser problemático”, perante uma natureza corporal perfeita, se faz Deus e Demônio, em julgar o “diferente, com se entre o “certo ou errado”, “decente ou indecente”, de estar presente defronte sua companhia.
O Superman desafiou o tempo, mas foi feito como um fantoche de ter sua compreensão enfadada, de elementos incompreensivos, tendo a simbiose de seu super–poder, estar na interjeição de fazer uma confecção de como seria se comportar de maneira respeitosa perante uma humanidade que não o respeita, em suas formas mais simples de vivências coletivas, que assim faz uma individuação, que venha economizar, formas de uma aceitação do que pode vim a ameaçar suas jornadas de pseudo-dignidade, que intrinsecamente, elevem neuroses de condutas, que venham do limite em não se confundir a questão do herói do justiceiro.
Mas de certa maneira, Clark, representa o algoz de muitas pessoas na contemporaneidade, aos quais tem que esconder, o que realmente são, para poder viverem em torno de uma sociedade civil, que se submete de maneira sucessiva, os mais variados tipos de pessoas, a julgamentos sucessivos, promovendo uma massificação plena do que seja uma liberdade, de compreensão e integração lúcida, do que possa virtualmente ser considerado como normal e igual.
O Superman precisa ser um Super – Humano, que necessita se reduzir, a viver como um simples mortal, para que assim possa proteger os mais sensíveis e ser aceito, mesmo sofrendo com a insensibilidade de ternura e compreensão como qualquer outro “diferente”, para que seja considerado assim dentro da anormalidade de etiquetas e taxações estéticas e abstratas egoístas, que amaldiçoa a maioria dos seres humanos, dentro do senso-comum repleto e preceitos e preconceitos, pode se fazer igual perante seus semelhantes.
Dados Técnicos.
Superman
Filme de 1978.
Direção: Richard Donner
Elenco: Christopher Reeve, Marlon Brando, Gene Hackman, Glenn Ford, Margot Kidder.
Estados Unidos – Inglaterra
Sinopse:
Jor-El (Marlon Brando), um renomado cientista, prevê a destruição do seu planeta e alerta o governo, que não lhe dá credito. Assim, decide salvar seu filho, mandando-o para a Terra, onde terá superpoderes. Na Terra, ele usa o nome de Clark Kent (Christopher Reeve) e já adulto e trabalhando como repórter em um jornal, não demonstra ter superpoderes. Mas quando uma situação inesperada põe em risco a vida de Lois Lane (Margot Kidder), uma colega de trabalho, ele obrigado a se revelar para o público, ficando conhecido popularmente como Superman. Descontente com o surgimento de um super-herói na cidade, Lex Luthor (Gene Hackman), um gênio do mal, o obriga a se desdobrar para evitar a morte de milhões de pessoas.